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Pequenos avanços

Evolução lenta e gradual. Assim o Fortaleza; assim o Ceará. Os avanços conseguidos por ambos, respectivamente diante de Ituano e Marília, foram medianos. A situação ainda me parece confusa. Diria que em transição. Dessa forma, fica difícil observação segura, pois as oscilações tiram do cronista a possibilidade de um parecer bem definido. Nesta fase de ajuste, ora surpreende pela rapidez do acerto, ora pela rapidez da recaída. O Santo André, adversário tricolor, está mais ou menos no mesmo padrão dos cearenses. Mas, na classificação, pior que o Fortaleza; melhor que o Ceará. Já o Santa Cruz, que enfrenta o Ceará no Arruda, está abaixo do Fortaleza e abaixo do Ceará. O Santa freqüenta a zona de rebaixamento e enfrenta crise interna em decorrência desse incômodo. Hoje, sem premonição, não tenho idéia do que possa acontecer. Há muito não via a Série B tão nivelada entre a faixa intermediária e a turma de baixo.

Transferência

A situação do Santa Cruz já estava delicada. Com a saída do meia Marquinhos, que foi contratado pelo Atlético/MG, mais se complica o Santa para o jogo desta noite diante do Ceará. Agora cabe ao alvinegro cearense, logo mais no Arruda, tirar proveito da situação.

Atenção

Novamente o assunto é a possível falha de Adilson no jogo contra Marília. Afinal, ele falhou ou não no primeiro gol? No Debate Bola, domingo à noite pela TV Diário, o lance foi repetido diversas vezes e por ângulos diferentes. Os convidados concluíram que Adilson falhou. Ele, que tem autocrítica, deve rever os teipes para descobrir o que está acontecendo. Às vezes torna-se urgente uma admoestação.

Zona

Os seguidos tropeços do Ceará inverteram uma situação que antes parecia favorável. O alvinegro chegou a lutar para ingressar no G-4 e até teve condições de alcançar seu objetivo. Agora, luta para não ser remetido ao G-4 dos horrores.

Opções

Enquanto o Náutico deixa de contar com Marquinhos, o Ceará ganha as opções de Erivelton e Zé Augusto. As circunstâncias do momento são um pouco mais favoráveis ao alvinegro, mas neutralizadas pelo local da partida, o Arrudão.

Controle

Cocito no lugar de Dude, que foi expulso no jogo com o Ituano. Basicamente o mesmo estilo. Portanto, muda o atleta; não o modelo. Ambos conferem bem quando o assunto é conter as investidas adversárias. Mas os dois precisam controlar melhor seus impulsos, razão de algumas expulsões bobas na maioria das vezes.

Contusão

Rodrigo Broa se contundiu no exato momento em que demonstrava produção crescente em ritmo e criatividade. Lamentável, mas faz parte do jogo.

Cobertura

Estive com Marcelo Chaves e Ecílio Moreira na Rádio Vale do Rio Poty, em Crateús. A “Equipe Esportiva Conegundes Soares” faz eficiente trabalho, contando com Neurismar Rodrigues, Vieira Lima, Nilton Soares, Gildo Vasconcelos, Cícero Messias. Mauro Sousa, F. Melo e Max Medeiros. O grupo é bom e está no mesmo nível das equipes da Capital.

Técnico

O técnico Mastrilo está em Crateús. Fiquei feliz ao encontrá-lo lá. É profissional competente. Ele fez cursos na Europa, sendo o mais recente na Alemanha. Missão: subir Crateús para a segunda divisão cearense, sem perder de vista a importância social do esporte, aproveitado valores da região. O projeto é bom.

Recordando

O ex-jogador Charuto, que morreu recentemente, começou garoto no Fortaleza, sendo bicampeão profissional (1959/1960). Ele foi vice da Taça Brasil em 1960, marcando os dois gols do Fortaleza na decisão em São Paulo, quando o Palmeiras ganhou por 8 a 2. Atuou no Fluminense de Feira, ao lado de seu irmão, Ninoso. Depois Charuto veio para o Ceará, sendo tricampeão cearense pelo alvinegro em 1963. Ninoso veio para o América, onde se sagrou campeão cearense em 1966. (Colaboração de Wagner das Graças Monteiro, eng.agrônomo do Idace).

"Aqui mora a felicidade".
Frase na porta da casa de Juliana
Ouro no Pan