Matéria-806720

Vantagem brasileira

O Chile tem feito bela campanha. Tomei maior interesse de analisar o momento dos chilenos ao sentir as possibilidades de um encontro com o Brasil. E descobri que a produção do time de Bielsa melhorou muito, se comparada com o que mostrou diante do Brasil quando em 2008 perdeu por 3 a 0 em Santiago e quando em 2009 perdeu por 4 a 2 em Salvador na Bahia. As equipes, nessas duas ocasiões, tiveram formações nas quais usaram boa parte do jogadores que hoje estarão no Estádio Ellis Park em Johanesburgo. Portanto, são velhos conhecidos. Na primeira fase da Copa, o Chile optou por um modelo ofensivo, inclusive diante da poderosa Espanha. Se assim for diante do Brasil, ou seja, um Chile sem retranca, a Canarinho terá melhores condições de vitória, desde que sua meia-cancha passe a municiar bem.

Nova esperança

Kaká é esperança de melhor qualidade brasileira na meia-cancha para enfrentar o Chile. Depois da baixa produção desse setor diante de Portugal, ficou evidente que o Brasil depende de Kaká para chegar ao hexa. Se com ele, que ainda não está no melhor ritmo, a situação já anda complicada, sem ele será um desastre. O retorno de Kaká anima a torcida, renova esperanças e assusta o adversário. Com Kaká em campo, a defesa adversária sabe que não pode cometer um vacilo sequer.

Destaques Chilenos

A defesa deverá ter atenção em Alexis Sánchez, atacante que atua no Udinese da Itália. É veloz e dribla muito bem. /// Se Humberto Suazo, que atualmente pertence ao Zaragoza da Espanha, atuar contra o Brasil, olho nele. Detalhe: Suazo está pendurado com um cartão amarelo que recebeu na vitória sobre a Suíça (1 a 0). Ele não enfrentou a Espanha. /// O atacante Jean Beausejour foi o melhor no jogo de estreia dos chilenos na vitória sobre Honduras por 1 a 0. /// Valdívia vem entrando bem. É o grande jogador que fez bonito durante tanto tempo no Palmeiras. A meia-cancha chilena cresce em inteligência quando ele está em campo. /// O atacante Mark Gonzalez foi o melhor do jogo diante da Suíça.

Hora de Robinho

Nos dois jogos em que atuou, Robinho o fez bem. Mas tem muito mais para mostrar. Chegou o momento. A partir de hoje, com o "mata-mata", o atleta não pode protelar a arrancada definitiva. Hora da consagração ou nada. Se quiser que a competição na África do Sul seja lembrada como a "Copa do Robinho", ele terá de começar a fazer a diferença já contra o Chile.

Internacional

A maioria dos jogadores chilenos atua na Europa: Bravo (Real Sociedad/Esp), Isla e Alexis Sanchez(Edinese/Ita), Vidal (Bayer Leverkursen/Ale), Gonzalez (CSKA/Rus), Jara (West Bromwich (Ing), Fernandez (Sporting, Por), Tello (Besiktas/Tur) e Suazo (Zaragoza/Esp). No exterior, mas fora da Europa: Valdívia (Al-Ain/Sau), Beausejour (América/Mex) e Medel (Boca/Arg). O técnico é o argentino Bielsa. Portanto, time muito experiente.

Confrontos

Desde 1916, Brasil e Chile enfrentam-se. Entre Seleções principais, 65 jogos (46 vitórias do Brasil, 7 do Chile e 12 empates. Nos últimos confrontos, de julho de 2004 a setembro de 2009, 7 jogos, 7 vitórias do Brasil. A última vitória do Chile (3 a 0) foi em 2000, em Santiago, Eliminatórias (Vanderlei Luxemburgo era o técnico do Brasil). Em Copas do Mundo: 1962, Brasil 4 a 2, em Santiago; 1998, Brasil 4 a 1, em Paris. (Dados de Airton Fontenele).

Recordando

Aos 81 anos de idade morreu no dia 12 passado o ex-jogador Purunga. Ei-lo no Vitória /BA em 1952. A partir da esquerda (em pé): o 5º é o cearense Alencar (não confundir com o atacante que foi do Ceará); o 8º, Purunga; o 9º, Quarentinha que brilhou no Botafogo/RJ e na Seleção Brasileira. Agachado, o 1º à direita é o técnico cearense Jombrega. (Foto pertence a Emanuel Róseo, filho do Jombrega).