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Clássico chocho

Nem de longe a imagem do que se convencionou chamar de clássico das multidões. Nem multidão, nem bom futebol. No primeiro tempo, o Fortaleza chegou mais com Peter e Gaibu. Saídas rápidas colocaram Tatu em boas condições. A resposta do Ceará aconteceu apenas aos 36 minutos com Reinado. Mas nada capaz de emocionar. Os alas alvinegros não funcionaram bem. Na fase final, o Ceará melhorou um pouco com Leozinho e Jorge Henrique. E até criou boas jogadas com Leo. Mas nada capaz de alterar substancialmente a produção. Da mesma forma, a entrada de Paulo Isidoro e Eusébio pouco mudou a produção tricolor. Uma bola na trave de cada equipe, uma em casa tempo (Reinaldo pelo Ceará e Coquinho pelo Fortaleza). E o sentimento de frustração pela ausência de gol. Um clássico chocho, que de clássico só teve o nome.

Estreia alvinegra

O goleiro Diego não teve o trabalho de fazer defesas extraordinários, mas mostrou-se seguro nas bolas difíceis em que interveio. O mais importante, neste trabalho inicial, foi passar para o grupo e para a torcida a confiança que não existia desde a saída de Lopes. Sua melhor participação, no meu entendimento, foi aos 42 minutos do segundo tempo, quando neutralizou grande chance de Betinho. Pelo visto, o Ceará parece ter resolvido com Diego o seu problema de goleiro.

Na teoria

"Criamos várias oportunidades. Teoricamente, se tivesse de haver um vencedor, seria o Leão".

Gaúcho
Zagueiro do Fortaleza

Justa liderança do Ferroviário

Euforia dos corais. Com justificada razão a liderança é comemorada na Barra. O time teve tropeços em casa (0 a 0 com o Itapipoca e derrota por 1 a 0 para o Guarani de Juazeiro no Elzir Cabral), mas empreendeu reação desde a quinta rodada, quando ganhou do Ceará por 1 a 0. Daí então, somente vitórias. Já são três seguidas. Ontem, em Maranguape, apesar da dificuldade, confirmou sua superioridade e fez 1 a 0. Desta vez não deu Rafael, mas Filipe Klein conferiu com belo gol.

Sensibilidade

A jornalista Margareth Lima foi muito feliz na edição do Nordeste Rural Especial, dentro das comemorações relativas aos 40 anos da TV Verdes Mares. Com sensibilidade, ela condensou, numa revisão histórica, os 22 anos do programa, do qual participei como apresentador durante 18 anos. Foi ótimo rever imagens ainda sob o comando dos fundadores Rosemberg Cariry e Marcos Belmino (saudoso "Ponhonhon"). E, igualmente, imagens de companheiros que deixaram ali o registro de seus talentos.

A rodada

O Guarany de Sobral surpreendeu o Crato e meteu 1 a 0. O Bugre sai do Cariri com saldo altamente positivo, pois na quita-feira havia aplicado 3 a 2 no Guarani no Romeirão. O time do Torquato é vice-líder e único invicto. Bela campanha. /// Quixadá volta a vencer. Ganhou do Limoeiro (1 a 0) no Bandeirão. Esperei mais do Limoeiro este ano. ///Hoje, Itapipoca tenta confirmar sua reação diante do Guarani de Juazeiro. /// O Maranguape, pelo elenco que tem, deveria estar numa melhor situação.

"A gente quis melhorar o desempenho do Ceará no segundo tempo. Mas ficou tudo muito igual".
Jorge Henrique
Lateral do Ceará

Recordando

Encontro de cronistas. A partir da esquerda (em pé): Gilvan Dias, Zé Flávio Teixeira, Ramon Paixão, Paulo Karam, Sérgio Ponte e Jader Morais. Detalhe: Gilvan Dias foi goleiro notável. Inesquecível sua atuação pelo Ceará contra o Bahia na Fonte Nove em 1959. Como técnico Gilvan foi campeão cearense pelo América (1966) e vice-campeão da Taça Brasil pelo Fortaleza (1968). Acervo de Jurandy Neves.