Segundo jogo
Avaliação da primeira partida mostra que as equipes de Icasa e Fortaleza se equivalem. Méritos divididos na produção (um tempo para cada), nos gols marcados (2 a 2) e até nas bolas na trave (Chiquinho acertou uma pelo Icasa e Ígor também acertou uma pelo Leão). O Fortaleza ficou meio atônito, assustado, no primeiro tempo, quando o Icasa tinha o controle do jogo; o Icasa atônico ficou quando o Fortaleza assumiu o controle no segundo tempo. Detalhe importante: notei o Icasa dando sinais de desgaste físico na fase final, enquanto o tricolor demostrava melhor condição física. A meia-cancha do Verdão arriou e não conseguiu acompanhar o ritmo imposto pelo Leão. Resta saber se a volta de Vanderlei, no segundo jogo, dará equilíbrio. Taí, em linhas gerais, as conclusões que tirei. Já para a partida final, vale a significativa diferença: um erro poderá representar a perda do título.
CordialGostei muito da visita do zagueiro do Fortaleza, César, ao Debate Bola. Mesmo cansado pelo desgaste do jogo com o Icasa, compareceu ao programa domingo à noite e permaneceu até o fim. Deu explicações convincentes. Revelou-se muito distinto e atencioso.
ElogioCésar disse das dificuldades iniciais. E mostrou como, a partir das correções feitas pelo técnico Bonamigo, o time assumiu o controle na segunda fase. Ele elogiou a qualidade técnica de Daniel Sobrelense pela inteligência do passe que resultou no gol de empate do Icasa.
ErroA reclamação do Icasa contra o erro do auxiliar, Monteiro da Silva, que assinalou impedimento inexistente de Netinho quando este tinha amplas condições de marcar o gol, remeteu o time de Juazeiro a uma reflexão. Melhor um trio todo de fora ou continuar trazendo apenas o árbitro?
IncertezaImprevisível dizer que árbitro de fora ou trio de fora dará certo. Dos jogos semifinais, a melhor arbitragem foi a do trio cearense, comandado por Marco Antonio Sampaio no jogo Itapipoca x Fortaleza em Juazeiro. Não cometeu sequer um pequeno erro. Marco Antonio Sampaio deu um baile. Melhor que Simon e Tardelli.
EscudoA propósito, achei esnobação do Wagner Tardelli mostrar o escudo da Fifa ao técnico do Icasa, Flávio Araújo, quando de um advertência. A autoridade do árbitro não decorre do escudo que ele tem na camisa, mas de sua competência. Há muita bobagem feita pelos “Fifa”.
UniãoO desentendimento entre Chiquinho e Lúcio, após uma jogada mal elaborada, demonstra que nem tudo são flores no Verdão. Com certeza o técnico Flávio Araújo deve ter uma conversa séria com o elenco. Passar publicamente a desunião de atletas compromete a imagem do grupo como um todo. Time “fechado” é mais respeitado.
RetornoNo Fortaleza, nem houve tempo para avaliar a volta de Cleiton porque ele entrou quando faltavam poucos minutos para terminar. Mas seu retorno já prova que recuperou a confiança do treinador.
ImportânciaMesmo sem assinalar gol nos últimos jogos, Rinaldo continua sendo de suma importância para o Fortaleza. Seus deslocamentos rápidos confundem a marcação e abrem espaço nas defesas adversárias. O gol de Rogerinho resultou exatamente de uma situação assim.
Ao vivoVi pela TV a decisão do Campeonato Holandês. Em três jogos simultâneos e distintos, AZ, PSV e Ajax poderiam, dependendo do placar, ganhar o título. Cada um ficou por certo tempo com o placar favorável e comemorando o título. No final da rodada, o PSV sagrou-se campeão.
InteriorO primeiro jogo da decisão do Campeonato gaúcho, Juventude x Grêmio, foi em Caxias, interior do Rio Grande Sul. Lá constava do regulamento. Foi o que faltou no regulamento do certame cearense. Queira Deus que em 2008 seja corrigida esta injustiça. Correto mesmo é um jogo no interior e outro na Capital.
"Se o Icasa for campeão será um glória. Mas, se perder para o Fortaleza, será normal".
Foguinho (Francisco de Assis)
Narrador da Rádio Verde Vale de Juazeiro do Norte