Matéria-610792

Liderança retomada

Jogo bom no Moraisão, tanto pela alternância no placar quanto pela variação na posição de líder ao correr da partida. Acabou sendo justo o empate (2 a 2). O primeiro gol do Maranguape, aos cinco minutos iniciais (Carlos Alberto, de pênalti), deixou à vontade o anfitrião. Joãozinho poderia ter feito 2 a 0, mas perdeu. Reação do Pici começou depois dos vinte minutos. Bismarck deu o primeiro recado que Non desviou. Mas, já nos acréscimos, Adailton empatou. No segundo tempo, a reação do Fortaleza teve seqüência. Silvio, como homem-surpresa, virou (2 a 1). O técnico Júlio Araújo mexeu bem. Fez entrar Gerson que, além de dar melhor ritmo, marcou um golaço (2 a 2). Casemiro trocou Bismarck por Giovani, mas pouco proveito tirou. O Maranguape pressionou nos dez minutos finais. Criou três chances. Na melhor delas, Danilo viu escapulir de seus pés uma vitória certa. Ainda assim, Maranguape retomou a liderança.

Polêmica

A variação de interpretação de ´bola na mão´ e ´mão na bola´ vai gerar mais polêmica. Se prevalecer o princípio da intenção, Diguinho não cometeu pênalti. Se prevalecer a interpretação de que o desvio da bola com a mão prejudicou o adversário, a situação muda de figura.

Mudanças

Entradas de Jô e Giovani não fizeram o Fortaleza melhorar. /// Não sei se poupar Eusébio, que entrou no final, foi medida certa. /// Júlio Araújo acertou em cheio nas mudanças: Gerson, Tita e Piter entraram no momento certo e melhoraram o Gavião. É por aí.

Progresso

Observei avanços na produção alvinegra, numa análise comparativa com os dois jogos passados. A zaga, com Fabrício e Erivelton, teve comportamento bom e deu sinais de que poderá melhorar mais ainda na medida em que for alcançando o entrosamento desejado.

Velocidade

A importância de Misael está na maneira com que trabalha em velocidade no ataque alvinegro. No futebol de hoje velocidade é essencial. Na estréia, contra o Quixadá, foi importante a sua participação, coroada com belo gol. Contra o Horizonte não foi diferente. A continuar assim, vai dar muito o que falar.

Afirmação

Alex Gaibu, o melhor da estréia contra o Quixadá, deixou a desejar nos jogos seguintes. Mas diante do Horizonte voltou a jogar muito bem. Questão agora é evitar as oscilações. Manter a regularidade de produção será indispensável para sua afirmação com a camisa alvinegra.

Elenco

Restou provado que o Ferroviário ainda se recente da falta de elenco para fazer as substituições sem perder demais a qualidade. A ausência de Jefferson, Wilson, Leonardo e Léo Jaime não permitiu que o time repetisse o futebol solto e agudo mostrado na vitória sobre o Fortaleza.

Veterano

O torcedor do Ferroviário, o jornalista Dalwton Moura fez questão de elogiar a atuação do veterano Dema, do Itapipoca. ´Distribuiu bem as jogadas e orientou os companheiros´, disse. Dema é melhor que muitos jovens. Impressiona a longevidade dele no futebol.

Ala

Verdade que, dentro de casa, o Boa Viagem perdeu para o Quixadá (1 x 2). Mas o ala Lô deixou a sua marca. Além da boa atuação, marcou mais um gol. Lô tem personalidade. Nos jogos contra Ceará e Fortaleza ele esteve muito bem. Um dos destaques do certame.

Arbitragem

Os protestos existem contra os erros de arbitragem. Tudo bem. Houve equívocos, sim. Mas é preciso que os dirigentes tenham cuidado e atentem para uma coisa: não transferir para os homens do apito as fragilidades de suas próprias equipes. Culpa, sim, quando houver. Não desculpa.

Defesa

O goleiro Eufrásio, do Itapipoca, vem mantendo ótimo padrão nos últimos anos. Ele é bom goleiro mesmo. Foi de pagar ingresso a defesa que fez, quando o Ferroviário tentava o desempate na Barra. Só mesmo os grandes goleiros têm tamanho reflexo. Sua vibração após essa defesa parecia artilheiro comemorando gol.

"São destinos turísticos fundamentais do país que merecem ser promovidos."
Orlando Silva, referindo-se ao Pantanal e à Amazônia para sedes da Copa
Ministro dos Esportes