Duas fotosTenho defendido a manutenção do costume de os times posicionarem-se para fotos antes de cada jogo. É o registro histórico das variações. Com o passar dos anos, essas fotos ganharão importância. Os acervos que uso no "Recordando" foram formados assim. A pose para pôster nos jogos decisivos também é de praxe. Os senhores vão ver o que haverá na partida que definirá o título brasileiro da Série A. No dia seguinte, os jornais publicarão o pôster, tendo como ornamentação o estádio lotado. É uma foto viva porque captada ao calor da expectativa e da emoção. Vejam a foto do Brasil campeão mundial de 1958, a do bi de 1962, a do tri no México. Fotos que falam. Já a foto oficial, embora tenha sua importância histórica, é fria por natureza, sem expressão. Não tem a ornamentação da torcida. O Ceará poderia contemplar as duas partes. Seria sensato.
Nome lembrado
Tentei conversar com Ribamar Bezerra, ex-presidente do Fortaleza, a respeito do atual momento tricolor. Mas ele preferiu não fazer qualquer pronunciamento. Entende que, dependendo das colocações que fizesse, poderia ser alvo de interpretações diferentes. Por isso, preferiu evitar entrevistas. Não tenho dúvida, porém, de que, no momento certo, Ribamar terá seu nome lembrado nas ações para a retomada tricolor na viagem de volta à Série B nacional.
Inovações
"Quero dirigir a FCF, mas fora do gabinete, ouvindo os clubes, o público e a imprensa".
Mauro Carmélio
Presidente eleito
Estado de graça
A euforia da torcida alvinegra continua na mesma intensidade desde sábado passado, data em que carimbou a passagem para a Série A nacional. A prova ficou clara na procura por ingressos para o jogo com o América. Algo espantoso que logo fez elevar os preços nas mãos dos cambistas. Estado de graça viverá aquele que tiver a oportunidade de ocupar um lugar no Castelão. Verá ao vivo a materialização do maior sonho dos alvinegros: festejar em casa a volta já confirmada à Série A.
FilosofiaJovens atletas do Fortaleza tinham brilhado na Copa São Paulo de Futebol Júnior: Bambam, Adailton, Guto e Bismarck. Por isso foram festejados. Ali estava o futuro do Leão. Lembraram até a escolinha do Moésio Gomes, que no final da década de 60, deu inigualável safra de craques ao Pici. Mas os jovens da Copa não foram aproveitados. Alguns até padeceram discriminação. E o Fortaleza caiu para a Série C. A não utilização desses jovens não terá sido uma das causas da queda? Acho que sim.
Notas & notas
Do pesquisador Airton Fontenele: "Meu amigo Airton Monte, que morreu terça-feira, brilhou como jogador nas décadas 40/50, atuando pelo Maguari, Gentilândia e Ceará. Foi excepcional conhecedor do futebol mundial, especialmente o brasileiro e o argentino. Fica a saudade". /// Começa hoje, na FIC, o I Forum Cearense de Futebol. Palestrantes: narrador Luiz Roberto, PC Norões, Rafael Ramos, PC Gusmão, Evandro Leitão, Antonio C. Gomes, Wilson Mendonça, Maria H. Pacheco e Luiz Bertassoni.
"Sempre que o Fortaleza precisou dos jogadores das bases, eles souberam corresponder".
Bismarck
Meia do Fortaleza
Recordando
1958. Rara foto do Ferroviário Atlético Clube. A partir da esquerda (em pé): Eudócio, Macaúba, Manoelzinho, Nozinho, Jaime e Antonio Limoeiro. Na mesma ordem (agachados): Zé de Melo, Kit Rola (hoje médico conceituado), Doca, Pacoti, Macaco e o técnico baiano, Durval Cunha. Desse grupo, Pacoti é o que segue ligado ao futebol. (Acervo de Elcias Ferreira).