Missão local
A trajetória do Ceará na Série B remete a observação interessante: dos 16 pontos conquistados, oito foram obtidos nos estádios dos adversários. Em Itu, o Vozão ganhou do Ituano (2 x 3); no Canindé, ganhou da Portuguesa (1 x 2). No Bento de Abreu, empatou (1 a 1) com o Marília; no Arruda, empatou (1 x 1) com o Santa. Fora de casa o Ceará perdeu nove pontos (Avaí 2 a 0), Ipatinga (4 a 1) e Remo (2 a 0). Portanto, fez metade dos pontos aqui e a outra metade fora. Das quatro vitórias, duas foram fora de casa. Por mais paradoxal que pareça, a complicação alvinegra decorre mais das frustrações de seus resultados aqui do que pelo que produziu em outros estados. E vejam que foi em São Paulo o empate com o Marília, time de maior reação da atual disputa, pois, embora tenha sido punido com a perda de seis pontos, ei-lo no G-4. Missão alvinegra agora é recuperar a pontuação que deixou sumir no PV ou Castelão.
IncrívelO Vitória foi quem mais aplicou goleadas: 5 a 1 no Avaí; 3 a 0 no Ceará; 4 a 0 no Ipatinga; 4 a 1 no Marília; 4 a 0 na Ponte Preta; e 6 a 0 no Fortaleza. Mas conheceu também o outro lado da moeda: sofreu 6 a 0 do Brasiliense. Mesmo tendo goleado tanto, está fora do G-4.
Resposta
Cleiton, que um dia quiseram aposentar, está dando a resposta em campo: dois jogos, dois gols. Esse rapaz, apenas porque vacilou numa partida pela Copa do Brasil, quase foi levado à aposentadoria precoce. Ainda bem que ele soube aproveitar as recentes oportunidades, abrindo perspectivas para definitiva retomada.
TécnicoNão está confirmada a volta do técnico Zetti. Se vier que ele repita o êxito de quando aqui esteve e levou o Leão à Série A. Um bom nome, com a vantagem de ser simples, atencioso. Ele tem a sorte de pegar a equipe que, com as duas vitórias sob o comando de Jorge Veras, deixou para trás a crise então instalada noclube do Pici.
Decisão
Jorge Veras disse que não queria assumir de forma definitiva. Aceitou apenas trabalho de transição e o fez muito bem. Afinal é funcionário do clube. Assim, entendo correta a contratação de um novo técnico, que pode ser anunciada hoje.
DesabafoSério o desabafo do técnico Heriberto da Cunha. Ele disse do descaso no Alvinegro e citou, por exemplo, a ausência de médico na viagem, demora nas contratações e a necessidade de usar jogadores não de todo recuperados. Corajosa denúncia.
Recado
O alerta de Heriberto foi um recado direto. Ele, com a responsabilidade que tem, não poderia silenciar diante da situação. Ora, quando os resultados bons não acontecem, a primeira cabeça rolar é a do treinador. Preferiu abrir o jogo, pois. Que venham as providências.
IdentificaçãoNa foto do Ceará de 1979, publicada no Recordando de ontem, não citei o nome do lateral-direito Ivanildo. O alagoano Aderaldo Messias ligou-me e disse que Ivanildo foi trazido pelo goleiro Roberval, que também é alagoano. Hoje, Ivanildo mora em Capela e Roberval em Palmeira dos Índios, cidades de Alagoas.
Fase
Adilson voltou a fazer importantes defesas no empate com o Santa em Recife. Há dias, em vista de nova falha sua no primeiro gol do Maríla, disse que estava na hora de o atleta ficar mais atento. Foi o que ele fez. Às vezes, por falta de um alerta, o jogador não percebe o início de fase ruim. Adilson ouviu o alerta e a espantou.
Recordando
Não faz muito, publiquei foto do Calouros do Ar, com uma de suas formações quando se sagrou campeão cearense de 1955. Um timaço. O colaborador Jurandy Neves de Almeida, que mora no Montese, esclareceu a composição do grupo da foto. Participaram Azevedo, Jairo, Pedrinho, Zezinho, Jandir, Erialdo, Edilson, Vandir, Beto, Jia e Zuzinha. Curiosidade: hoje, Vandir mora em Maranguape. Recentemente sofreu um infarto, mas está bem. Edilson está com 70 anos de idade, mas ainda joga seus rachas na Cidade Zé Walter. Edilson também é marceneiro.
"Não entendi porque as pessoas ficavam me vaiando no momento em que ia competir".
Maurice Smith, sobre o comportamento dos brasileiros.
Jamaicano, ouro no decatlo.