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Sem brilho

O nível da Série A do Campeonato Brasileiro não está bom. Ainda não há uma equipe capaz de encantar o público. Até o Santos, que deu show de bola no primeiro semestre, perdeu muito da beleza de seu futebol. Só agora, na decisão da Copa do Brasil, voltou a mostrar serviço. A fama alardeada parece ter deslumbrado demais os meninos da Vila. Verdade é que os próprios times integrantes do G-4 ainda não estabeleceram grande diferença em relação aos que estão mais atrás. Corinthians, Fluminense, Ceará e Internacional estão bem, mas nada de extraordinário. Isso não permitiu que nenhum disparasse na pontuação, fato que, de certo modo, segura o interesse da maioria. Quando um time abre significativa vantagem sobre os concorrentes, o campeonato fica meio sem graça. Mas melhorar o nível da presente disputa virou uma necessidade.

Cobrança

Valeu o aperto em cima do time do Fortaleza. André Leonel, que vinha sendo um dos mais criticados, desencabulou de vez. No lugar dos erros de definição das jornadas anteriores, ele teve elevado índice de aproveitamento diante do São Raimundo em Santarém. Além disso, viu seu companheiro de ataque, Tatu, que igualmente vinha sendo muito criticado, sair do jejum com o gol que marcou. Abriram-se novas esperanças para o Leão acreditar no seu retorno à Série B nacional.

Comparações

O Ceará ganhou do Fluminense, empatou com o Corinthians e só perdeu para o Internacional em razão de um erro de arbitragem (o pênalti a favor do Colorado não existiu). Dirão talvez que, na época da vitória sobre o Fluminense, o time carioca ainda estava em formação. Ora, amigos, o Ceará também estava. Desse grupo do G-4, o Ceará foi o que sofreu maior perda com a saída da comissão técnica. Só agora o Corinthians perdeu o concurso do técnico Mano Menezes. O que preocupa na verdade é a manutenção do ritmo num campeonato que os técnicos costumam chamar de "tiro longo". Quando o certame alcançar a metade da disputa já se terá uma ideia sobre quem suportará a carga até o fim.

A hora do gol

Acertar a finalização é o objetivo principal do Ceará. Motivo: após a Copa do Mundo, o ataque marcou apenas um gol, no caso, o de Misael na derrota para o Internacional por 2 a 1. O gol no empate com o Guarani (1 a 1) foi do ala Ernandes. Portando, aproveitamento mínimo na linha de frente que desperdiçou ótimas oportunidades. Daí a preocupação.

Alvinegros

A liberação de Fabrício para o jogo em São Paulo veio num momento oportuno. Com ele, a defesa alvinegro fica muito mais consistente. /// Washington tem a missão de retomar a condição de artilheiro no Ceará. Fez gols importantes, mas não pode parar. Terá de dar sequência. Por enquanto, sem a concorrência ou companhia de Magno Alves. /// Ótimo para o Vozão: o foco do São Paulo está na decisão de vaga com o Inter na Libertadores. Logo...

Icasa em ação

A permanência de Júnior Xuxa no Verdão evitou uma quebra no setor onde ele vem atuando com desenvoltura e, inclusive, marcando gols. Foi melhor para o Icasa não haver concluído a transferência do jogador para o futebol português. /// O Guaratinguetá, adversário do Verdão hoje no Romeirão, tem time modesto, mas faz boa campanha. É o sétimo colocado com 17 pontos. De conhecido mesmo, só o técnico Roberval Davino.

Recordando

1972. O meia Samuel, bicampeão cearense pelo Ceará. Jogador de alta categoria. Ele fez parte de uma formação muito forte. São contemporâneos de Samuel no Ceará jogadores como Da Costa, Jorge Costa, Gildo, Chicletes, dentre outros. Não sei o destino de Samuel depois que ele encerrou a sua carreira de jogador profissional.

(Colaboração de Elcias Ferreira)