Pacificação
Turbulências. Que time de futebol não enfrentou situações adversas graves? Cada um, a seu tempo, passou ou passa por problemas. No Fortaleza há contradições internas. Hora de passar a limpo toda a questão. A carta escrita pelo ex-presidente Marcelo Desidério gerou inquietações. Importantes conselheiros foram acionados. Sílvio Carlos, que antes sofrera restrições, teve reconhecidos os seus méritos de pacificador. E foi convocado para unir os leoninos. Unir é a palavra certa. Mas, para isso, as vaidades pessoais terão de ser dissipadas. Muito do que acontece hoje no Leão decorre de divergências nascidas a partir de ressentimentos individuais. Isso não é bom. Desde que houve um racha na diretoria, o Fortaleza começou a descer. E somente voltará a subir quando todas as forças aglutinarem-se em torno de um ideal superior, posto acima das veleidade próprias dos dirigentes. Sem isso, será difícil a retomada.
DesencontroLembram-se do racha quando há alguns anos Ribamar Bezerra assumiu a presidência do Fortaleza? No lugar da união, divisão de forças. Deixaram o Ribamar praticamente sozinho. Não considerei correta a atitude dos que, por pura pirraça, abandonaram o Riba.
PosturaNa gestão do ex-presidente Marcelo Desidério, novas divergências. A situação tornou-se tão insustentável que Marcelo acabou deixando o cargo. Teria sofrido pressões. Já agora, ei-lo de volta ao cenário. Se for para unir, ótimo. Se for para nova cisão, nada feito.
RetornoSílvio Carlos afastou-se do Fortaleza há algum tempo. Na época, injustiçado por alguns conselheiros, ele optou por sair de vez. Agora, reparada a injustiça, totalmente reabilitado pelos próprios conselheiros que lhe fizeram restrições, Sílvio será a pessoa ideal para conduzir o processo de pacificação no clube.
PercepçãoApós ganhar um turno, é muito natural que venha a acontecer com o Ceará o que ocorre com a maioria dos clubes: sem que seus integrantes percebam, haja uma redução no ritmo de produção. É preciso que a comissão técnica alvinegra esteja muito atenta para antecipar-se a isso.
OpçõesUma forma de evitar qualquer acomodação, será a permanente utilização de jogadores do ´banco´. Isso estimula o atleta que entra e serve de advertência ao titular para que não se sinta senhor absoluto, insubstituível. Trabalhar em duas frentes permite variações assim.
EstréiaO Ferroviário começa hoje seu trabalho no segundo turno. Gostei da declaração do meia Diego, um dos bons valores corais. Ele reconheceu que o grupo sentiu a perda do turno, mas que a experiência ali vivida servirá como ponto de equilíbrio para as futuras situações.
QuestionamentoHora de Argeu examinar o que está falhando no Horizonte. Se perder a terceira partida consecutiva, entrará no rol dos técnicos pendurados. Lamentavelmente no futebol brasileiro é assim, mesmo que o treinador não seja o único culpado.
"Seu sobrenome não está fazendo dele um piloto mais rápido".
Flávio Briatore, sobre Nelsinho Piquet
Chefe da equipe Renault