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Castelo de areia

Botaram areia nisso. A culpa não é do gestor de hoje. Caberia bem uma investigação para saber como foi feita a drenagem do Castelão na última reforma ali realizada. Está provado que a firma encarregada da execução dos trabalhos foi desidiosa. Pergunto: pode ficar impune quem negligenciou assim? O Castelão ficou fechado para reforma durante quase dois anos. Inaugurado com a presença da Seleção Brasileira, propalou-se na festa que tudo ali representava o que havia de mais avançado em termos de drenagem. O gramado, na época, virou um tapete, um dos melhores do Brasil. Pura ilusão. Agora, a verdade veio à tona. Trabalho porco, mal feito, revelando o descaso com a coisa pública. Drenagem comprometida, denunciando a irresponsabilidade que estava encoberta. Cadê o responsável pela obra? Ninguém fala. Agora, todos se escondem. Botaram areia nisso. Que vergonha! Total falta de pudor.

Lagoacho

Acho tudo muito parecido com certas obras nas avenidas asfaltadas de Fortaleza. Basta uma chuva, as crateras aparecem. Vejam a Avenida Ministro José Américo, que leva ao Cambeba. Parece que foi feita com cuspe. É um lagoacho em cada quarteirão.

Reparo

O secretário de Esportes, Ferrúcio Feitosa, pegou o abacaxi do problema do Castelão. Ele não tem culpa do que está acontecendo. Agora agiliza, de todas as formas, os procedimentos para a recuperação do gramado. E paga o alto preço por uma situação para a qual não deu causa. As críticas são muitas. Ferrúcio compreende as manifestações. Pelo seu gosto tudo já teria sido resolvido, mas há os entreves decorrentes dos trâmites legais.

Alô Sobral!

A continuar a situação do Castelão e do PV, podem ir arrumando logo o Estádio do Junco na querida cidade de Sobral. Não tardará o dia em que equipes se negarão a jogar em Fortaleza, alegando risco de contusão para seus atletas. Será um vexame se isso vier a ocorrer. A que ponto chegamos.

Confiança

Paulo Wagner, que reassumiu a presidência do Ferroviário, e o advogado Fernando Comaru não têm dúvida. Garantem que o time coral ficará com a vaga na Série C, hoje pertencente ao Horizonte. Tomam por base situação semelhante à de Piva havida no Rio Grande do Norte. O caso é polêmico, mas Comaru garante ter provas substanciais.

Profissional

Messias, que estreou no jogo passado pelo Ceará, compareceu ao Debate Bola (TV Diário). Fiquei impressionado com o senso de responsabilidade do rapaz. Gostei de seu futebol. E ele me garantiu que produzirá muito mais ainda. Falou de sua experiência na Argentina. Messias é evangélico. Gosta de tudo correto.

Notável fase

Vi jogos da Série A e da Série B. Digo sem medo de errar: em nenhum deles alguém se aproximou do belíssimo futebol que hoje Márcio Azevedo está mostrando. Não há lateral-esquerdo ostentando fase tão excepcional quanto Márcio. E o que é mais importante: segue em marcha ascensional. Ótimo para Heriberto da Cunha.

Em alta

A propósito de Heriberto, ele tem muita convicção nas substituições que faz. Já disse que acertou nas três que promoveu diante do Paraná. A torcida às vezes reclama, mas, no cômputo geral, Heriberto tem mais acertos do que erros. Isso conta ponto. Claro que nem sempre o treinador faz a correta leitura do jogo. É normal. Mas o importante é, na maioria dos casos, encontrar a solução. E ele encontra.

Revelação

O narrador Kaio Cézar, de apenas 18 anos de idade, tem sido a revelação da TV Diário. O jovem encarou a árdua missão de comandar a transmissão do GP Sul-Americano de Atletismo direto da Unifor. Deu um baile. Soube improvisar bem quando foi preciso. Tem também brilhado nas narrações de futebol e futsal.

Recordando

Mário Noélio, o Lacerdinha, completou 70 anos. Ele é primo legítimo do querido Mozart Gomes. Não teve vocação para jogar futebol. Sua casa, na Av. dos Expedicionários, ficava colada ao muro do PV. Havia um terraço no quintal da casa de onde familiares e amigos viam os jogos. Ainda hoje me parece que o terraço está lá. Mário Noélio não mais mora no referido local. Mas a Gentilândia é seu ponto de encontro com amigos. A comemoração de seus 70 anos foi no antigo Bar do Beto, ponto de referência dos desportistas cearenses nas décadas 50/60.

"Garrincha é um verdadeiro assombro. Não pode ser produto de nenhuma escola de futebol".
Gavril Katchalin
Técnico da então União Soviética em 62