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Modelo especial

Gosto da Copa do Brasil pelo modelo que adota, não apenas pelo sistema mata-mata, mas também por levar em conta os gols feitos no campo do adversário. Isso obriga os times a terem postura ofensiva, ainda que a vantagem do empate possa existir. Explico: na casa do adversário, um gol, não raro, provoca alterações profundas no modelo tático adotado. Daí tantas surpresas e alternativas nesse tipo de competição. Não gosto de opinar sem conhecer bem as equipes. Há muito não vejo o Bahia jogar. Sei apenas que vem recompondo a sua imagem, após a amarga passagem pela terceirona nacional. Nunca vi em ação o América de Propriá, adversário do Fortaleza. Analisar pelos resultados nem sempre permite segura avaliação, pois é comum a discrepância entre o placar e a produção. De qualquer forma, recomendo cautela. Jogar aberto é um risco. Jogar fechado demais é covardia. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra...

Clássico

No Castelão, Ceará x Ferroviário. Estréia do técnico alvinegro, Flávio Lopes. E estréia do técnico coral, Polozzi, perante sua torcida em jogo oficial. O Ceará vem de um início frustrante; o Ferroviário, de início animador. Mas, na hora de um clássico, tudo se nivela.

Duas frentes

O técnico Play Freitas terá de examinar com muita atenção o trabalho em duas frentes: Campeonato Cearense e Copa do Brasil. Será correto priorizar uma das competições? Bom, isso é decisão que requer cuidado. Muitas vezes, o time acaba não atendendo a seus objetivos pela divisão de atenções. Nesta parte, ter elenco maior é fundamental.

Retorno

Com a volta de Jonas, Serginho e Esquerdinha, quero crer que o Icasa retome a produção de bom futebol. No jogo passado, quando sem esses três atletas perdeu para o Horizonte, foi visível a dificuldade do Verdão na elaboração das jogadas, fato que deixou em dificuldade os atacantes Isac e Marciano. Nem a entrada de Clodoaldo deu ao campeão do primeiro turno a qualidade esperada. Hoje, por certo, será diferente.

Experiência

Anderson Luís, campeão da Copa do Brasil pelo Paulista, é experiência para segurar o Fortaleza. E Rômulo, que também tem experiência nesse tipo de competição, é essencial ao setor ofensivo. A propósito, venho gostando do trabalho de Rômulo na frente da área, embora dele estejam a exigir melhor presença nas conclusões.

Esperança

Edmilson Moreira é o novo diretor de futebol do Ceará. Com ele, Sacha Jucá também engajado no projeto. Edmilson sabe se doar ao clube de sua paixão. E tem prestígio para articular parcerias. A presença de Edmilson e Sacha pode dar ao Ceará a força necessária para chegar ao título do turno e do certame.

Expectativa

Disse muitas vezes aqui que a história do Guarany de Sobral tem tudo a ver com Luís Torquato. Uma fusão de imagens que ninguém consegue separar. Eis aí o Torquato novamente arregimentando o Guará, contando com o apoio da população. Esperança sobralense de ver outra vez o Bugre na primeira divisão. O Junco, um dos melhores estádios do Estado, está pronto.

Notas & notas

O desportista, Doutor Lewtom, pergunta onde anda Aloísio III, que foi meia do Fortaleza nas décadas 50/60. Com a palavra Jurandy Neves. /// Marcelo Rocha, após tantos e tantos anos dedicados ao futebol, afastou-se definitivamente. Bem que o Tiradentes poderia homenageá-lo, que prestou inestimável serviço ao clube. Fica a sugestão.

Campanha negativa

Arnaldo Lira tenta evitar que a campanha 100% negativa do Uniclinic chegue a marca de 11 jogos só com derrotas, hoje, diante do Boa Viagem, no Castelão. O time da Lagoa Redonda precisa iniciar uma reação, pois é o mais cotado ao rebaixamento. Aliás, Lira já é o terceiro técnico a passar pelo Uniclinic em 2008.

Recordando

Dadá, Nozinho e Manoelzinho, trio do Ferroviário no fim da década de 50. Depois, o goleiro Dadá transferiu-se para o Ceará. Nunca mais o vi. Ivan, Pelado e Alexandre, trio final do Ceará nas décadas de 50/60. Depois, Alexandre Nepomuceno foi sondado pelo Santos, após boa partida no PV diante do time de Pelé. Mas a transferência não se concretizou. Aloísio II, Zé Mário e Sanatiel, trio final do Fortaleza na década de 50. Época em que a escalação era anunciada com dois zagueiros, três volantes e cinco atacantes. Hoje, nem pensar.

"A arbitragem cearense passa por um bom momento. Tem cometido poucos erros".
Dacildo Mourão
Crítico de arbitragem