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Velho conhecido

Na estréia, o Ceará ganhou do Juventude, mas experimentou alguns momentos de dificuldade. Aliás, a vitória lhe chegou pelo gol salvador de Vavá, que fez 2 a 1. Ainda assim, o Vozão teve de passar pelo sufoco de um pênalti contra si no minuto final, cobrança que Marcelo Bonan pegou, juntando-se a Vavá como salvador da pátria. Mas, no geral, vitória na estréia tem seus méritos, máxime quando o time vem de grave período de transição. Hoje, em Goiânia, alguns percalços são previstos. Importante a presença de jogadores fundamentais como Michel, Chicão, Cleisson e Allan Delon. No adversário, o velho treinador Givanildo Oliveira, bem conhecido dos cearenses, pois aqui já atuou. Quanto ao grupo, conheço apenas o Túlio Maravilha, que vem de contusão. Mas sei o quanto Givanildo, mesmo com aquela sisudez que lhe é peculiar, sabe montar equipes competitivas. Ele é bom.

O time

A grupo do Vila Nova é Max, Osmar, Carlinhos, André Leone, Elizi, Alisson, Heleno, Alex Oliveira, Filipe Oliveira, Reinaldo, Wando, Túlio e Marco Aurélio. Portanto, pouco gente desse time teve contato pelas bandas de cá. Não há ainda como avaliar o potencial do Vila.

Contratações

A esperança de Givanildo reside nas contratações dos atacantes Jhony e Batata e do lateral-esquerdo Marcel. Observa-se, portanto, que o Vila Nova experimenta fase parecida com a do Ceará, ou seja, a de montagem e ajustes do time, que não foi bem na estréia.

Novos nomes

O desafio do Ceará logo mais em Goiânia será, portanto, diante de uma equipe eminentemente em formação. Time que já fez dez contratações. As mais recentes, o atacante Neto Mineiro, campeão paulista em 2004 pelo São Caetano, e Caíco, que foi campeão pelo Itumbiara.

Adaptações

No Fortaleza, o técnico Heriberto da Cunha terá de ir delineando o conjunto, sem contar com alguns jogadores fundamentais. Não por outro motivo o Leão contratou Gilberto Matuto e trouxe de volta Eusébio. Não foi para enfeite senão para imediata utilização, quando necessário.

Vocacionado

Tive a oportunidade de narrar incontáveis jogos em que Fábio Oliveira tomou parte. É goleador mesmo. Jogador extremamente perigoso nos lances de área. Se mantiver aqui a média de gols que fez por onde passou, mormente no Pará, podem preparar as redes. A vocação de Fábio é o gol.

Pirulito

No futebol cearense, a maioria das parcerias funciona assim: quando o jogador não interesse ou não passa por bom momento, o time de fora mando-o para cá. Quando o jogador readquire a forma, o time manda buscá-lo de volta e o daqui fica chupando pirulito.

Cláusula

Muito comum também a cláusula em que o time daqui contrata o atleta, mas, independente da situação do time no campeonato, é obrigado a liberá-lo no caso de proposta do exterior. Aí, no primeiro aceno externo, o atleta não está nem aí para o time que o acolheu. E ´by by, Brazil´!

Multa

Pelo visto, ainda haverá muita situação semelhante à que foi descrita. E só acabará no dia em que os nossos dirigentes não aceitarem esses expedientes que dão ampla liberdade a jogadores e empresários para mudarem de rumo a seu bel prazer, sem multa pesada.

Carinho

Sensibilizado fiquei com a carinhosa nota a meu respeito escrita pelo querido Neno Cavalcante na coluna ´É...´, no Diário do Nordeste. Manifestações assim, vindas de tão dentro do coração, não deixam margem a agradecimentos em palavras. Teria de enviar ao Neno o meu próprio coração.

Show

Caio César, novo narrador da TV Diário, jovem de 18 anos, saiu-se muito bem no comando da transmissão do GP Sul-Americano de Atletismo, direto do Unifor. Trabalho perfeito com Clotilde Dantas, Juciê Filho, André Alencar, Ana Cláudia Andrade, Wilson Couto, Gomes da Silva, Victor Hannover e o notável Robson Caetano.

"Eu tinha plena confiança de que o Sport iria se recuperar".
Nelsinho Baptista, após eliminar da Copa do Brasil o Inter/RS
Técnico do Sport