Tempos mudaram
Antigamente, os chamados times médios e pequenos eram peça decorativa. Serviam apenas de escada para os grandes chegarem aos títulos. Nos últimos tempos, em boa parte dos estados brasileiros, o quadro mudou. Pequenos e médios deixaram de ser meros participantes. Agora incomodam bastante os outrora absolutos donos do poder futebolístico. Aqui mesmo, há alguns anos, era impossível ver Icasa e Itapipoca batendo de frente com Ceará e Fortaleza. Hoje, os números estão aí. Inclusive o Icasa é detentor do maior número de pontos no certame: 40. Em São Paulo, vejam o Bragantino e o São Caetano encarando Santos e São Paulo. No Rio Grande do Sul, vejam o Juventude e o Caxias praticamente com as duas vagas da final que antes sempre eram de Grêmio e Internacional. No Rio de Janeiro, o Cabofriense engrossou o pescoço diante do Botafogo. No futebol, os tempos mudaram mesmo.
Decisão
Pela reação geral dos dirigentes de times do interior, acho difícil não haver pelo menos um jogo da decisão de 2008 no Romeirão ou no Junco, únicos estádios, exceto os da Capital, em condições de abrigar eventos dessa natureza. Já é hora de um tratamento equânime.
Mensagem
Eudi Assunção, presidente do Itapipoca, é incisivo. Reconhece que o Fortaleza é favorito, mas não admite que se tenha o Itapipoca como um time antecipadamente derrotado. Entende que mesmo sem jogar bem o Ita empatou, calculem se no Castelão jogar o que sabe...
Arbitragem
Marco Antonio Sampaio deu um baile em Juazeiro. Elogiado pela crônica e pelos dirigentes, teve seu trabalho reconhecido por todos. Numa análise comparativa, saiu-se melhor do que o Fifa, Eugênio Simon. E agora?
Flexibilização
O presidente da Ceaf, Cel. Afrânio Lima, está muito feliz com o êxito da arbitragem cearense em Juazeiro. Melhor ainda pela flexibilização que usa, ou seja, se quiserem árbitro de fora, vem; se quiserem árbitro local, aqui tem.
Ao vivo
Repercute sobremaneira o programa Debate Bola, que a TV Diário mostrou ao vivo, às 22 horas, com estúdio montado também em Juazeiro do Norte. Todos os integrantes interagindo com os que estavam no estúdio em Fortaleza. No próximo domingo, novamente haverá o mesmo procedimento. Com um detalhe a mais: aí já serão conhecidos os dois finalistas. É o único programa cearense que promove o debate logo após os jogos.
Presença
Dois treinadores pelos quais tenho muito respeito: Marcelo Vilar e Flávio Araújo. São muito solícitos. Sempre que convidados para participar do Debate Bola, comparecem e marcam presença. Sabem se comunicar muito bem. Domingo haverá mais.
Especial
É ótimo para o treinador ter a oportunidade de esclarecer os torcedores. Flávio, por exemplo, aproveitou e, através da TV Diário, protesta por tratamento igualitário. E refutou os que alegam falta de segurança para a realização de jogos no Romeirão.
Opção
Marcelo Vilar cuidou de explicar que a insistência na utilização de Vinícius é pura opção, dele, treinador. Portanto, assumiu que a escalação de Vinícius é decisão pessoal, em vista de convicção própria, ou seja, um direito de avaliar e mandá-lo a campo. Claro que Marcelo arcará com as conseqüências daí decorrentes.
Ausência
Justo no momento em que de Wendell o Ceará vai precisar, taí o homem fora, cumprindo suspensão pelo cartão vermelho. É como costumo dizer: expulsão resulta num grave prejuízo para o clube e só a admito quando o jogador age em última instância. Não foi o caso de Wendell.
Artilheiro
Adriano Chuva teve as melhores chances do Fortaleza em Juazeiro. Rinaldo também teve boa oportunidade logo no início do jogo. Observo que os dois ainda estão num trabalho de ajuste, visando a alcançar o que chamo de sintonia fina. As bolas na trave também indicaram falta de sorte. Tudo virá a seu tempo.
A força de Massa foi ter reagido logo após o Grande Prêmio da Malásia´.
Stefano Domenicali, Diretor esportivo da Ferrari, sobre a vitória de Massa no GP de Bahrein.