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Estréia e mudanças

Coisas do futebol: juntos, Danilo Pitbull e Alcimar marcaram dez gols pelo Uniclinic. Mas não resolveram. Foram embora. O técnico Vítor Hugo chegou. Fez mudanças. O time melhorou. Não marcou tantos gols, mas encontrou o caminho das vitórias. E já soma 14 pontos. Consolidou o processo de recuperação. Dentre os mais conhecidos lá estão Marcelo Silva, Nogueira (ótimo zagueiro), Júnior Ferreira, Robertinho e Vaninho. É esse o time que logo mais enfrentará o Fortaleza. A rigor, pela campanha e pelo elenco, a produção tricolor está muito acima da mostrada pelo adversário. Por certo, o Leão encontrará resistência, mas superável. A estréia do zagueiro César é esperança de solução para o problema da zaga. A volta do ala Aldivan é certeza de apoio ao ataque pela esquerda. Aldivan faz bem esse papel. Na frente, boas opções não faltam ao Leão. Mas isso dependerá da decisão final de Bonamigo.

Felicidade

O lateral Ari, do Fortaleza, está feliz da vida. E não é para menos. Antes da chegada de Bonamigo, ele fora mandado embora do Leão. O novo técnico, que o conhece bem, fez o alto comando tricolor rever a decisão. Resta ao Ari retribuir a confiança dada pelo treinador

Análise

Hoje, já será possível buscar no Fortaleza o esboço do modelo que o técnico Paulo Bonamigo pretende dar. Claro que ainda não houve tempo suficiente para Bonamigo estabelecer no Leão as linhas gerais de sua ação. Mas, com certeza, será diferente do que houve no jogo em Juazeiro, onde o técnico estreou sem ter tempo sequer para avaliação mais apurada.

Explicação

Um amigo meu, que conhece de perto Clodoaldo, pediu que eu não mais escreva sobre o Baixinho, a favor ou contra, porque perda de tempo. E deu a razão de seu pedido: “O Clodoaldo é insensível, não se toca com nada. É frio pela própria natureza. Para ele, tanto faz elogio ou crítica. É indiferente. Sangue de barata. Não liga para essas coisas. Parece viver fora do mundo. As vezes, em hibernação”.

Até quando?

Fiquei a pensar se é possível realmente Clodoaldo ser tão indiferente à vida. E perguntei a mim mesmo: zombará ele de seus críticos, a cada indisciplina que faz? Pode ser. Verdade é que ele realmente se mostra frio, calculista, inabalável, dentro de uma área. Ali, o mundo pode desabar que ele não notará. Mas até quando?

Tempo

De minha parte, por tudo o que vi nas atitudes de Clodoaldo, dou razão ao meu amigo. Mas faço uma pergunta: se um dia o Baixinho voltar, seja por que time for, diante de mais um, dois ou três perdões, e assinalar um daqueles golaços que só ele sabe marcar? Aí, nada registrarei aqui na coluna? Portanto, não assumo que nada mais escreverei sobre o Baixinho. No momento, só posso dizer que darei tempo ao tempo...

Superação

Tenho acompanhado a luta do meia Ígor para voltar a jogar. Ele tem ultrapassado, com abnegação, todas as etapas. A última e principal delas será provar que está em condições plenas de voltar a ser titular do Fortaleza. E ele merece, haja vista o esforço que tem feito para alcançar seu objetivo.

Violência

O dirigente Michel Platini, eterno ídolo do futebol francês, sugeriu a criação de uma força internacional de polícia para acabar com a violência dentro e fora dos estádios. A idéia é oportuna, mas de difícil execução. Há limites impostos pela soberania dos países. E não creio que alguns mais radicais admitam flexibilização assim.

Produção

O técnico Vítor Hugo deu nova vida ao Uniclinic, que vinha mal (derrotas para Ferroviário, Icasa, Itapipoca e Maranguape). Depois que Vítor assumiu, a produção cresceu. Primeiro veio o empatou com o Guarani no Romeirão. Depois, as vitórias sobre Itapipoca e Ferroviário (jogos de volta). Tem duro desafio hoje.

Recordando

O leitor Valdir Senna (Rua 34, n° 611, Conjunto José Walter) lembra o “Sanduíche do Marechal”, o preferido no PV nas décadas 50/60. Era o sanduíche do Dutra, assim apelidado por sua semelhança física com o ex-presidente da República, Gaspar Dutra. Era um sanduíche especial pelo sabor (ao gosto do freguês) e pela higiene (enrolados num papel muito limpo). Tinha o segredo do tempero. Dutra usava um boné e “slack” bem passado. De atendimento cortês, pouco via o jogo, pois sua atenção toda era para o comprador. Alguém terá uma foto do ”Marechal”? Gostaria de publicá-la aqui.

"Infelizmente a violência do mundo está se transferindo para o nosso esporte favorito"´
Michel Platini
Presidente da Uefa