Matéria-632119

Mérito tricolor

O Fortaleza fez a vantagem em Sobral para tirar proveito no Castelão. Tirou. Só não esperava passar a apreensão que passou diante do valente Guarany. O Leão fez primeiro tempo tranqüilo. Tomou a iniciativa, apertou o Bugre. Wanderley apareceu bem, criando situações. Edson, de cabeça, mandou o primeiro recado. Errou. No segundo, também de cabeça, acertou (1 a 0). Falta de aviso não foi. Guarany pouco fez. No final do primeiro tempo, a surpresa: Jefferson despertou o Cacique: bela jogada e belo gol (1 a 1). Animou. No início da fase final, dois golpes no Bugre: pênalti em Wanderley e expulsão de Puxa. Mendes converteu o pênalti (2 a 1). Impressão de um Guará morto. Guará mais vivo do que nunca, mesmo com um jogador a menos. Valente com Júnior que empatou. Valente com Alex que mandou bola na trave de Douglas. Mas o Fortaleza tinha a vantagem do empate. E, com mérito, segurou.

Protesto

Chamar de burro técnico campeão é no mínimo uma injustiça. Tudo bem, Miranda errou ao deixar Rodrigo Mendes ´pregado´, fazendo sair Bambam. Questionáveis as substituições (Sidney e Igor). Mas as circunstâncias de ter um time exausto não poderiam passar à margem.

Jogos decisivos

A explicação do Miranda fez sentido. Seu time dera sinais de cansaço. Vinha de três jogos decisivos ( dois com Boa Viagem e um com o próprio Guarany), além do jogo com o Paraná. Não tinha como puxar mais ritmo. O negócio, então, foi administrar a vantagem. Conseguiu.

Destaque

Wanderley. Trabalhou as jogadas de velocidade. E o fez com muita competência. O pênalti a favor do Fortaleza foi obra de sua inteligência. Chamou Ivan para marcação e na velocidade permitiu o toque. O pênalti e o gol de Rodrigo Mendes.

Ausência

Sentida a ausência de Marcelo Nicácio, que é fundamental no ataque do Fortaleza. Com ele em campo, certamente, daquelas inúmeras chances surgidas, pelo menos uma ou duas ele guardaria, máxime na ótima fase que atravessa.

Ausência II

Cleisson também fez falta. Ele e Nicácio são jogadores de definição. Cleisson é lucidez. Com ele e Marcelo o time fez e aconteceu em Sobral. Ontem não foi assim.

Inexplicável

A pergunta é: por que o Guarany não jogou no Junco com a valentia que ontem demonstrou? Inexplicável. Lá deu embotamento. Aqui deu espírito de luta, determinação. Matos, Elielton, Leto, Alex, Clodô, Didi, Ivan, Júnior e companhia tiveram brio, coragem.

Campeão

Dizem que turno não tem campeão, mas vencedor. Tem campeão sim. Está no regulamento do Campeonato Cearense (Art. 18, IV). O campeão do primeiro turno recebeu a Taça Estado do Ceará. E o campeão do segundo turno (Art.19, IV) recebeu a Taça Cidade de Fortaleza. A denominação certa, pela regulamento, é campeão e não vencedor.

Lances capitais

O pênalti em Wanderley existiu. Foi claro. Já o possível pênalti em Bambam, reclamado pela torcida, não aconteceu. O árbitro Luciano Mercante, de Pernambuco, acertou nas duas marcações. A reclamação de Puxa resultou na sua expulsão. Bobagem imperdoável do Puxa.

Exemplar reviravolta

O Fortaleza mereceu o título deste turno pela guinada que deu. Terminou em crise a primeira fase do campeonato. Problemas no alto comando, problemas com treinador, tudo errado. Mas Lúcio Bonfim manteve a serenidade. Renan Vieira fez contratações certas até na reta final. Manteve Mirandinha que conhecia o grupo. Evitou trazer técnico que, por certo, faria mil exigências. Deu certo. Parabéns.