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Coincidência

Nos últimos tempos, o Ceará há conseguido bons resultados diante da Portuguesa em São Paulo. Mas hoje não será no Canindé e sim no Estádio João Paulo II, em Mogi Mirim. Feliz coincidência: há anos existe afinidade entre as grandes vitórias alvinegras e o Papa João Paulo II. Motivo: a música "Obrigado, João Paulo", composta pelo padre Gotardo Lemos (torcedor do Ceará) e gravada por Luiz Gonzaga, virou sucesso nacional na década de 80. O narrador Gomes Farias costumava rodar essa música antes dos jogos do alvinegro, já pela identificação de seu autor com a cores do Vozão. Aí a torcida entendeu que dava sorte. Talvez por mera superstição da galera ficou estabelecida essa ligação tão própria do imaginário popular. Eis que o Ceará enfrentará a Portuguesa exatamente no Estádio João Paulo II. Alguém tem dúvida de que Gomes Farias rodará a música do padre Gotardo antes do jogo em Mogi?

Retorno

Erivelton volta a ocupar a zaga ao lado de Fabrício. Retorno normal de quem é o dono absoluto da posição. Mas vale uma observação com relação ao seu substituto, Anderson. Soube que o rapaz ficou arrasado pelo gol contra que marcou. Sei que o próprio Erivelton cuidou de confortar o amigo, mostrando que situações assim são próprias do futebol.

Apoio

Quero crer que o técnico PC Gusmão saberá também tranqülizar Anderson. Este terá de mostrar personalidade forte para encarar as futuras oportunidades. Nada de ficar abalado com o que houve. Deve, sim, disso tirar o melhor proveito como lição. Anderson é bom zagueiro e vinha entrando muito bem. É bom que fique bem claro: sua saída do time principal hoje não foi pelo erro cometido, mas pela volta do titular Erivelton.

Observação

A Portuguesa será um adversário muito difícil. O time ganhou do Atlético-GO, encheu-se de moral e definitivamente está na luta para ingressar no G-4. Mas vale frisar: a vitória em Goiânia foi complicada. Aconteceu apenas no último minuto. Além disso o Atlético passou boa parte do jogo apenas com 10 jogadores, porquanto Jairo fora expulso.

É bom

Interessante como o técnico Vágner Benazzi dá certo na Portuguesa. Ele está para a Lusa assim como Flávio Araújo está para o Icasa. Verdadeira fusão de imagens como costumo chamar. Benazzi, não raro, tira a Portuguesa do sufoco. Ele assumiu no lugar de Renê Simões, após uma série de contratempos que culminaram com a invasão aos vestiários do Canindé. Ganhou logo três jogos seguidos (Fortaleza, no Castelão, Bahia, em Salvador; e Figueirense em Barueri). E está aí em 6º na luta pelo G-4.

Contratempo

Preservar a serenidade e harmonia no grupo foi a explicação apresentada pelos que decidiram afastar o atacante Luiz Carlos. Quando a questão envolve incidentes internos, não é do meu feitio especular. Em situações assim, mais cedo ou mais tarde as verdadeiras versões vêm à tona.

Goleador

Observem que o Fortaleza, não obstante a desfavorável colocação, ainda mantém seu ataque como um dos bons da competição (47 gols marcados). Mesmo número de gols marcados pelo líder, Vasco da Gama. Agora, de repente, fica sem Luiz Carlos e tem em tratamento Marcelo Nicácio e Marcelo de Faria. Justo quando mais o time precisa de gols, esse grave problema acontece.

Conspiração

Parece que os bons ventos foram desviados do Pici. Uma espécie de silenciosa e traiçoeira conspiração do destino. Quando tudo parece caminhar para dar certo, vem um freio inesperado a brecar os necessários avanços. Ajustar tudo de última hora é muito complicado. Eis o drama.

Pulso

A diretoria, por mais desfavorável que seja a situação tricolor, não pode perder o comando. Manter o pulso virou obrigação de Roberto Fernandes, mesmo que tenha de perder o concurso de atletas considerados de alta importância para o esquema pretendido. Sem autoridade (não confundir com autoritarismo) nada funciona.

Vencer

É assim, novamente num emaranhado de problemas, que o Leão encara mais um adversário. O Leão tem condições de ganhar do Atlético-GO logo mais? Tem sim. Muito mais pelo coração e pela torcida do que pelo padrão que se mostrou oscilante em Natal.

Recordando

1970/71. Guarani de Juazeiro, antes de participar do Campeonato Estadual. A partir da esquerda (em pé): Marcelo, Zé Iran, Claudemir, Azul e Daniel. Na mesma ordem (agachados): Assis (massagista), Chicletes, Benício, Joãozinho, Cirineu e Esquerdinha. Falecidos: Joãozinho, Benício e Cirineu.

"A gente lutou bastante, mas tem que saber perder em um momento deste".
Rubinho Barrichello, após ver Button ser campeão mundial
Brasileiro, piloto da Brawn GP de Fórmula 1