Transição
O companheiro Carlos Fred, com a calma característica dos analistas sensatos, lembrou que a situação do Fortaleza não é de desespero, embora muita gente queira entendê-la assim. Ele citou o fato de apenas um ponto separar do G-4 o time tricolor. Distância mínima perfeitamente contornável, desde que, segundo afirma, o grupo não se deixar levar pelo impacto da saída de Heriberto da Cunha. No meu modo de interpretar, é possível minimizar a questão na medida em que Alexandre Irineu e Jorge Veras passem segurança aos atletas. Afinal, a transitoriedade de treinador é hoje algo tão comum que não mais afeta tanto. Pelas circunstância de momento, basta manter o grupo e buscar melhor saída de bola ao ataque. Para isso aí estão Mazinho Lima ou Júnior Cearense. Sim, há também Raul. Concordo com o Fred: o momento tricolor é de atenção, não de desespero; é de recomposição, não de ruína.
AdversárioEm casa, o Criciúma ganhou do América (1 a 0) e do São Caetano (2 a 1), mas perdeu para o Bahia (1 x 2). Fora de casa, perdeu para o Juventude (1 a 0), CRB (1 a 0) e empatou com ABC (0 a 0). Um time regular, no padrão da maioria. Sua vantagem é jogar em casa. Só.
Competência
Foi no futebol cearense que Argeu dos Santos consolidou a sua vida de treinador. Comete grave erro quem tenta resumir o sucesso de Argeu ao recente êxito do Horizonte, time por ele comandado com muita competência. Há alguns anos, já fizera bela campanha no Quixadá, quando foi eleito o segundo melhor técnico da temporada. Como resolveu permanecer aqui, deixou de ter chances mais amplas. Se tivesse saído para outros estados, talvez suas oportunidades fossem melhores.
Exemplos
Cito dois casos concretos: Lula Pereira só passou a ser respeitado depois de temporadas em Santa Catarina e São Paulo. Da mesma forma, o técnico Marcelo Vilar só passou a ser visto com melhor atenção após trabalhar em São Paulo, onde dirigiu o Palmeiras.
Sem milagresOs demais treinadores, que aqui permanecem, não saem de um rodízio nos clubes médios. Há quem diga que o erro é desses técnicos, que não buscam cursos de reciclagem e acomodam-se. Pode até ser. Mas, na verdade, há nítida resistência dos clubes e da torcida aos técnicos locais. Ainda prevalece a velha máxima de que santo de casa não obra milagre.
FirmezaCom os gols que tem marcado, Vavá conquistou as graças da torcida. Ele pode não ser bom no combate. Pode também não ter exímio domínio de bola. Nada de dribles encantadores. Mas, na hora de assinalar o gol, é frio e calculista.
TitularidadeMarcos Paraná ganhou as graças da torcida pelo que rendeu na reação do Ceará que resultou no empate e quase virada diante do Bahia. E assim os jogadores, por seu próprio talento, vão ganhando a titularidade. Caso também de Vavá.
MensagemDe Cláudio Henrique de Azevedo (chadalagoinha@yahoo.com.br): ´Somente torcedor de terceira divisão quer treinador de campeonato cearense. Até os atletas querem técnico de fora, pois, quando estes deixam o clube daqui, os indicam para outros times.
EstréiasDe Paulo Aguiar (jpdoidoporforro@yahoo.com.br), JAIbaras - Sobral: ´O Guarany estreará vários jogadores no seu próximo compromisso pelo Campeonato Cearense (segunda divisão), domingo, diante do Itapajé´.
SucessoO técnico Jorge Veras, sempre que chamado, corresponde. Obtém ótimos resultados. Não faz muito, quando de mais uma interinidade, ganhou as graças da torcida do Fortaleza, que até queria sua permanência. Mas Jorge não quer sair do que ele mais gosta de fazer: trabalhar nas bases. É opção própria.
RecordandoAs fotos relativas ao futebol do passado continuam sendo enviadas pelos colaboradores. Cristiano Santos mandou-me uma do famoso ´Garoto do Placar´, Manuel Ventura, que na década de 60 trabalhou no PV numa época em que nem se pensava em placar eletrônico. /// O colecionador, Elcias Ferreira, enviou-se vários fotos interessantes. Numa delas, da década de 60, o time do Ferroviário com Adir, Vadinho, Gavillan, Peu, Luís Paes e Roberto Barra Limpa. E mais: Miro, Paraíba, Mozart, Edmar e Sabará. Brevemente Publicarei essas fotos.
"Luís Rolim é exemplo de torcedor para ser seguido pelas novas e futuras gerais".
Tadeu Viana, sobre os 96 anos do conselheiro tricolor
Colaborador