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É líder

O Fortaleza ganhou, mas poderia ter evitado o sufoco que passou. Complicou com bobagens. Primeiro tempo de equilíbrio. Meia-cancha congestionada. Só dois momentos de perigo: Rogerinho, pelo Fortaleza; Carlinhos, de falta, pelo Santa. Fase final, Marco Aurélio acertou ao fazer entrar Isaías, que sofreu pênalti. Ricardinho converteu (1 a 0). Leão cresceu com Ricardinho puxando o ritmo. Reação do Santa veio com Marquinhos, obrigando Getúlio a fazer notável defesa. Lance seguinte, Alan perdeu o gol do empate. Veio sufoco quando Ricardinho, pendurado, fez falta desnecessária: rua. Logo depois, Getúlio cometeu pênalti infantil: Marco Antonio converteu (1 a 1). O Santa, com um jogador a mais, assumiu o controle. A entrada de Ígor, embora tarde demais, animou. Dele a jogada que resultou no contestado pênalti de Alan, que César transformou no gol da vitória do Leão (2 a 1). Placar justo teria sido 1 a 1.

Erros

Observem como a história de um jogo pode mudar através de bobagens evitáveis: a falta que motivou a expulsão de Rogerinho e o pênalti desnecessário cometido por Getúlio Vargas. Lances assim transformam uma situação favorável numa agonia. Cuidado, gente.

Ausência

O Fortaleza sentiu a ausência de Rinaldo. Ele é referência com seu futebol veloz, agudo. Rogerinho e Ricardinho criaram situações, mas faltou o goleador. Tanto assim que os gols foram de pênalti. Isaías entrou bem, mas a expulsão de Ricardinho prejudicou Isaías.

Lance polêmico

Penalti? A bola foi que bateu na mão do Alan. Este não teve a intenção de tocá-la e até se esquivou para evitar o toque. O árbitro Luís Gonzaga entendeu que Alan desviou a trajetória, tirando a bola do alcance do atacante do Fortaleza. Para mim, lance típico de bola na mão. Não considerei pênalti.

Perigoso

Hoje, toda atenção da defesa do Ceará no atacante Diogo, artilheiro da Portuguesa. Mesmo com o time paulista tendo perdido dois dos três jogos que fez pela “B” nacional, ele já marcou dois gols. E, na temporada 2007, já assinalou 11 gols. Prova inequívoca de sua vocação.

Notas & notas

Começa amanhã, às 15h30min, no Campo do Boa Vista, a VII Copa Joaquim Rocha, com participação de 16 equipes. Coordenação de Pedro Rodrigues, presidente da Liga. ** Inês Cabral, apaixonada torcedora alvinegra, de volta do giro por Rio, São Paulo e Minas. Hoje cedo participa das festas em Porangabuçu.

História

Hoje, o Ceará Sporting Club completa 93 anos de existência. Uma história de muitas conquistas. Títulos inesquecíveis ainda hoje lembrados por sua numerosa torcida. O Nordestão de 1969, diante do Remo. O de vice-campeão da Copa do Brasil. Os títulos estaduais.

Especial

Impossível citar, sem cometer deslizes de esquecimento, todos os que construíram a grandeza do clube, desde sua origem em 1914 aos dias de hoje. Lembro mais dos alvinegros de quando comecei a trabalhar no radiofonia esportivo em 1965.

Avaliação pessoal

Qual a maior conquista do Ceará em todos os tempos? A resposta varia de acordo com a avaliação pessoal. No meu entendimento, a maior conquista foi a de vice-campeão da Copa do Brasil de 1994, pelo notável feito de despachar na casa dos adversários clubes famosos como Internacional/RS e Palmeiras/SP.

Ídolo

Muitos foram os ídolos alvinegros em toda a história. Creio, porém, que o nome ainda hoje mais citado como o maior de todos é o de Gildo Fernandes de Oliveira. Tão ídolo, tão querido, que foi aplaudido pela torcida do Ceará quando pelo Calouros enfrentou o próprio alvinegro.

Hoje

O momento do Ceará, hoje, ainda é de inquietação. Talvez seu maior presente seja mesmo uma vitória diante da Portuguesa logo mais em São Paulo. Difícil, sim, mas possível. Marcelo Vilar, mediante ajuste, tentará surpreender. Marcelo conhece bem as manhas do futebol paulista. Isso poderá ajudá-lo na dura missão de hoje.

"Não vou levar um time desesperado para enfrentar a Portuguesa".
Marcelo Vilar
Técnico do Ceará