Linha de frente
A tendência natural, com raras exceções, é haver melhoria de qualidade no produto apresentado pelas equipes, quer na Série A, quer na Série B. Motivo simples: o passar do tempo leva ao entrosamento que ajusta o desempenho. Vantagem terá quem mais rápido obtiver a chamada sintonia fina entre os compartimentos. Dou como exemplo de avanço o Juventude, de Caxias do Sul, adversário do Fortaleza. Começou com derrota por 2 a 1 para o Ceará, mas depois aplicou 1 a 0 no Criciúma, 1 a 0 no Bragantino (fora de casa), 2 a 0 no Marília e empatou com o ABC (1 a 1) no Frasqueirão. Portanto, ganhou 10 pontos e chegou à vice-liderança. O Fortaleza não engrenou reação assim, tropeçou em casa diante do Avaí, mas ainda ocupa posição no G-4. Questão agora é, no mínimo, manter a situação. O ideal, porém, é subir de forma gradual. Perigoso será perder contato com os líderes.
Formulação
A queda de produção do Fortaleza diante do Avaí terá sido apenas pelas ausências de Simão e Márcio Azevedo? Claro que a ausência dos dois foi sentida, mas não por isso apenas o time teria que retroceder tanto. Caso a conferir hoje diante da nova formulação.
Numa boa
A ausência de jogadores pode influenciar na produção da equipe, mas os times que possuem elenco diversificado mostram como superar. Veja o Corinthians quando joga sem alguns titulares. Exemplo mais próximo: o Sport, sem sete titulares ganhou do Palmeiras por 2 a 1.
Discriminação
Os árbitros do Ceará estão sofrendo nítida discriminação por parte do setor de arbitragem da CBF. Não entram sequer no sorteio. Nenhum foi escalado para apitar jogos da Série A ou da Série B. Hora de o coronel Afrânio Lima, presidente da Ceaf, e de Mário Degésio, presidente da FCF, tomarem uma posição.
InsatisfaçãoCompreensível a insatisfação do goleiro Adilson com o rodízio entre ele e Gustavo, revezamento promovido pelo técnico Lula Pereira. Mas, do alto de sua consciência profissional, Adilson tem aceitado a situação em respeito ao critério do treinador e também aos companheiros concorrentes.
DesconfortoPara quem foi por dois anos seguidos eleito o melhor da temporada e para quem ainda hoje é chamado de Paredão pelo própria torcida, torna-se difícil o desconforto de sequer ficar no banco em certos jogos. Ainda assim ele confirma que não pretende deixar o Ceará.
CarãoJá adverti com relação aos cartões bobos que resultam na ausência de jogadores importantes. Exemplo está na ausência de Ciel no próximo jogo do Ceará. Para um time que busca a automação, cartão assim só prejudica o conjunto.
De voltaAlan Dellon de volta ao alvinegro. Ele ainda está em dívida para com a torcida. Até agora, ainda não alcançou o estágio de desenvoltura que a torcida dele esperava. Alan tem muito mais qualidade para mostrar. Eu mesmo já o vi produzindo melhor em outros clubes.
ExplicaçãoLuís Torquato, dirigente maior do Guarany de Sobral, explica que só reclama da arbitragem quando há razão para isso. E acrescenta: ´As vezes, até quando o Guarany perde, eu parabenizo a arbitragem. Fiz isso quando o Maranguape ganhou do Guarany por 2 a 1. Agora, quando o árbitro erra, eu protesto mesmo´.
MensagemDe Eduardo Sabino (edusabino69@gmail.com), que mora em Barras, no Piauí: ´Espero que o Barras seja mais uma vez alvo de comentários positivos aí no querido Estado do Ceará. Tenho um sobrinho cearense, torcedor do Flamengo. Tudo de bom para vocês´.
Mensagem IIDe Fernando Brígido (jfbrigido@gmail.com), que mora aqui mesmo em Fortaleza: ´Pois é, você tem toda razão, o campeonato passado foi muito parecido com este, principalmente no começo. Perder ponto em casa é caixão e vela, com certeza´. Taí a advertência do torcedor, numa análise comparativa entre 2007 e 2008.
"Qual será o próximo vexame? Ficar fora de uma Copa?"João Ricardo, após a derrota do Brasil para a Venezuela
Colunista da Gazeta Esportiva.Net