Matéria-654770

Crédito coral

Há coisas que só acontecem com o Ferroviário. Mas, se não fosse assim, o Peixe não teria a simpatia que ostenta. O Ferrão é querido porque diferente. Dizem que o Tubarão é o segundo time de todo mundo. De certo forma, procede a colocação. Há alguns anos, o segundo time de todo mundo era o América. Mas o Mequinha foi perdendo espaço e torcedores na medida em que desceu da elite até alojar-se nas divisões inferiores. E nunca mais voltou aos tempos de glória em que Zé Lino da Silveira e Lívio Amaro o conduziram ao título estadual de 1966, sob o comando técnico do saudoso Gilvan Dias. Hoje, a despeito dos tropeços, o Ferroviário tem seu charme próprio. E continua sendo da mais alta importância a sua presença nas competições cearenses. Já imaginaram quão vazia e sem graça ficaria o campeonato estadual sem os corais. Ainda há tempo de retomada na Série D. Mas sem direito a novos tropeços.

Críticas

A propósito de Paulo Vágner, recebi muitas mensagens criticando a sua atual gestão. Ainda ontem um torcedor fez análise comparativa entre o trabalho de Paulo e o da época de Clóvis Dias. Ora, as circunstância são bem diferentes, daí a impropriedade da comparação.

Diferença

Cada época coral tem de ser examinada de acordo com a estrutura do momento. Há que se levar em conta a participação dos conselheiros, as parcerias comerciais, o número e a postura dos colaboradores. Clóvis, do ramo futebolístico. Paulo, de outro setor bem diferente.

Situação

O Ferroviário ainda terá quatro jogos. Portanto, 12 pontos para disputar. Fará logo dois jogos seguidos com o Flamengo do Piauí. O primeiro aqui em Fortaleza no domingo (19/07) e o segundo no domingo seguinte (26/07) em Teresina. Oportunidade para faturar seis pontos. Se houver novo tropeço coral, aí poderá dar adeus à classificação...

Roubado

Só esperamos que a arbitragem não prejudique o Ferroviário na próxima partida. No jogo com o Treze, o árbitro pernambucano, José Eduardo Araújo Alcântara, roubou os corais, marcando pênalti que só ele viu. Erro escandaloso, imperdoável.

Equilíbrio

Icasa (10 pontos) enfrentará o CRB/AL domingo no Romeirão. As chances de o Verdão passar para a fase seguinte da Série C nacional são boas, desde que mantenha o ritmo crescente. No seu grupo, terá disputa direta com o Asa/AL (13 pontos) e com o Salgueiro/PE (12 pontos).

Preto no branco

No futebol, nenhuma contratação pode ser entendida como concretizada, antes de concluídas as formalidades legais. E ainda assim, mesmo quando concluídas, há a brecha decorrente da cláusula penal. Paga a indenização estipulada, o atleta fica livre como um passarinho. E, a partir daí, pode optar pelo que considerar melhor.

Entusiasmo

Quem está muito entusiasmado é Rogerinho. Geralmente, mantenho reservas quando chega nova contratação. Com relação a Rogerinho, abro exceção porque o conheço bem. Se mostrar o mesmo padrão apresentado quando aqui esteve, o Fortaleza tirará ótimo proveito. É bom.

Consciente

Vários vezes entrevistei Rogerinho no Debate Bola (TV Diário). Ele sempre se revelou profissional responsável. Agora afirma que está mais maduro, mais consciente de sua importância e de seu papel. Ótimo.

Homenagem

Agradeço, sensibilizado, o título de Amigo da Polícia Rodoviária Federal, que me foi concedido por iniciativa do superintendente regional, Ubiratan Roberto de Paulo, quando da passagem dos 81 anos da PRF. É admirável o trabalho desse órgão, exemplo de serviço aos brasileiros.

Conjecturas

Este seria o ano de Bambam, após seu êxito na Copa São Paulo. Mas alguns fatores contribuíram para Bambam não ´explodir´. Ele esperava sucesso conjunto dos que brilharam em São Paulo, mas a saída de Adailton e a não fixação de Guto e Bismarck como titulares acabaram influenciando negativamente o atleta.

"São três jogos difíceis. Mas sou bastante otimista e penso logo nos nove pontos."
Emerson, sobre três jogos em casa com Palmeiras, Botafogo e Barueri
Atacante do Flamengo