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Mais um mandato

As expectativas da torcida do Ceará ficaram bastante ampliadas para 2008, após a reaproximação de todas as correntes alvinegras. Nesta parte, cabe salientar a importância que exerceu o conselheiro Castelinho Camurça, articulador e conciliador incansável. Ele foi a ponte que uniu gerações. E pôs no mesmo propósito jovens como Evandro Leitão e Sacha Jucá e gente da velha guarda como o carismático Franzé Morais e o histórico Eulino Oliveira. Só mesmo a unidade de pensamento e de ação mudará a cantilena de todos os anos em Porangabuçu: no início, a esperança de chegar à Série A; no fim, a frustração pela permanência na Série B. A avaliação do presidente de um clube é geralmente dimensionada pelos resultados em campo. Neste novo mandato, Eugênio Rabelo terá duro desafio: dar à torcida a alegria incomensurável de ver o alvinegro na Série A nacional já em 2009, fato plenamente possível.

Utopia

Para muitos, o Ceará na Série A nacional parece utopia, mas não é. É sonho realizável, desde que haja planejamento e união de todas as correntes, tal como agora jovens e históricos dão a entender. Se o peso ficar nos ombros de uma só pessoa, aí sim, será utopia mesmo.

CT

Impressionante o avanço das obras do CT do Icasa, em Juazeiro do Norte. A matéria mostrada pelo Victor Hannover na TV Diário alcançou repercussão, mormente no Cariri, onde há uma empolgação em torno do projeto. Realmente, Zacarias Silva é ousado em tudo o que faz.

Circunstâncias

Pouco tenho me referido aos jogadores contratados pelos clubes cearenses para a temporada 2008, exceto os que já conheço há mais tempo. No início de uma temporada, tudo é incógnita. Além do mais, a questão de dar certo ou não dependerá das circunstâncias.

Mudanças

Se o torcedor ficar mais atendo, verá que o grupo que começa uma temporada sofre muitas alterações. Basta pegar a escalação da estréia e a escalação do último jogo. Por isso, a prudência na hora de avaliar, mormente antes das primeiras partidas.

Variações

Não vou longe: Rinaldo sagrou-se campeão cearense, marcou o gol do título deste ano na decisão contra o Icasa, mas logo que William começou a dar certo, ouvi muita gente a dizer que Rinaldo era um entrave no tricolor. Não concordei com isso. Essa observação mostra apenas como as opiniões variam de acordo com o momento e com os resultados.

Semelhança

A mesma coisa ouvi sobre Arlindo Maracanã. Logo surgiram vozes para dizer que ele não era assim tão importante para o time. Se Arlindo tivesse ficado, por certo o discursos seria de elogios e pela importância dele para o clube.

Especial

Rinaldo e Arlindo Maracanã têm valor. Ainda assim nem sempre estiveram na melhor forma. Viveram seus momentos de produção não convincente. Sentiram a cobrança da torcida. Jogador é ser humano como outro qualquer.

Aparências

Inspiração não é permanente. Muitas vezes, há aquele dia em que as palavras faltam, o texto não sai bom ou o colunista comete equívocos. A mania de se exigir perfeição nos outros impede que o crítico enxergue suas próprias imperfeições. Costumo ser parcimonioso na observações em começo de temporada. As aparências enganam.

Homenagem

Será domingo, dia 23, às 09:00 hs, na AABB de Quixadá, a solenidade de abertura da 1ª Copa Popular do município (Troféu Mônica Sousa). Serão 160 times, 13 distritos envolvidos, 3.200 atletas. Na abertura, a presença do comentarista Sérgio Pinheiro, que será homenageado.

Recordando

Hoje, três anos da morte do querido e saudoso Fares Lopes, ex-presidente da FCF. Amigo que sempre está na minha lembrança, ora pelo futebol, ora pelas canções. Fares tinha bela voz. A vida passa rápido demais. Parece que o estou vendo a interpretar músicas de Chico Alves, acompanhado pelo Joãozinho ao violão.



"É um prazer estético enorme contemplar a ´largada´ daquela competição."

Henrique Nicolini (sobre a Corrida de São Silvestre)
Colunista