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Transitoriedade

Virou tema comum no futebol brasileiro a entrada e saída de treinador. Não de hoje é previsível a permanência ou queda de alguém, na medida em que os resultados vão acontecendo. Há treinador para todos os gostos: competentes e simples, competentes e boçais, técnicos metidos a besta, e bestas metidos a técnicos. Há os que querem ser mais estrela que os próprios ídolos do grupo e há os que, além de escalar o time, querem mandar também no presidente e na diretoria do clube. Há os autoritários e arrogantes, há os pusilânimes e frouxos. Há treinador-empresário e há empresário-treinador. Há treinador reservado e há treinador espalhafatoso. Por isso, todo cuidado na hora de chamar alguém para dirigir a sua equipe. Basta um equívoco para botar tudo a perder. A história do futebol está repleta de exemplos. Pense muito, antes de decidir.

Formação coral

O trabalho do técnico Maurílio, no Ferroviário, ainda é de ajustes. Tem um grupo de 18 jogadores (Tarciano, Anderson, Reginaldo, Kairo, Peter, Non, Puxa, Alberto, Gildázio, Júnior Qboa, Gustavo, Paulinho, Juranilson, César Augusto, Daniel, Rafael Gaúcho, Fernandes e Buiu). Agora define melhor as posições, máxime após a derrota para o Itapipoca (2 a 1) na estreia da Copa Fares Lopes. Terá desafio mais delicado ainda: clássico, domingo, diante do Fortaleza no Pici.

Notas & notas

Não escrevi sobre o jogo Atlético x Ceará porque a coluna fechou antes do término da partida. /// Quando o técnico Silas Pereira assumiu o Flamengo, cuidou de afirmar que não era técnico-empresário. Ótimo. /// O técnico Jorginho, que assumiu o Goiás, também adota a mesma linha de Silas, ou seja, não é técnico-empresário. Portanto, nada de negociatas para empregar jogador. /// Na Série B brilham os artilheiros Ciro, do Sport/PE, que marcou 12 gols, e Eduardo, do São Caetano, que marcou 11. /// O Icasa com Júnior Xuxa e Roberto Jacaré é um; sem eles, é um outro completamente diferente. /// Na Série C, o Fortaleza tem time para passar à fase seguinte. Se não passar, será zebra mesmo.

Quem ri por último...

Nada melhor do que o tempo para corrigir injustiças e reabilitar valores. Ao ser chamado de volta ao Ceará, o ala Boiadeiro teve reconhecido o seu talento. Quem ri por último, ri melhor... Houve grave equívoco quando o mandaram embora. Aliás, até hoje não entendi a razão pela qual ele não permaneceu no grupo. São as coisas inexplicáveis do futebol.

Outras competições

A Copa Fares Lopes é importante porque garante uma vaga na Copa do Brasil, mas, por mais paradoxal que pareça, ainda não empolgou. Parece eclipsada pelas competições nacionais. Mas quero crer que, na reta final, despertará maior interesse junto ao torcedor. Hoje, no Perilão, às 20h15, o jogo será Itapipoca x Fortaleza. Detalhe: o Itapipoca é vice-líder do Grupo C, com 4 pontos, perdendo apenas no saldo de gols para o Horizonte.

Repercussão

De João Havelange, presidente de honra da Fifa, ao cearense, Airton Fontenele: "Queria felicitá-lo pela obra que realiza como escritor e jornalista, trazendo ao conhecimento público informes relevantes e importantes sobre o futebol brasileiro, os quais, para o público desportivo, despertam curiosidade e respeito". Havelange refere-se aos trabalhos de Airton como um todo, mas de modo especial ao livro o Brasil de Todas as Copas - 1930/2010.

Recordando

Há jogadores que passam pelos clubes e quase nenhuma lembrança deixam. Será que a torcida do Fortaleza lembra desse centro-avante que veio do Rio de Janeiro na década de 1980? Observem que o clube tinha então o patrocínio do Bancesa. Esclareço: trata-se de Meireles. Não sei que destino tomou, após deixar o Fortaleza e encerrar a carreira. (Colaboração de Ricardo Amorim).