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A Copa daqui

Uma longe, na África do Sul; a outra, bem perto, aqui. Hoje, pelo menos hoje, a Copa do Nordeste tem um apelo significativo: o clássico Fortaleza x Ceará. Só assim certamente conseguirá um pouco de luz neste eclipse provocado pelo mundial de futebol. No lugar de Robben, Sneijder, Van Piersie, Kaká, Robinho, Luís Fabiano, Messi, Tevez, Higuaín, Klose, Podolski e Müller, o foco da mídia vai para Fabiano, Peres, Tatu, Guto, Bismarck, Fabrício, Erivelton, Michel, Geraldo e Misael. O clássico maior do nosso futebol tem um charme especial, ainda que em circunstâncias onde seu brilho esteja ofuscado por uma competição maior, mais importante. O torcedor local não deixa de ter a natural curiosidade sobre a preparação de alvinegros e tricolores, pois a Série A e a Série C estão aí, à porta. E a Copa da África rápido chegará ao fim.

Confiança do Zé

Conversei com o técnico Zé Teodoro, quando ele esteve na TV Diário comentando um dos jogos do Brasil na Copa. Sobre o Fortaleza, ele explicou os motivos das naturais dificuldades de colocar o time em ordem, haja vista alguns contratempos que são do conhecimento do público. Mas em nenhum momento ele titubeou. Pelo contrário: Teodoro tem convicção de que até o início da Série C o Leão estará no ponto para enfrentar Paysandu/PA, Águia/PA e Rio Branco/AC.

Retorno

Imprevisível saber como voltarão os times da Série A, após a paralisação decorrente da Copa Mundo. Um hiato assim provoca alterações de todos os níveis. O ritmo de jogo praticamente sucumbe. Será como começar do zero. Algumas equipes sofrerão mais que outras. Tudo dependerá do processo de readaptação. Engana-se quem pensa que a programação de jogos amistosos substitui um calendário oficial. Amistoso é feira de amostra. E, às vezes, nem isso é. Foge ao clima de partidas oficiais, em que a motivação exerce nos atletas o sentimento de efetiva participação e entrega total. Não há, portanto, como prever a produção de Ceará e Corinthians. Quando muito, conjecturas. Nada mais.

Retomada à vista

Conheci pessoalmente o novo técnico do Ceará, Estevam Soares. Gostei muito da conversa. Ele está consciente dos desafios que terá, mormente por ter recebido o time na privilegiada posição de vice-líder da Série A. Sabe que não terá como fugir de comparações com o trabalho do antecessor, PC Gusmão. Mas mostrou-se seguro quanto à missão que terá de cumprir.

Questionamento

A cada Copa do Mundo, espanta-me a rapidez com que são construídos estádios monumentais. Todos os esforços convergem para a rápida execução das obras. Tudo bem. Mas por que esforço assim, pelo menos parecido, não há para a execução maciça de obras em setores prioritários como saúde e segurança? Isso num país rico é compreensível, mas, num país pobre, é inaceitável. Pelo preço de um estádios poderiam ser construídos quantos hospitais?

Reencontro coral

Jogadores que fizeram parte das bases do Ferroviário, no período de 1977 a 1884, promoverão um reencontro para confraternização. Informações com Gabriel (8899.0194) ou com Gilvan (8722.8954). Integravam a base coral naquela época Luciano, Solano, Nenego, Laércio, Marinho, Dedé, Gabriel, Sérgio Luiz, Valdeci, Anchieta, Gilvan, Nani, Hélder, Sales, Maurício, Assis, Osmar, Nena e Bosco, dentre outros. É para matar a saudade.

Recordando

1978. Jogadores do Ferroviário Atlético Clube. A partir da esquerda: o volante Jodecy, Vanderley (ponta-direita que ficou muito conhecido como Fusquinha da Barra) e Bassi, lateral-direito que teve passagem pelo São Paulo Futebol Clube. Detalhes: Vanderley já faleceu. Faz muito tempo não tenho notícias de Jodecy. (Colaboração de Cristiano Santos, integrante do Memofut).