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Há vários tipos de política nos clubes de futebol. O Ceará apostou na seleção continuada, através de uma avalanche de contratações. A resposta em campo tem sido satisfatória até porque contida na faixa salarial suportável pelo clube. Com a chegada de tanta gente, impossível não sair pelo menos alguns valores. E assim o alvinegro mantém expectativa de chegar ao G-4, a despeito das dificuldades admitidas pelo próprio técnico Lula Pereira. O Fortaleza, que tinha o melhor time no final do certame cearense, do qual foi campeão, padeceu inaceitável implosão. Esta veio em decorrência de fatores diversos: conflitos no alto comando (saída do presidente Marcelo Desidério), queda de produção e saída de jogadores importantes. Pesaram a venda de Márcio Azevedo, a contusão de Simão, o vacilante retorno de Lúcio (agora no Ceará) e o futebol oscilante Paulo Isidoro. Cada time paga o preço de sua filosofia de trabalho.
DemoraQuando um time é lerdo na tomada de posição, deixando por muito tempo que os fracassos sejam sucessivos, a tendência é passar sufoco. O Fortaleza, apertado agora pela pressão de Edilson José, já poderia ter adotado medidas mais fortes há algum tempo.
ServiçoA demora de Simão no departamento médico poderia ter sido questionada há mais tempo. A ausência de Simão comprometeu sobremaneira a produção do grupo, haja vista a versatilidade do jogador. Quer na ala direita, quer na meia-cancha, Simão dá mais qualidade ofensiva.
Sem surpresaAs dificuldades citadas por Lula Pereira para chegar ao G-4 têm razão de ser. No returno, os times já se conhecem mais. O fator surpresa praticamente desaparece. Além disso, todos se reforçam porque sabem dos obstáculos mais delicados tão próprios das competições na reta final.
PalavraAs declarações de Lúcio transmitiram à torcida alvinegra o compromisso dele perante o clube que o acolheu. A vontade de mostrar serviço certamente ajudará o atleta na retomada de seus melhores momentos.
MensagensCarlos Roosewelt (adm@moradanovahandebol.com.br) comunica que Morada Nova sagrou-se campeã do Intermunicipal de Handebol 2008./// Zireton Candeia (mncandeia@yahoo.com.br) em Patos/PB, diz ser leitor assíduo. Agradeço a atenção./// Tibério (tiberiofs@hotmail.com) reclama porque não saiu na internet a foto do Sebastião Belmino.
Quase igualPelo curto intervalo entre a saída e o retorno de Heriberto da Cunha ao Fortaleza, houve mesmo foi uma breve transição. Tão rápida que praticamente o cenário não mudou. Heriberto encontrou tudo quase do jeito que ele mesmo deixou.
Eleição
Hoje, de 08 às 18 horas, acontecem as eleições para os conselhos de Administração, Deliberativo, Fiscal e de Ética da AABB Fortaleza, triênio 2008/2011. Como há uma única chapa, o atual presidente, Marcos Antonio Tavares, será reconduzido.
DesorganizaçãoConheci Fabiana Murer no GP Sul-Americano de Atletismo na Unifor. Ela é simpática, atenciosa. Por suas últimas marcas, tinha chances de medalha em Pequim. Inaceitável o sumiço das varas com que saltaria. Isso tirou suas chances de pódio. Desorganização chinesa. Se no Brasil, diriam que era coisa de país de terceiro mundo. Foi lamentável.
Vontade
Deixem o homem trabalhar. Lúcio queixou-se de que no Fortaleza só vinha sendo usado nos finais dos jogos. Isso não o permitia recuperar o ritmo. Admitiu haver no Leão alguém que não queria que ele jogasse. Agora cabe a advertência ao Ceará: deixem o homem trabalhar.
DiferençaA desproporção salarial entre jogadores da mesma equipe pode gerar crise de relacionamento. No futebol acontece muito registro de fatos assim. Os companheiros observem e analisam salário e produção. Quando uma coisa não bate com a outra, não raro há o protesto silencioso contra os de salário privilegiado. Dá para perceber em campo.