Esperança
O Fortaleza volta a ver o G-4 bem próximo. A vitória sobre o Barueri (2 a 0) fez o Leão encurtar a distância do grupo da frente, faltando ainda quatro rodadas. Dá para chegar? Dá. Mas ainda existe uma série de desafios muito perigosos. Os jogos fora merecem atenção especial. Explico: foi exatamente fora de casa, diante dos pífios Ituano e Santo André, que o Fortaleza entregou cinco pontos. Deve ter aprendido a lição. Portanto, todas as precauções com o Remo em Belém e com o Marília no ´Bento de Abreu´. O time do Pará está moribundo, nos estertores, mas não morreu. Ainda tem remota possibilidade de fugir do rebaixamento. Além disso, as ´malas´ acontecem em situações assim. São ´malas´ invisíveis como bruxas, mas rondam os estádios nesta época do ano. Com justificada razão, as esperanças tricolores estão ampliadas. O G-4 está muito perto, bem ao alcance das mãos, ou, para ser mais preciso, dos pés.
O melhor
Mais uma vez Rogerinho foi o destaque do Fortaleza. No gol de William (1 a 0), lá estava Rogerinho construindo o momento. Verdade que perdeu uma chance clara, mas, no conjunto de sua atuação, teve produção acima dos demais. Não raro, estabelece ritmo forte.
Goleiro
Faltando quatro rodadas para terminar a Série B, já escolhi o melhor goleiro: Adilson. Mais uma vez ele salvou de uma derrota o Ceará. Pelo menos em quatro oportunidades, fez a diferença. Numa delas, em finalização de Marcos Denner, Adulson praticou um de seus milagres.
Longe
O empate do Ceará diante do Paulista deixou mais longe o sonho do G-4. Entre os torcedores, observei que a maior parte já não mais acredita na classificação, embora matematicamente esta seja possível. O problema decorre mais da irregularidade de produção.
Aceitação
Na maior parte do jogo, o Ceará aceitou o Paulista em cima. Só na reta final do segundo tempo, após a entrada de Wanderlei, o alvinegro fez o que deveria ter feito desde quando a chuva passou, ou seja, buscar a vitória. Reagiu apenas no fim. Tarde demais.
A bola da vez
No minuto final, quando por fração de segundo Wanderlei perdeu a chance da vitória alvinegra, a impressão foi a de que aquela bola, ao passar limpa por toda extensão da área, estaria levando consigo a última esperança alvinegra. Era a bola da vez, a da vitória, a dos 51 pontos. Não foi. Agora tudo dependerá de um conjunto de resultados.
Tropeços
Para chegar ao G-4 o Fortaleza terá de ganhar seus jogos e torcer por tropeços de Portuguesa, Vitória e Ipatinga. Importante observar que esses três últimos do G-4 (Portuguesa, Vitória e Ipatinga) não mais se enfrentam, única maneira em que com certeza perderiam no mínimo dois pontos (caso de empate).
Adversário
Li matéria sobre o jogo do Remo em Marília. Deu trabalho. O time remista hoje está assim: Adriano; Gil, Altair (Ricardo Capanema) e Diego Barros; Maurício Oliveira, Neto (Cicinho), Ricardo Oliveira, Andrezinho (Adriano Miranda), Romeu e Fabinho; Landu. Bem diferente do que aqui enfrentou o Ceará.
Pênalti
Rômulo sofreu pênalti claro. Mas o árbitro Péricles Pegado/RJ não marcou. Mostrei no Debate Bola. E não houve o pênalti que o Paulista reclamou. Ceará prejudicado. Erro feio.
Arbitragem
A propósito, o Fortaleza deve colocar as barbas de molho, caso chegue em condições de ganhar a vaga na última partida em Marília. Em São Paulo os ´árbitros caseiros´ pululam, principalmente em circunstâncias assim. O Leão já foi roubado nos dois jogos fora de casa.
Fatos
No Sul/Sudeste, marcar errado contra nordestino é fácil. Os fatos estão claros. Não quero colocar nos árbitros a culpa pelos tropeços cearenses. Mas os lances comprovam que os árbitros, por medo ou por maldade, terminam prejudicando Fortaleza e/ou Ceará, como provam os recentes lances de pênaltis e gol anulado.
"Para ajudar o Fortaleza, a gente tem de tirar força até de onde não tem".
Paulo Isidoro, Meia do Fortaleza