Força sobralenseO Guarany vem decidir o turno em Fortaleza. Perdeu a oportunidade de levar o jogo final para o Junco. Isso fará diferença? Bem, pelo retrospecto do Bugre em casa, possivelmente não. O time fez sete partidas em casa (seis pela fase classificatória e uma pela semifinal). Ganhou apenas uma (2 a 1 no Maranguape). No mais: empatou pelo mesmo placar de 1 a 1 com Fortaleza, Horizonte, Boa Viagem, Ferroviário e Itapipoca. E, na semifinal, empatou (2 a 2) com o Horizonte. Fora, ganhou quatro jogos (inclusive do Ceará) e empatou um. É o único invicto. Não gostei da produção Guarany no jogo passado. Confuso. Atônito em boa parte do jogo. Tem a vantagem de compor com jogadores tarimbados, que viveram grandes decisões como Jefferson, Mazinho Lima, Clodoaldo e Wanderley. A força sobralense merece respeito.
AusênciaBetinho fez quase tudo certo na vitória sobre o Ferroviário. Marcou belo gol, criou situações, finalizou bolas perigosas e deu passes com esmero. Seu erro imperdoável foi levar de forma boba o terceiro cartão amarelo. Resultado: está fora da decisão, justo no momento em que mais dele o Leão precisará. Ótimo para a defesa do Guarany que terá uma preocupação a menos. Certamente sua ausência será muito sentida. No primeiro tempo do clássico ele fez a diferença. E agora?
TradiçãoO Fortaleza conseguiu ajustar suas linhas no momento certo, ou seja, na reta final. Aí se agigantou diante do Ferroviário. O Leão entra com duas vantagens: a de jogar no Castelão e a de uma tradição de conquistas quando o deixam entrar no páreo no afunilamento, tal como agora aconteceu. O segundo tempo do Fortaleza no clássico tricolor foi primoroso. Uma virada consciente, conduzida por Peres, Paulo Isidoro, Alex Gaibu, Coquinho e Betinho, os que mais se destacaram. Mas também importantes as participações de Gilmak, Turatto e Guto. Apesar de Tatu não ter jogado bem, dele o passe que resultou no golaço de Alex Gaibu. De desacreditado no início a favorito na decisão, eis a metamorfose tricolor.
Recomposição alvinegraO ceará terá amanhã na Copa do Brasil o instrumento primeiro para a remodelagem da equipe. As coisas ainda estão meio confusas em Porangabuçu. Isso é natural nessa fase de experiências. Mas observo que os melhores momentos do Vozão coincidem com as boas fases de Boiadeiro. Colocá-lo logo no ponto abreviará a retomada da dinâmica pelo setor direito.
ExpectativaA torcida do Ceará espera mais de jogadores que poderão contribuir melhor em campo. Caso, por exemplo, de Esley. Expectativa também sobre Aloísio, que poderá ser mais um homem a conferir no ataque onde Dinei começou bem no primeiro jogo, mas no segundo não teve o mesmo brilho. Há outros que também podem ser incluídos na mesma situação: Vavá (não se firmou), Jean Coral, Douglas Silva, Rômulo...
ErrosA revolta dos dirigentes e jogadores do Horizonte contra o árbitro Gleysto Gonçalves decorre de dois erros capitais cometidos por ele: um pênalti claro não marcado a favor do Horizonte logo no início do jogo e a falta inexistente de Valter em Clodoaldo que Gleyston marcou e Clodoaldo converteu, mudando a história do jogo. Quanto ao pênalti em Clodoaldo, realmente aconteceu. Análise feita no Debate Bola, com repetição de imagens.
Recordando1977. River de Teresina, Piauí. A partir da esquerda (em pé): Paulo Figueiredo, Martins, Joca, Meinha, Valdemar e Garrido. Na mesma ordem (agachados): o cearense Santos, Sima, Nivaldo, Nunes e Derivaldo. Detalhe: Sima foi ídolo no futebol piauiense. Jogava muito. Sima veio jogar no Ferroviário, onde, não sei bem a razão, não brilhou tanto quanto no River.