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Sem vacilos

O péssimo desempenho do Ceará em Juazeiro deixou inquietações. Hoje, diante do Botafogo/RJ, nem pensar naquela mediocridade vista no Romeirão. O técnico Marcelo Villar acalma a torcida. Afirma que o Ceará não repetirá a bisonha atuação de domingo. É o que todos esperam. Copa do Brasil, no modelo mata-mata, não permite vacilos. E mais: nestas duas primeiras fases, dá ao visitante, desde que vença por dois gols de diferença, o direito de eliminar sumariamente o visitado. Alerta, pois, ao Ceará. Marcelo é reticente quanto à formação que mandará a campo. Direito dele. Quanto ao Botafogo, entusiasmo após a goleada (7 a 0) sobre o Friburguense. Foi sem Dodô. E sem Dodô atuará aqui. Zé Roberto é o nome. Joga limpo, bonito, faz gol. André Lima afirma que a goleada serviu para mostrar que o time sabe jogar também sem a presença de Dodô, astro maior. Jogão imperdível.

Desempenho

O Botafogo sobrou na Taça Guanabara. Erra que o avalia negativamente, tomando por base essa frustração. Na Copa do Brasil, o Botafogo empatou com o CSA em Maceió (1 a 1), mas, no Rio de Janeiro, ganhou fácil ao aplicar 5 a 2. O técnico Cuca é bom estrategista.

Vantagem

Pelo modelo da Copa do Brasil, empate com gols no primeiro jogo favorece o visitante. No jogo de volta, já em casa, o time local sabe que o adversário terá de se expor, indo ao ataque, pois um empate sem gols gerará a eliminação de quem não assinalou gol no jogo de ida.

Especial

São detalhes assim que tornam a Copa do Brasil uma competição muito especial, onde jamais se admite acomodação em qualquer fase do jogo. Um gol fora de casa pode mudar todo o panorama, mesmo que a partida esteja nos instantes finais. Quantos clubes já foram eliminados em situação assim?

Em Goiânia

Gostei da entrevista dada por Paulo Bonamigo sobre o desafio tricolor, hoje, em Goiânia. Tem razão quando lamenta não poder utilizar jogadores que seriam de grande valia como, por exemplo, Jean e Rogério, ambos contundidos. Mas citou alternativas que poderão garantir bom nível.

Mesma equipe

O Atlético/GO faz boa campanha no certame estadual. O atacante, Fábio Oliveira, já marcou 16 gols. E o bom Wesley é um dos destaques da competição. Nem de longe, o Atlético pode ser comparado ao Sampaio Corrêa, que o Fortaleza eliminou logo no primeiro jogo em São Luís.

Cautela

Sem assombros, o técnico do Atlético, Artur Neto, que os cearenses conhecem bem, anuncia cautela. Aliás, ter cautela é mesmo uma necessidade na Copa do Brasil. Verdade pura: tomar gol em casa pode duplicar os desafios para o jogo de volta. Mas, pelo próprio padrão ofensivo mantido pelo Atlético no “Estadual”, não creio que hoje Artur altere muito a forma de jogar. Talvez só um pouco mais de prudência. Nada mais.

Estudo

Quem estudou a maneira de jogar do Fortaleza foi o auxiliar técnico do Atlético, Capitão. Designado por Artur Neto, Capitão acompanhou tudo, desde a queda do técnico Frasson, tropeços do time e a retomada da liderança. Está por dentro de tudo.

Favorito

Falar em favorito na Copa do Brasil é loucura. Este tipo de disputa é o que mais contraria a lógica das coisas. E, talvez por isso mesmo, tenha charme especial.

Realidade

No encontro do governador Cid Gomes com o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, empresários e convidados, houve a verdade sobre os encargos da Copa do Mundo 2014. Antes, acontecerão as eliminatórias para a Copa 2010. Decisão sobre o assunto requer cauteloso exame.

Interior

De Zé Flávio Teixeira, técnico de basquete: “Acima das paixões, o melhor resultado para o Nordeste, logicamente para o atleta nordestino, seria uma decisão entre Icasa x Itapipoca. Seria uma lição de vida”. Zé Flávio entende que é necessário mudar, com a presença de cidades do interior nas decisões do futebol.

"Em futebol não existe o vai ser fácil; existe o foi fácil".
Getúlio Vargas
Goleiro do Fortaleza