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Hora da retomada

Vitória do Ceará. Hoje ou nunca! A expressão "hoje ou nunca" pode ser forte demais porque impositiva. Tudo bem. A vitória até poderá vir depois. É verdade. Entretanto, tudo se tornará bem mais difícil em caso de tropeço diante do Atlético/MG. Alem da qualidade do futebol, também estará indiretamente em jogo o aspecto psicológico. Mesmo que haja empate, ainda assim a frustração continuará. Daí para a prostração definitiva será um passo. O medo do rebaixamento passou a existir. Para quem experimentou a liderança, embora momentânea, e passou bom tempo no G-4, desencanta aproximar-se da parte baixa da tabela. Mas o pessimismo tem de ser espantado de Porangabuçu. Inaceitável chegar antes de época. Notei o time cabisbaixo demais após a goleada sofrida em Florianópolis. Hora da retomada chegou. Hoje ou nunca...

De olho na Copa

Maurílio, técnico do Ferroviário, animou-se com a contratação de Rômulo e Gladstone nesta reta final da Copa Fares Lopes. São boas as chances de classificação do Ferroviário que hoje recebe na Barra o líder Itapipoca. Na Barra, mulher não paga e há também ingressos promocionais. Tudo pela classificação. /// Horizonte e Fortaleza fazem o outro jogo de hoje. Como o Leão já tem vaga na Copa do Brasil, o desafio maior fica para o Horizonte. Cresce de interesse a Copa Fares Lopes.

Sacudida

O Ceará ganhou do Santos porque teve seus brios feridos pelo ex-técnico Mário Sérgio, quando este questionou a qualidade do grupo, considerando-o apenas em condições de lutar para não cair. Mário foi demitido e a resposta do time veio com bela vitória sobre o Santos de Neymar. Hoje, novamente o Ceará está ferido. Muito ferido. Além da goleada sofrida, há quem já indague se Mário Sérgio estaria certo nas colocações que fez. Acho que Mário não estava certo até porque muito da queda alvinegra na classificação se deve aos desarranjos por ele cometidos. Se o Ceará teve força para ganhar do poderoso Santos, claro que terá força para novos triunfos. Tude dependerá de uma nova sacudida. É com você, Dimas.

Jamais a mesma pedra

Conhecendo como conheço Dimas Filgueiras, não creio irá ele tropeçar na mesma pedra. Teimoso todo técnico é. Mas varia o grau de teimosia. O Dimas de outrora cedeu lugar a um Dimas flexível, embora mantenha a acertada postura de não aceitar quebra de autoridade nem interferência em seu trabalho. Numa autocrítica, ele saberá onde e como mudar.

Futuro tricolor

Ontem, os principais dirigentes do Fortaleza, aproveitando a reunião do CD, debateram o destino do Fortaleza. Encontro informal, mas eivado de responsabilidade porque cada tricolor sabe da postura que terá de assumir a partir de agora. Se predominar o interesse do clube acima das veleidades pessoais, o Leão voltará a ser viável. Mas se o deixarem sob o comando de um presidente sozinho, sem ajuda, infrutífero será qualquer procedimento.

O racha

A rigor, a crise do Fortaleza começou há alguns anos quando um racha colocou em pontos opostos os dirigentes Raimundo Delfino Filho e Ribamar Bezerra. Desde então o tricolor foi prejudicado pelo distanciamento dos dois. Verdade que Ribamar seguiu no CT, mas retraída ficou a ajuda direta. E a saída da Santana também reduziu sobremaneira a receita do clube. Resultado: da Série A para a Série B, da "B" para a "C". Sem união, não dá.

Recordando

Década de 1970. A partir da esquerda: o querido ídolo da música popular brasileira, Raimundo Fagner, o ex-atacante Marciano na época em que brilhou no Flamengo do Rio de Janeiro e Zico, eterno ídolo flamenguista. Hoje, Fagner continua cada vez melhor, Marciano é empresário bem-sucedido e Zico é diretor de futebol do Flamengo. (Acervo de Elcias Ferreira).