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Avanço tricolor

Zetti viu o que o Fortaleza tem. Dirão talvez que o Remo, em extrema dificuldade, não teve condições de exigir o máximo do Tricolor. Pode ser. Mas, ainda assim, observa-se significativo avanço na produção tricolor desde que Jorge Veras interinamente respondeu pelo comando técnico. O Remo passa uma de suas mais graves crises. Lá, os problemas são técnicos e financeiros. Situação dolorosa. Mas o tricolor cearense não tem nada a ver com isso. Poderia até ter aplicado uma goleada maior, não fora a perda do pênalti por Rinaldo. É bom lembrar que o saldo de gols poderá definir vagas. O mesmo se pode dizer com relação ao número de gols marcados. São critérios às vezes esquecidos, mas que fazem parte do regulamento. Portanto, perder pênalti não é algo tão simples como pode parecer. Observações dessa natureza não podem ficar à margem como se figurativas fossem. Está no regulamento.

Goleador

Cleiton de paz com a vida, com a família, com os amigos e consigo mesmo. Era tudo o que queria: fazer gols. Há alguns meses, quando retirado até do banco de reserva, o rapaz pensou que iria sucumbir. Sua fé e orações o ajudaram na retomada. Já tem quatro gols.

Paciência

Recomendo que os atacantes em dificuldade cuidem de ter paciência. Fase ruim todo mundo passa. Basta lembrar que, há algum tempo, Rinaldo também teve momentos de dificuldade e até no banco ficou. Soube voltar e aí está como artilheiro maior com seis gols.

Contribuição

No belo gol de Léo sobre o Remo, não se pode deixar de registrar a fundamental participação do meia Ígor na construção da jogada. Os dribles, o toque, o clarear o espaço para Léo desferir a bomba. A isso chamo de contribuição e harmonia.

Em Brasília

Independente da atuação dos árbitros, o Ceará está sabendo jogar, mas não está sabendo ganhar. Pela segunda vez, fora de casa, o Ceará teve o jogo na mão e desperdiçou a chance. A primeira foi em Marília, no Bento de Abreu, quando cedeu o empate no fim. Agora, em Brasília, foi pior: teve chance de ganhar, mas perdeu.

Roubado

Indiscutível o erro do árbitro Rodrigo Guarizo. Incontestável o pênalti sofrido por Mazinho Lima. O outro pênalti, que ele deixou de marcar, ainda comporta dúvida. Mas o sofrido por Mazinho foi claro. É chato repetir a mesma frase, mas traduz a verdade dos fatos: o placar foi injusto e o Ceará não mereceu perder.

Ajuste

O Ceará tem criado situações, mas precisa trabalhar melhor o aproveitamento das jogadas. Sérgio Manuel, por exemplo, perdeu excelente chance. Quando às duas bolas na trave, aí é impossível criticar, pois, nessa parte, embora alguns críticos não admitam, entra o fator sorte que teimo em reconhecer.

O próximo

Amanhã, o Ceará recebe o Barueri, que é o quinto colocado com 27 pontos. Adversário difícil. Disse que o Ceará tem sabido jogar, mas não tem sabido ganhar. Espero que amanhã consiga conjugar as duas coisas.

Exemplo

Alô, Vavá! Você deve tomar como exemplo o Cleiton, do Fortaleza. Com paciência, orações e dedicação ao trabalho, Cleiton deu a volta por cima. Você, Vavá, que experimenta fase não favorável, tem aí o caminho a seguir. Goleador você é. Sabe. Então, amigo, trabalho, fé e orações.

Ao vivo

Aquece a luta pelas duas vagas para a primeira divisão cearense em 2008. Hoje, às 21 horas, a TV Diário mostra ao vivo, com exclusividade, Boa Viagem x Crato, direto de Boa Viagem. Farei a narração. Comentários de Sérgio Pinheiro. Reportagens de Tony Pereira.

Fórmula 1

Os incidentes entre Fernando Alonso e Lewis Hamilton, numa desleal disputa interna pelo posto maior na McLaren, mostram o quanto é podre o ambiente em algumas equipes da Fórmula 1. Ou será em todas? Isso vem de longe. Assim na Fórmula-1, assim na vida. No mundo de hoje, Niccolò di Bernardo Machiavelli seria um anjo.

"Ser árbitro de futebol é decidir em um segundo o que a TV tenta minutos depois".
Marco Rocha Lima Xenofonte
Colaborador