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Esperanças

Jogo como o de amanhã, no Castelão, tem o poder de fazer sonhar e também de acabar sonhos. O trabalho de meses pode sumir na desilusão de uma partida. Assim, Fortaleza e Horizonte sabem de suas responsabilidades. É o momento em que não se admite sequer o menor dos equívocos. Instante no qual se conhece a diferença entre o que tem força mental para prosseguir e o que declina sob o peso da cobrança. Um time continuará; o outro voltará para casa. Quatro meses de trabalho poderão sumir como nada no infinito. O Fortaleza dividiu espaço entre dois treinadores: Silas Pereira e Heriberto da Cunha. O primeiro, Silas, quedou exatamente na decisão do turno inicial; o segundo, Heriberto da Cunha, vai para o desafio definitivo amanhã. Argeu está há dois anos dirigindo o Horizonte. É uma espécie de técnico e pai de todos ali. Aposta na unidade do grupo como última esperança.

Circunstâncias

Não digo que o Fortaleza seja favorito. Os próprios tricolores evitam colocação assim. Mas é indiscutível a vantagem do Leão: joga pelo empate, tem a torcida maior a seu favor e, psicologicamente, mostra-se mais seguro, já pelas circunstâncias que lhe são todas favoráveis.

Surpresa

O técnico Argeu dos Santos mostra-se mais reticente. Até treino reservado fez. Estará preparando alguma surpresa? Quando conversei com Jefferson, no Debate Bola de domingo passado, ele não escondia o desalento pela derrota. Mas jamais admitiu eliminação antecipada.

Rumo

Jefferson reconheceu a necessidade de uma conversa com os jogadores mais jovens. O clima de uma decisão pode afetar a produção dos menos experientes, quando no calor das disputas as adversidades se acentuam. Nessa parte, veteranos como Stênio e próprio Jefferson poderão assumir o controle do grupo em campo. É o caminho.

Confiança

Foi importante para o atacante Osvaldo sua entrada no jogo passado, máxime pela participação que teve no gol de Paulo Isidoro, exatamente o que mudou a história da partida. Osvaldo ganhou mais confiança. Superou a época em que lhe pegavam pelo pé. Impressão que tenho.

Faces

Assim como não se admite o ´já ganhou´, também não se admire o ´já perdeu´. Comete grave erro de avaliação quem tenta antecipar derrotas ou vitórias em jogos decisivos. Faces da mesma moeda, impossível dizer onde ficará a efígie de cada um

Arbitragem

Kleber Lavor, do Icasa, exige arbitragem local nos jogos finais do campeonato. Pelo visto, Kleber não gostou nada do pessoal de fora que apitou por aqui como Wilson Seneme, Eugênio Simon, William M. de Souza Nery e Sérgio da Silva Carvalho, dentre outros.

Providências

Pergunta simples: com o time que tinha, sendo goleado até no certame estadual, o Ceará poderia assim continuar para as disputas da Série B? Claro que. Seria risco de rebaixamento e muito sofrimento para a torcida.

Contratações

É certo contratar em massa como vem fazendo o Ceará? Num situação emergencial, como a vivida agora, é compreensível essa avalanche. A cada dia, novos nomes. Nem decorei o nome de todos os que já chegaram. Mas não há outra alternativa. Lamentável é que a história mais uma vez se repete, ou seja, o time será ajustado no correr do certame.

Aquisições

Da lista de contratados pelo Ceará só posso analisar a aquisição de Dedé, que fez belo trabalho no Ferrão. Quanto aos demais, só o tempo dirá sobre o acerto ou não de suas vindas. Amanhã, no Debate Bola, 10 da noite, na TV Diário, Lula Pereira falará sobre os contratados.

Homenagem

Hoje, às 16 horas, no Bar do Marcão (Rua Pe. Fco. Pinto, 128 - Gentilândia), o Grupo de Literatura e Memória do Futebol (Memofut) presta homenagem ao querido Mozart Gomes, um dos maiores ídolos cearenses nas décadas 50/60. Oportunidade rara para reencontrar amigos e lembrar lances inesquecíveis.

"O sábio nunca diz tudo o que pensa, mas pensa sempre tudo o que diz."
Aristóteles
Notável filósofo grego