Matéria-557251

Justo empate

Ceará e Corinthians fizeram bom jogo, não obstante em alguns momentos a técnica ter sumido de campo. O Ceará foi melhor no primeiro tempo e mereceu a vitória parcial. Na fase final, o Corinthians assumiu o controle e conquistou o empate (2 a 2). Embora tomando gol de Dentinho logo aos oito minutos, o Vozão se refez rápido. Na reação, boa participação de Mancuso, Cleisson e Paraná. Daí o empate, que veio com Luiz Carlos. Cresceu o Ceará. Cleisson sofreu pênalti de Elias que Luiz Carlos converteu (2 a 1). Na fase final, tudo mudou a favor do Corinthians. A entrada de Carlos Alberto, Saci e Acosta e a nítida queda da condição física do Ceará levaram o Coringão ao domínio das ações. Adilson fez milagre aos 33 minutos. Aos 36, Dentinho empatou. Lula busco neutralizar a situação com André e Alex Braz. Pouco mudou. Mais uma vez as falhas da defesa do Ceará impediram sua vitória. Mas o empate foi justo.

Bola do jogo

Luiz Carlos provou diante do Corinthians a sua condição de artilheiro. Além dos dois gols, incomodou muito a defesa do visitante. Mas perdeu a bola do jogo. Teve a chance de aplicar 3 a 1 aos 19 minutos do segundo tempo. Só ele e o goleiro Felipe. Luiz desperdiçou a chance.

Paredão

Adilson voltou a ser o goleiro das defesas especulares. Em duas ocasiões, revelou o reflexo de quem retomou a forma após a complicada contusão. Superou dificuldades, o momento em que foi reserva e confirmou a razão do apelido posto pela torcida: Paredão.

Acertos

Mano Menezes fez as melhores modificações na fase final. Ao colocar Carlos Alberto, ganhou apoio e velocidade pela direita. Com Saci, sangue novo para apertar mais o Ceará. Ao fazer entrar Acosta, compôs linha de frente com três perigosos atacantes: Dentinho, Herrera e Acosta. Dominou o segundo tempo.

Vitória

O placar (3 a 0) a favor do Fortaleza em Maceió é para espantar a crise e quebrar tensões. Vi parte do jogo. O Fortaleza sempre superior. Pouco importa se o triunfo foi sobre o lanterna. Ao Fortaleza interessava quebrar o jejum. Quebrou. Que bela estréia de Fábio Oliveira, marcando dois gols. Vale ressaltar o golaço de Dude.

Pé-quente

Jorge Veras, sempre que assume o tricolor, consegue resultados positivos. Desta vez, além de quebrar longo jejum, obteve também a primeira vitória de time cearense fora do estado na atual Série B nacional. Jorge Veras é pé-quente. Agora é esperar os desdobramentos que virão. O próximo jogo, diante do Marília em São Paulo, já terá o tricolor aliviado e calmo para executar sua missão.

Aperto

Muito delicada a situação do Horizonte. Terá de ganhar hoje do Sampaio Correia para manter viva a ínfima chance de classificação. E terá de ganhar do Picos no próximo domingo. Um empate logo mais já elimina o time de Argeu. A campanha está sendo abaixo do que eu esperava.

Posição

O Icasa, que cometeu alguns deslizes, reagiu bem e garantiu a vaga. A disputa agora é apenas para definir quem ocupará a primeira colocação, se o Verdão ou se o Salgueiro. Os dois têm 10 pontos. Mesmo com a saída do técnico Bagé, o Icasa segue em frente, sem problemas.

Vantagem

O Fortaleza está a um empate do título estadual cearense de futsal. Sábado próximo, às 08:00 da manhã, no Ginásio Paulo Sarasate, a grande decisão diante do Sumov. Como ainda não há nada decidido, espera-se um público recorde.

´Cara de Gato´

Até a década de 70, o melhor microfone usado nas transmissões esportivas era o famoso ´Cara de Gato´. No Debate Bola (TV Diário), o colecionador José Leomar mostrou um em perfeito funcionamento. Quem empunhou um ´cara de ato´ sabe de sua inigualável qualidade.

Comentarista

Recebi uma foto do comentarista Afrânio Peixoto, empunhando um ´cara de gato´. Diz ele: ´O micro “cara de gato” esteve sempre comigo quando o exercício da profissão levou-me a comentar o futebol cearense por esse Brasil afora´. Afrânio foi notável comentarista cearense nos anos 50 e 60. Publicarei a foto amanhã. Interessante é que, nessa foto, ao seu lado aparece o então jovem jornalista Alberto Damasceno, que estava nos primeiros tempos de sua carreira profissional.

"Este Dentinho vez por outra dói. Ontem, doeu muito, duas vezes".
Gomes Farias, sobre os gols do atacante corintiano
Narrador da Verdinha, 810