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Ídolos

Motivação de um clássico vem muito da existência de ídolos. No momento, há carência de ídolos no futebol cearense. Não confundir bom jogador com ídolo. Aquele é avaliado isoladamente pelo seu desempenho; este, pelo sucesso e fusão de imagem com a história de um clube. Espécie em extinção é ídolo identificado com um só clube. Rogério Ceni talvez seja o último exemplar. kaká é ídolo, mas com passagens por várias camisas. Diferente de Zico com a história do Flamengo. Diferente de Roberto Dinamite com a história do Vasco. Aqui no nosso estado Gildo e Ceará são peça única de uma trajetória de glórias; Croinha e Fortaleza têm juntos vidas e repertório de conquistas. Hoje, que ídolo dessa dimensão tem o Fortaleza? Que ídolo dessa dimensão tem o Ceará? Está faltando ao clássico de logo mais no Castelão esse ingrediente, ou seja, ídolos de parte a parte empolgar multidões...

Motivos diversos

Os dois últimos jogadores que ganharam a condição de ídolos no Ceará foram o goleiro Adilson e o atacante Sérgio Alves, este por sua imensa facilidade em assinalar gols no Fortaleza. Hoje, por motivos diversos, Adilson e Sérgio Alves estão fora do time principal

Cobrança

Os homens de frente do Ceará estarão obrigados a fazer hoje o que não fizeram nos últimos jogos: garantir sozinhos os gols definidores. Hoje, diante do perigoso ataque do Fortaleza, os zagueiros Fabrício e Erivelton, que decidiram jogos passados, só subirão numa boa.

Frustração

Como o ataque do Ceará andava inoperante, havia esperança de Sérgio Alves ir pelo menos no banco, haja vista sua condição de ´carrasco tricolor´. Não foi sequer relacionado. Não deixou de ser uma frustração para Sérgio que queria muito participar de mais um clássico.

Estréia

Não tenho dúvida da utilização de Cristian pelo Fortaleza no clássico de hoje. À sua deliberada vontade de começar logo a trabalhar somou-se também o desejo de Giba que jamais escondeu a intenção de ver Cristian regularizado para colocá-lo no time. Agora deu sopa no mel. Se não de início, entra depois. Mas que vai, vai.

Goleiros

Voltas que a vida dá: Douglas e Adilson, titulares absolutos nos clássicos passados, estão fora. Adilson andou cometendo algumas falhas; Douglas, sem cometer falha nenhuma. Coisas do futebol. Hoje Lopes (Ceará) e Alexandre (Leão) sentirão na pele o que é um clássico entre alvinegros e tricolores.

Desequilíbrio

Jogadores capazes de fazer a diferença num clássico como o de hoje: Geraldo, pelo Ceará; Marcelo Nicácio, pelo Fortaleza. São jogadores passados na casca do alho, como se diz numa linguagem bem comum. Não se espantam diante das adversidades e sabem com frieza matar o jogo.

Desafio

Jailson, que desembarcou e já foi do avião para o campo vestir a camisa tricolor, deu prova de seu profissionalismo. Sentiu-se em forma e foi à luta. Mas hoje terá a inigualável experiência de viver o clássico local. E sabendo que terá Boiadeiro, do Ceará, exatamente no corredor em que atua.

Consciente

Boiadeiro é useiro e vezeiro em apoiar pela direita. Dele os lances que garantiram, com cruzamentos precisos, a vitória do Ceará no jogo passado. Assim, cheio de moral, garantiu a retomada da titularidade no Ceará. Boas disputas à vista.

Relógio

Se no futebol cearense houver uma avaliação pela regularidade, certamente Michel (Ceará) e Coutinho (Fortaleza) estarão juntos no topo da lista. Trabalham como relógio suíço: com extrema exatidão. São homens de permanente combate. Tudo quase na mesma dimensão.