Matéria-854243

Empate e sufoco

Ceará bem no primeiro tempo, fez 1 a 0 (Oziel). Ceará mal na fase derradeira. Queda de produção deixou claro que o alvinegro cearense não conseguiu manter o ritmo, razão por que o Goiás cresceu, chegou ao empate no final e levou muito sufoco ao time de Dimas. Na fase inicial, quando teve o jogo sob seu controle, o Ceará ainda desperdiçou duas chances para ampliar. Sumiu no tempo final. O Goiás voltou muito melhor após o intervalo. Entradas de Carlos Alberto e Wellington Saci mudaram o panorama a favor do visitante. O Ceará foi perdendo o contato com o ataque; o Goiás no ataque todo. Michel Alves fez milagre em cabeçada de Felipe. Romerito, sozinho, perdeu outra chance. Felipe meteu bola na trave. Recado dado e alerta. Nem isso livrou do empate o Ceará: Wellington Monteiro fez 1 a 1. E poderia ter sido pior para o Vozão. Que sufoco!

Apreensões

É sempre agradável conversar com o técnico Flávio Araújo. De forma didática, ele explica as oscilações do Icasa na Série B nacional. Agora, há três jogos sem vencer, tenta superar visíveis dificuldades. A goleada imposta pelo Vila Nova de Goiás (1 x 4) em pleno Romeirão abalou o grupo. Daí, a nova derrota, desta feita para o América/RN (2 a 0). O Verdão está em 13º lugar. Ainda fica bem. Mas deve prevenir-se, pois a margem que o separa da zona maldita está ficando muito reduzida.

Observações

A estreia de Nicácio foi discreta. Sua ansiedade por fazer gol acabou prejudicando o sentido coletivo. Em certo momento, Geraldo livre ao lado, Nicácio preferiu bater no gol e errou. Numa estreia, é compreensível. /// Jorginho teve melhor resposta com as entradas de Carlos Alberto, Saci e Everton. As substituições feitas por Dimas (Heleno, Nicácio e Tony) não surtiram o efeito esperado. Dimas pretendeu definir o jogo nos contra-ataques, mas não funcionou. O Goiás sufocou o Ceará. /// O gol de Wellington Monteiro foi de muito longe, mas um canhão. Michel Alves foi surpreendido. Mérito de Wellington Monteiro. No meu entendimento, não houve falha do goleiro.

Última hora

"A bola da vez é que vai definir o jogo", previu o técnico Zé Teodoro. A bola da vez foi tricolor com Tatu (1 a 0). Mas, o Leão não soube segurar o placar nem a classificação. Aí a bola da vez passou para Torrô (1 a 1). No fim, Zé resumiu: "Contratações de última hora, providências de última hora e dever de casa não cumprido resultaram na eliminação". Tarde demais.

Erro fatal

O Águia mereceu passar para a próxima fase. Ganhou mais no seu "Alçapão", razão por que ontem jogou pelo empate. Já o Fortaleza empatou demais (3 vezes) no Castelão. Foi o fim. Ontem, vi o Leão valente, guerreiro. Encarou as adversidades de um campo reduzido, com torcida em cima. Saiu na frente no placar. Mas cedeu quando não poderia ceder. O Águia fez o que o Leão não fez: o dever de casa. Ao Fortaleza, a frustração: mais um ano na Série C.

Notas & notas

PC Norões estreou ontem coluna dominical no Diário do Nordeste. Ele já escrevera colunas em 2006 sobre a Copa da Alemanha e este ano sobre a Copa da África. Mas, agora o mote é o futebol da gente. Começou muito bem, já pelo equilíbrio, conhecimento e imparcialidade. Bem-vindo, PC. /// Nas avaliações, é bom lembrar que Santos, Internacional, Vasco e Corinthians têm um jogo a menos. Isso é importante. Atualizarão no dia 13 de outubro.

Recordando

Homenageio hoje o querido Beto Brasil, que morreu no dia 23 passado. Beto foi desportista famoso que durante décadas fez do seu bar, pertinho do PV, local de reunião de jogadores, dirigentes e torcedores, antes e depois dos jogos, tudo num ambiente de confraternização e respeito. A missa (Celebração da Esperança) será 5ª feira próxima, às 19h30, na Igreja dos Remédios, no Benfica. Ficou a saudade.