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Vitória em jogo ruim

No jogo do Ceará, houve o gol do Itapipoca, logo aos três minutos: Ednardo, 1 a 0. Depois disso, uma letargia tomou conta de todos. E assim permaneceu durante todo o primeiro tempo, que, tirando o gol, poderia ser descartado pela inutilidade geral da disputa. Só a partir dos 29 minutos da fase final, o sentido do jogo foi retomado. Vavá empatou (1 a 1). E, dois minutos depois, virou (2 a 1). Emoções voltaram. Gildásio quase empatou, cobrando falta. Luís Carlos, sozinho, desperdiçou a chance para matar o jogo. Kiko mandou bola na trave alvinegra aos 45 minutos. Síntese: só nos últimos quinze minutos o jogo foi justificado. Aí Marçal quis seu time mais agudo ao colocar Kiko e Miraíma. E realmente ameaçou o alvinegro. Mas o Ceará deu-se melhor com Daniel e Vavá. O Vozão entra no G-4 e retoma as esperanças. Mas, se pretende mesmo o título, terá de jogar muito mais do que o fez na pífia partida de ontem.

Observações

Mais uma vez Rodrigues soltou uma bola que resultou no gol adversário. E mais uma vez a zaga não chegou. Motivo de preocupação. /// Eufrásio, Gildásio e Neto são os melhores do Itapipoca no momento. ///Reinaldo experimenta situação difícil. Nada dá certo para ele.

Destaque

Vavá foi a salvação. Só mesmo sua vocação de artilheiro para tirar do sufoco o alvinegro. Antes do intervalo, a torcida pedia a entrada dele. Não sei a razão por que Dimas Filgueiras esperou meio tempo para fazer a modificação. Será que Vavá ainda não tem condições físicas para atuar um jogo inteiro? Se não fosse Vavá, o Ceará teria perdido.

Arbitragens

Quixadaenses reclamam contra o árbitro Franzé Soares. A tv mostrou: ele deixou de marcar pênalti claro de Tiago Cardoso em Mimi e marcou pênalti inexistente em Márcio Azevedo. /// Já no jogo do Ceará, não deu para definir se a bola chutada por Cleisson já havia entrado no gol quando Eufrásio salvou. Lance difícil para o árbitro Marco Antonio Sampaio.

Otimismo todo

O Ferroviário é vice-líder, mas tem um jogo a menos. E pega o lanterna e rebaixado Uniclinic na quarta-feira, dia 19. Portanto, é favorito absoluto. Se ganhar, isola-se na liderança. Na Barra, otimismo total. Tony Pereira, setorista que cobre o Ferrão, lembra: os corais estão há sete jogos sem perder, cinco deles sob o comando de Fernando Polozzi. Prova de fogo será contra o Fortaleza.

Liderança

Ninguém segura o Horizonte. Chegou aos 15 pontos, goleando o Guarani por 4 a 1 dentro do Romeirão. Meteu 3 a 1 no Ceará, 4 a 2 no Icasa, 2 a 0 no Uniclinic e 4 a 1 no Quixadá. Horizonte já fez 18 gols. Saldo de 11. Só perdeu para o Ferroviário na Barra (2 a 1). No somatório dos turnos, que bela campanha. Por mais paradoxal que pareça, o time amadureceu e melhorou após a eliminação no 1º turno pelo Fortaleza, nos pênaltis

Festa perfeita

Sábado, no Pici, a festa tricolor foi completa: inauguração oficial do Estádio Alcides Santos e uma goleada do Leão sobre o Quixadá (5 a 1). Lá estive com Lima Júnior e Cláudia Andrade. Transmissão ao vivo pela TV Diário. O jogo foi um marco na história do clube.

Atitude e projeto

Registro o tratamento respeitoso e cortês dado pela torcida tricolor aos integrantes da TV Diário. Atitude elegante de quem sabe receber muito bem os visitantes. Parabéns. /// O projeto é ampliar o estádio até chegar à capacidade de 28 mil torcedores. Quanto ao jogo, o placar diz tudo. E poderia ter sido mais, pois o Leão perdeu várias chances.

Evitável

Marco Túlio, desde que fez três gols sobre o Uniclinic, cresceu de produção no modelo tático do Ferroviário. Ontem, em Boa Viagem, abriu o caminho para mais uma vitória. Sua presença incomoda os adversários. Mas imperdoável a bobagem que cometeu e resultou na sua na expulsão no jogo de ontem. Vermelho evitável.

Recordando

Se vivo fosse, o ex-radialista e advogado, Jubemar Aguiar, completaria hoje 75 anos de idade. Na década de 60, ele, dona Penha (sua mulher) e os filhos Asclépio e Marco Aurélio foram meus vizinhos na Gentilândia. Com muito carinho, lembro de todos eles. Jubemar trabalhava na Rádio Dragão do Mar. Ouviu minhas imitações de locutores famosos. Levou-me então para o programa de Gilvan Dias, na Rádio Uirapuru, onde consegui meu primeiro emprego em 1965. Jubemar incentivou-me a vida inteira. Um amigo leal, sincero, bom. Rendo-lhe meu preito de gratidão e de saudade.

"Vitória da garra. Superamos muitas dificuldades. E Vavá estava iluminado".
Dimas Filgueiras
Técnico do Ceará