Semelhante objetivoA derrota para o Guarani terá deixado no Ceará alguma apreensão, máxime com relação ao jogo de hoje diante da Ponte Preta? No meu entender, não. Foi uma derrota normal. É certo, porém, que a produção deve ter merecido novas avaliações por parte do técnico PC Gusmão. Aliás, a proposta tática apresentada em Campinas nem de longe lembrou o modelo ofensivo do jogo que resultou na vitória sobre o Atlético/GO. É comum se dizer que, quando Geraldo joga bem, o Ceará todo o acompanha. Não pego esse mote ao pé da letra, mas há um fundo de verdade. Geraldo não jogou bem em Campinas e deu no que deu. Hoje, o adversário alvinegro é tão difícil quando o Guarani. E, em caso de vitória, chegará aos mesmos 29 pontos do Ceará. Um jogo entrelaçado pelo mesmo interesse no G-4: o Ceará procurando lá se manter; a Ponte Preta em busca de melhor pontuação para lá chegar.
RitmoO leitor pode prestar atenção: quando um time mantém ritmo forte durante todo o jogo, geralmente o desgaste não o permite repetir o mesmo desempenho de velocidade e aplicação no jogo seguinte. Foi assim que aconteceu com o Ceará: ritmo forte contra o Atlético/GO; ritmo mais moderado diante do Guarani
Nova decisãoIcasa a um passo da Série B. Mais uma vez Flávio Araújo no comando. Foi no Verdão que Flávio, por duas vezes, levou o Cariri a decisões estaduais. Domingo, nova decisão, não de título, mas de vaga, tão (ou mais) importante quanto um título. As lições anteriores serão fundamentais na definição dos novos rumos.
RetomadaVoltando à observação sobre ritmo forte por mais de um jogo, poucas equipes conseguem façanha assim. Quando muito, alcançam duas partidas seguidas. Na terceira, o time dá sinais de que sentiu o excesso. Como aliviou diante do Guarani, o Ceará deve fazer a retomada da alta performance diante da Ponte. Assim espero.
CoerênciaO retorno de Preto confirma a filosofia adotada pelo técnico PC Gusmão de mudar apenas quando houver extrema necessidade. Ele, sempre que possível, gosta de manter o mesmo time. Assim consolida a automação. Por isso creio que a introdução dos novos contratados será de forma bem gradual.
Sem explicação
Após o empate com o Vila Nova (2 a 2), ouvi Renan Vieira atônito, sem encontrar explicações sobre a fase de insucesso do tricolor. Ontem, no programa A Grande Jogada, de Sebastião Belmino, vários jogadores repetira, o mesmo discurso de Renan, ou seja, não encontram explicação.
SimplistaNa verdade, traduz análise simplista demais colocar a culpa dos vexames tricolores apenas na defesa. Esta tem, sim, maior grau de participação nos equívocos. Mas estes são coletivos. Exemplo: foi de Cristian e não da defesa o grave erro que resultou no gol de empate do Vila.
Légua tiranaA frase do rodapé é apenas uma de tantas que ouvi sobre a viagem que de ônibus o Ferroviário cumpre até Aracaju. Sebastião Belmino, da TV Diário, torcedor coral, chamou-a de Triste Partida. Assunção de Maria Gouveia Dantas denominou-a de Légua Tirana. Mesmo assim, todos acreditam numa vitória coral, já pela dignidade do grupo.
Manobras radicais
Gilberto Costa, diretor técnico do Catuleve, está entusiasmado com o ´Fera - Fortaleza Encontro Regional de Viação´, que começa hoje na sede do clube em Aquiraz. Pilotos e aviões de várias regiões do Brasil. Amanhã, sábado, às 11 horas e às 16 horas, Shows Aéreos com os comandantes Sabino Freire e Waldonys. Imperdível.
RecordandoEncontro agradável tive com um dos maiores ídolos do futebol cearense das décadas 50/60: Mozart Gomes, o Mozartzinho. Foi na Praça Argentina Castelo Branco. Eu estava com meus filhos na quadra de futsal, quando Mozart chegou. Com a altivez de quem soube encarar os desafios do futebol, Mozart falou-me dos desafios que tem tido diante de grave doença. Ele é um homem firme, determinado, que há oito anos luta para recuperar a saúde. E tem conseguido superar os problemas, embora algumas vezes experimente situações desfavoráveis. Sobre o livro a respeito de sua vida que o amigo Saraiva Júnior está escrevendo, Mozart mostrou-se ansioso: ´Queira Deus que, quando do lançamento, eu ainda esteja vivo´. Vai estar vivo, sim. Mozart é e continuará sendo um eterno vencedor.
"A caminhada do Ferroviário é na verdade uma peregrinação."
Sebastião Newton Sales
Jornalista, torcedor coral