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Esdrúxula permissão

Estou cansado de dizer que atual legislação é muito prejudicial aos times. No instante em que permite no decorrer do campeonato a contratação de jogador profissional, está igualmente admitindo a fragilização de quem antes trabalhou para se fortalecer. Não é correto. Ideal seria a permissão para contratações apenas antes do início do certame e após sua conclusão. Aí, sim, teríamos uma ´janela´ aberta sem prejudicar times formados e prontos. Mas o mundo capitalista, eternamente ganancioso, rebate sugestão dessa natureza porque a entende restritiva, inibidora das atividades de mercado que ficariam congeladas pelo menos durante dois meses ao ano. Pode proceder tal reclamação, mas o futebol tem suas peculiaridades e não pode funcionar como feira livre ou entreposto de negociações desordenadas. Há que se dá um freio nisso. O desmonte de um time em plena competição é inaceitável.

Absurdo

Ora, o clube contrata um atleta e cuida de ajustá-lo mediante treinamentos intensivos. Aí, quando tudo está dando certo e começando a proporcionar o devido retorno, eis que vem outro time e leva o jogador exatamente quando mais dele o clube que o contratou primeiro iria precisar. É um absurdo.

Joga fácil

Estava apenas faltando o gol para o Wellington Amorim ganhar mais tranqüilidade. Agora, como novamente encontrou o caminho das redes, quero crer que terá condições de desenvolver melhor o seu futebol. Pelo que conheço de Wellington Amorim, não tenho dúvida da sua capacidade de render muito mais ainda. Ele é bom e joga fácil.

Goleador

Não conto as vezes em que citei a importância de Marcelo Nicácio com seus gols definidores, tanto no campeonato cearense onde levou o Fortaleza ao tricampeonato como na Série B, apesar de o Leão ainda não ter alcançado o nível de boa campanha. Mais cedo ou mais tarde, Marcelo seria alvo de outros mercados.

Série D

O Ferroviário perdeu para o Alecrim na Barra numa terrível desatenção na reta final da partida. Perdeu para o Treze num grave erro de arbitragem. Depois iniciou a reação. Tem condições de ganhar do Alecrim em Natal, mas nada de ilusão de pensar que lá haverá facilidade.

Circunstâncias

O técnico PC Gusmão não costuma mexer muito na formação da equipe. Sempre que possível, cuida de preservar o mesmo grupo titular, prática mantida para ganhar a automação. E foi assim que conseguiu ajustar o alvingro até alcançar o atual momento, que é de euforia. Mudança apenas quando as circunstâncias obrigam.

Ausência

Será duplamente sentida a ausência de Erivelton no time do Ceará. Primeiro motivo: a segurança que ele dá à retaguarda pelo entrosamento com Fabrício. Segundo motivo: a função de zagueiro-goleador que já marcou dois gols e que sempre gera preocupação aos adversários.

Comparação

Anderson, substituto de Erivelton, sabe que, se possível, terá igualmente de exercitar o mesmo modo de atuar do substituído. Claro que, pela falta de melhor entrosamento com Fabrício, terá de ser mais prudente quando quiser subir para tentar finalizações tal como faz Erivelton. Mas nada o impede de também chegar ao ataque.

Importância

Rogerinho fez logo na estréia o que dele todos esperavam: a diferença para melhor na produção da meia-cancha tricolor. Rogerinho imprime ritmo e diversifica bem na linha ofensiva. Sempre representa motivo de preocupação para os adversários. Muito da vitória sobre o Bahia se deve ao trabalho dele.

Recordando

O conhecido goleiro Juju (José Severino de Moura) morreu aos 88 anos de idade no dia 1º de agosto, sábado passado. Juju nasceu em Fortaleza no dia 23 de fevereiro de 1921. Começou no infantil do Colégio Sete de Setembro. Teve rápida passagem pelo Maguari. Em 1945 foi para o Fortaleza, sagrando-se campeão em 1946, 1947 e 1949. Em 1946, também pelo tricolor, foi campeão do I Torneio Norte/Nordeste em Natal, Rio Grande do Norte. Teve rápida passagem pelo Ceará, onde foi vice-campeão em 1950. Transferiu-se para o Ferroviário em 1951, sagrando-se campeão estadual em 1952, formando o famoso trio final Juju, Nozinho e Manuelzinho. Jogou pela Seleção Cearense em 1950 e 1952. Curiosidade: no início da carreira, Juju chegou a jogar como ponta-esquerda no América. (Dados de Airton Fontenele).

"Respeito os profissionais do Botafogo, mas, no Morumbi, temos de conquistar três pontos."
Richarlyson
Meia do São Paulo