Times do interiorHá anos repete-se o cenário: no primeiro turno os times do interior ocupam no início quase todas as vagas do G-4. Depois, porém, vão cedendo espaço, principalmente na segunda fase da competição. Agora mesmo, das quatro vagas existentes, três estão com representantes que não são da Capital: Guarany de Sobral, Guarani de Juazeiro do Norte e Quixadá. Importante lembrar um detalhe: as duas vagas seguintes estão com Crato (5º) e Horizonte (6º). A pergunta é: quando um time do interior ganhará o título estadual em campo? Sim, porque fora de campo, no tapetão, o Icasa tem o de 1992, dividido com Fortaleza, Ceará e Tiradentes. Refiro-me a uma conquista isolada. O Icasa esteve próximo várias vezes, mas hoje está na segundona. O Guarany de Sobral também chegou perto em 1970. E só. Haverá surpresa este ano?
Lance polêmicoCoquinho foi protagonista do lance polêmico que resultou na sua expulsão. Ontem, revi várias vezes a imagem. A princípio, pensei que Coquinho cometera a falta. Depois, olhando em câmera lenta, observei a entrada de Serginho, que vai com o pé alto no lance. Conclui que Coquinho não fez falta razão por que não deveria ter recebido o segundo amarelo. Dacildo Mourão, que estava no programa, discordou. Entendeu que Coquinho fez falta e mereceu o segundo cartão.
Vaivém incrívelAnalisar o atual momento do futebol cearense não está fácil. As equipes são um festival de oscilações. Vejam o caso do Guarani de Juazeiro que subiu para a terceira colocação. No Romeirão, em casa, o Guarani foi goleado pelo Quixadá (2 x 4), perdeu para o Guarany de Sobral (2 x 3) e empatou com o Limoeiro (0 a 0). Em compensação, fora de casa o Guarani ganhou do Ferroviário na Barra (0 x 1) e do Itapipoca no Perilo Teixeira (0 x 1). Sofreu goleada do Ceará (4 a 1). Anteontem, em casa, ganhou do Fortaleza (2 a 1). Portanto, ora tropeça em casa, ora consegue importantes vitórias no domínio do adversário. Assim também acontece com outras equipes. Por isso está difícil fazer prognóstico no futebol cearense.
A bronca do Renan
Conheço há anos o presidente do Fortaleza, Renan Vieira. Sempre pacato, faz tudo para evitar conflitos. Daí minha surpresa ao ouvir suas declarações em Juazeiro do Norte. Renan bateu forte na arbitragem. Acusação grave: "Existe uma quadrilha para prejudicar o tetra do Fortaleza". Só mesmo uma violenta emoção para fazer Renan manifestar-se assim.
OscilaçõesO Crato é outro exemplo de time que oscila. Ficou na liderança por algumas rodadas, apontado como sensação do certame. De repente, revelou fragilidades antes não detectadas. Crato goleou Boa Viagem (3 a 0) e goleou o Fortaleza (4 a 0). Mas sofreu golada do Horizonte no Domingão (3 a 0). Depois, perdeu duas seguidas em casa: derrotas para o Guarany de Sobral (0 x 1) e Maranguape (2 x 3). Caiu da zona de classificação e está com o moral abalado.
Outra fera coral
O atacante Felipe Klein é atacante que ganhou as graças da torcida coral. Seu belo gol na vitória l sobre o Maranguape no Moraisão e o gol do empate diante do Guarany no Junco foram essenciais para o Ferrão confirmar a liderança. Fizeram, pois, a diferença. Felipe vê seu prestígio nivelar-se ao de Rafael, outro atacante que experimenta boa fase, máxime após ter marcado quatro gols num só jogo, além do gol que deu a vitória sobre o Ceará.
RecordandoDécada de 1960. Três integrantes da Seleção Cearense. A partir da esquerda: Luís Eduardo, o famoso goleiro George e Baíbe. Hoje, Luís Eduardo está muito bem de vida. George mora em Porto Seguro na Bahia. Baíbe está aposentado. O melhor momento de Baíbe foi na Seleção Cearense de 1962, terceira colocada no Brasileiro de Seleções.
(Colaboração de Jurandy Neves).