Paz interior
O Fortaleza entra na reta final da Série B, profundamente abalado pelo espectro do rebaixamento. Os próprios apertos levaram o tricolor a rever conceitos. Os jogadores cuidaram de contornar divergências internas que sacudiram o grupo, máxime com o afastamento e retorno de Luiz Carlos. Coutinho e os demais companheiros falaram em profissionalismo para reparar os estragos acontecidos. E será preciso mesmo muito profissionalismo. Mas, muito mais que profissionalismo, o grupo precisará de paz interior. Esta eu entendo como o estado de espírito em que o homem reflete e afasta do coração mágoas e ressentimentos. Perdão recíproco. Quando isso acontece, o ser humano torna-se mais altivo e aproxima-se do melhor sentimento cristão. Se o Fortaleza alcançar mesmo a paz interior, certamente a retomada com profissionalismo será bem mais fácil. União interna e externa, a última esperança.
Divisor de águaO Vasco vem para alcançar matematicamente sua passagem de volta à Série A. O Fortaleza o espera com o objetivo de fazer da visita vascaína o divisor de águas, como disse o técnico Roberto Fernandes. Em outras palavras: o Leão quer ganhar o jogo e, a partir daí, empreender a arrancada final para fugir de vez do rebaixamento.
Possibilidade
O Fortaleza terá condições de ganhar do Vasco? Em futebol tudo é possível. O Leão vem de três derrotas seguidas (América, 2 a 1; Atlético-GO, 1 a 0; Bragantino, 4 a 1). Um abatimento moral que compromete. Mas time ferido, humilhado, não raro prega peças inesperadas. Nisso reside a esperança da torcida tricolor.
Comando
Por mais paradoxal que pareça e por todos estarem no mesmo barco, ou seja, afundando, a ordem de comando terá agora de ser mais incisiva do que nunca. Roberto Fernandes, chamado a dar o grito derradeiro, não pode admitir insucesso, mesmo sabendo que todos os fatores são contrários e ainda que esse insucesso possa parecer próximo, iminente.
Conjunção
Somente a união de esforços, nos planos físico, mental e espiritual, poderá alcançar êxito na delicada e difícil missão tricolor. Ganhar do Vasco virou questão de honra. Mistura tudo: necessidade e desespero, vontade e brio. É o homem diante do desafio do mais forte, do mais preparado, do líder, do quase campeão.
É lutaInfeliz o que se dá por perdido, enquanto há esperança. Infeliz o que se deixa levar pelo abatimento antecipado. Infeliz o que desiste quando ainda há uma última chance. Pela história, o Fortaleza não é morredor. Tem de lutar até o fim.
ConsciênciaDuas vozes em sintonia: a do presidente do Ceará, Evandro Leitão, e a do técnico do Vasco da Gama, Dorival Júnior. Os dois, em momentos diferentes, foram questionados sobre se seus times já estavam lá. Ambos evitaram o "já ganhou", apesar de todos os números favoráveis.
NúmerosDorival só admite falar em Série A quando matematicamente a vaga estiver garantida. Aí, sim, ele admitiu que falará sobre o assunto. Da mesma forma, Evandro quer a garantia matemática para se expressar sobre o Ceará na elite. Antes disso, não aceita falar no assunto. Ambos estão corretíssimos.
Papo agradávelComo é bom conversar com o Sacha Jucá. A visão que ele tem do futebol e dos negócios ligados ao futebol é muito profissional, como realmente deve ser. Um nome da maior respeitabilidade, que engrandece os que privam de sua amizade. Sacha está vibrando com a campanha do Ceará.
ReferênciaSérgio Alves goza de privilégio que pouquíssimos jogadores veteranos conseguem quando ainda em ação: ter seu retrato nas bandeiras das organizadas. Sérgio esteve no Debate Bola (TV Diário) e deixou claro: ninguém pode dizer que ele não tem fôlego para um jogo inteiro, se não lhe for dada oportunidade.
RetornoO presidente da AGAP (Associação de Garantia ao Atleta Profissional do Ceará), Barbosa Pinheiro, quer criar núcleos da entidade no interior, visando a orientar ex-jogadores que buscam nova profissão após encerrarem a carreira. Interessados devem entrar em contato pelo telefone (85) 3214-6400 ou pelo e-mail: sac@agapce.org.br
O PresidentePaulo Oliveira, Alternir Bernardo (Mossoró) e o presidente Lula. O Mossoró não passa batido. Aproveitou a entrevista exclusiva que Lula concedeu ao Paulinho e fez a pose. Mossoró, em duas Copas do Mundo (França e Alemanha), também foi fotografado com presidente da Fifa, Josef Blatter. Simpatia é isso.
"Vai ser uma pressão assustadora, com cinco ou seis times chegando"
Washington, sobre a reta final da Série A
Atacante do São Paulo