Matéria-517452

Jogos de volta

Se o Fortaleza mantiver o padrão apresentado no primeiro tempo do jogo passado diante do Icasa, não tenho dúvida de que ficará com a vaga para continuar na Copa do Brasil. Pena Simão não poder jogar, pois cumpre a automática. Mas em campo estão Erandir, Lúcio e Paulo Isidoro, que deram show de bola no domingo. O América de Própria tem limitações. Uma advertência válida: a Copa do Brasil é a competição dos resultados traiçoeiros. Precavendo-se contra isso, as condições são amplamente favoráveis à permanência do Leão. Já com relação ao jogo do Icasa, a situação é diferente, mais delicada. O Bahia, embora em Feira de Santana, tem o apoio de uma torcida vibrante, semelhante à do Fortaleza aqui. O Icasa, não obstante ter o empate a seu favor, deve tomar precauções. Os dois gols que o Bahia fez em Juazeiro do Norte darão, com vitória simples, a vaga aos baianos. O desafio do Verdão é grande.

Muito mais

Não gostei do Icasa no domingo. A formação era boa ( Douglas, Gilberto Matuto, Tiago, Cleiton Mineiro, Esquerdinha, Jonas, Tony, Serginho, Wanderley, Clodoaldo e Marciano), mas me pareceu sonolenta. Só despertou com a entrada de Isac. Precisa jogar muito mais.

Invicto

Fernando Polozzi chegou de forma discreta. Quase sem ser notado, começou seu trabalho na Barra do Ceará. Em três jogos oficiais, mostrou um Ferrão vitorioso. Mais que isso: ganhou o clássico diante do Ceará. Assim, ganhou as graças da torcida. Invencibilidade e 100% de aproveitamento. A jornalista Liana Ribeiro, torcedora coral, feliz da vida.

Na estréia

Examinei o time coral que estreou no Campeonato Cearense de 2008, dia 05 de janeiro, no empate com o Itapipoca (1 a 1): Marcelo Silva, Júnior Moura, Jailson, Nemésio e Teles; Dedé, Mazinho, Júnior Ferreira (Guto) e Stênio (Nilsinho); Danúbio(Leonardo) e Danilo Pitbull. Técnico: Oliveira Lopes

Hoje

Fiz a comparação com o Ferroviário de Polozzi no último jogo: Anderson; Júnior Moura(Amoroso), Carlinhos, Gustavo e Teles; Dedé, Stênio, Guto e Alex (Cássio); Marco Túlio e Wescley (Eli). Marcelo Silva cedeu sua posição ao goleiro Anderson. Saiu a zaga Jailson e Nemésio. Alas Júnior Moura e Teles mantidos. Mantidos na meia-cancha Dedé, Stênio e Guto. No ataque, saiu Danilo Pitbull. Estão aí Wescley, Marco Túlio e Eli. Melhorou muito o Ferrão.

Tempo

Prazo final para contratações. Quem não se arrumou até hoje, terá de fazê-lo com os que aí estão. Todos já se conhecem nos mínimo detalhes. A partir da agora, cada treinador não pode alegar surpresas sobre os adversários. Até os torcedores estão por dentro das formações. Fazer mistério será pura bobagem.

Defeitos

Uma das coisas mais importantes do ser humano é saber conviver com os defeitos alheiros. Para isso é preciso que primeiro olhe para os seus próprios defeitos. Aí, sim, saberá como melhor tolerar os dos outros. Há gente que quer a perfeição nos companheiros sem perceber suas próprias imperfeições.

Bom senso

Lamentável. Depois de tanto disse-não-disse, conversa vai, conversa vem, a situação no Ceará continua crítica. Ontem, o diretor de esportes, Edmilson Moreira, deixou o cargo.Vale conselho: ou todos falam o mesmo idioma ou nada dará certo. O êxito de qualquer empreendimento está na união de esforços, compreensão e harmonia. Divergência é natural em qualquer organização, desde que prevaleça o bom senso.

Afirmação

Flávio Lopes sofreu fortes críticas por ter substituído Tiago Almeida por Flavinho, fato que teria gerado a reação do Boa Viagem (4 a 3). Mas, creio, que o motivo mesmo foi a acomodação geral do Ceará. Faltavam apenas 10 minutos para o fim e todos acharam que o jogo estava ganho. Culpar só o treinador foi injustiça.

Recordando

O goleiro Pedro Simões, também chamado de Pedrinho, foi campeão cearense pelo Gentilândia em 1956. Também ganhou título estadual pelo Fortaleza e foi vice-campeão da Taça Brasil pelo Leão em 1960. Ele guarda um acervo de fotos que já usei neste espaço, através das colaborações de Nonato Holanda. Lamento que os jogadores daquela época não tenham tido o mesmo cuidado que Pedrinho teve. Aliás, poucos atletas das décadas 50/60 guardaram suas fotos. Alguns ficaram com coleções de jornais, mas o papel não resiste ao tempo e as fotos perdem a qualidade.

"Estamos atentos às falhas da arbitragem. E cobramos de todos mais atenção".
Afrânio Lima
Presidente da Ceaf