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Ação e reação

Duas propostas distintas. O Fortaleza exerceu o controle, com maior posse de bola. O Ferrão mais contido, mas, por mais paradoxal que pareça, incisivo quando no ataque. Assim o time coral fez 1 a 0 em bela jogada e gol de Rafael. E meteu bola na trave do Leão aos 43 do primeiro tempo em chute de Dionattan. Na fase final, o Fortaleza cresceu com a entrada de Eusébio. Isidoro puxou a reação tricolor de aço e mandou bola na trave do Ferrão. Ficou clara a proposta coral de fechar mais com Alexandre e explorar os contra-ataques. Continuavam as propostas bem distintas. Peter levou o Leão pela direita. Numa dessas, cruzou pata Betinho empatar (1 a 1). A partir daí, embora mais presente o Fortaleza, várias chances de gol aconteceram para os dois lados. Goleiro Jonathan destacou-se. Pegou muito. Deu empate no jogo em que o Fortaleza foi melhor.

Líder com mérito

O Ceará confirma a liderança, com bela vitória sobre o Crato. Apenas nos 30 minutos iniciais, Crato conseguiu algum equilíbrio. Após isso, o Ceará foi tomando conta do jogo. O primeiro gol de Geraldo mudou rumo da partida. E o seu segundo gol, no início do segundo tempo, escancarou a defesa do anfitrião. Geraldo está sendo a diferença. Desde que retornou, arrumou a casa. A liderança ostentada pelo Ceará tem tudo a ver com Geraldo, destaque da goleada de ontem (4 x 0).

Observações

Reclamações gerais contra a arbitragem de Edson Galvão. Um pênalti em Betinho. Um pênalti em Felipe. Edson não viu nenhum. E houve um outro duvidoso em Betinho. Carrada de faltas não marcadas. Arbitragem estranha. A não ser que a televisão mostre imagens diferentes na repetição. /// Felipe e Rafael muito bem. /// Betinho acordou no segundo tempo. /// Tatu em nenhum momento acertou. Jornada infeliz do Tatu. /// Alberto, que vinha sendo destaque coral, jogou mal no clássico. Errou até os tiros fortes de fora da área. /// Goleiro Jonathan fez duas defesas espetaculares. Salvou o Ferrão. /// Público insignificante num clássico que poderia definir a sorte de um dos tricolores. Que vergonha!

Supermáquina

A aviação desportiva cearense tem agora o RV-4, supermáquina projetada para acrobacias áreas. No Brasil há apenas dois aviões desse tipo. Um deles é esse aí, adquirido pelo aviador-acrobático Waldonys. O RV-4 permite voo invertido e tem saída de fumaça para ornamentar mais ainda os show aéreos. Máquina perfeita para o piloto, muito piloto, Wandonys,

Concorrência

Horizonte poderia ter chegado aos 20 pontos no sábado. Mas o empate (1 x 1) em casa, no Domingão, com o Guarani/J, tirou do time de Felinto Holanda a chance de abrir distância. Nesta reta final, tropeço assim pode complicar na hora da definição. Verdade que o Horizonte pega dois times teoricamente fracos porque ocupantes da parte baixa da tabela. Mas os dois pontos, que não foram ganhos, permitiram animar a concorrência.

A rodada

A goleada do Limoeiro (6 a 1) no Itapipoca fica no rol dos resultados atípicos. Não é comum isso acontecer. Momento difícil o do Itapipoca. /// Da mesma forma, a goleada do Guarany de Sobral no Quixadá (6 x 0). O Bugre é vice-líder com mérito, mas a extravagância do placar foge ao trivial do futebol. /// Maranguape ganhou (2 a 0) bem do Boa Viagem, que agora pegará o Fortaleza no Serjão. Time de Boa viagem na pior, pendurado mesmo.

Recordando

Década de 1960. A partir da esquerda: Marcelo Rocha e Darlan no time do Gentilândia, com uniforme de camisa branca e faixa rubro-negra. Marcelo Rocha depois destacou-se também como jogador e supervisor do Tiradentes. Faz muito tempo não vejo Darlan, bom zagueiro. Conheci Darlan no tempo em que ele morava numa casa defronte à pracinha da igreja de Mondubim velho. (Acervo Jurandy Neves).