Matéria-412335

Agradáveis surpresas

Desde 1965, trabalho na crônica esportiva. Não lembro de ter visto, como vejo agora, duas equipes do interior nas duas primeiras colocações do Campeonato Cearense. Icasa e Itapipoca fazem por merecer a posição que ocupam porque conquistadas em campo, de maneira insofismável. Há alguns anos, isso era utopia. Hoje, realidade palpável. Flávio Araújo, técnico do Icasa, e Júlio Araújo, técnico do Itapipoca, são santos de casa sim, mas obram milagres. Não é fácil montar equipes fortes, competitivas como Icasa e Itapipoca, sabendo-se das limitações financeiras e de estrutura que ambos encontram. Só mesmo muita pertinácia dos dirigentes do Verdão e do Ita. Notável também o empenho dos elencos. Nomes como Claudevan, Chiquinho, Vanderlei, Marcinho, Ciel, Daniel Sobralense, Cristóvão, Eufrásio, Neto, Kemerson, Stênio, Dema, Popó, dentre outros, estão tomando conta do espetáculo.

Mais bonito

A equipe do Debate Bola (TV Diário) escolheu o gol de kemerson como o mais bonito da 11ª rodada. Foi marcado sábado, em Maranguape, numa perfeita cobrança de falta. Alô, Júlio! Kemerson rende bem é na meia como na segunda etapa em Maranguape.

Artilheiro

Rinaldo passou sem atuar os primeiros jogos do campeonato, pois não acertara detalhes com o Leão. Depois que entrou em acordo, voltou e danou-se a assinalar gols. Aí está isolado no comando da artilharia. E é porque andou perdendo pênalti. Artilheiro é isso.

Sem atuar

Houve um Campeonato Brasileiro (Série B) em que Rinaldo deixou o Fortaleza na 14ª rodada (quase na metade da competição) quando tinha 14 gols. E, mesmo sem atuar no restante do certame, ninguém o alcançou. E Rinaldo terminou artilheiro.

Revisão

Alô, Wladyerisson Oliveira! Não custa nada uma olhada no vídeo do jogo Ceará 2 x 2 Quixadá. O pênalti marcado em Vinícius não houve. E o que houve, em cima de Clodoaldo, não foi marcado. Sei que você é capaz de fazer um trabalho melhor. Basta mais atenção.

Técnicos

Victor Hugo fez crescer de produção o Uniclinic. Argeu dos Santos fez crescer de produção o Quixadá. E Oliveira Lopes, que não dera certo no Uniclinic, fez o Guarani (J) crescer de produção. Vida de treinador é uma eterna incógnita.

Liderança

O Icasa põe a liderança em jogo amanhã, diante do Ceará. O alvinegro terá que melhorar muito, em relação ao que produziu no empate (2 a 2) com o Quixadá, caso queira pontuar. No jogo de ida, em Juazeiro, o Icasa goleou (3 a 0) o Ceará. Embora as circunstâncias agora sejam diferentes, o Verdão se mostra mais compacto, bem definido.

Zaga

Dor de cabeça para Paulo Bonamigo: o miolo da zaga que continua apresentando falhas. Nem de longe lembra os bons tempos de Alan e Ronaldo Angelim, a última dupla que fez o maior sucesso no Fortaleza, no Icasa e no Ceará.

Oportunidade

César, com vasto currículo, pode ser o nome para corrigir as falhas na zaga do Fortaleza. A não ser que seu condicionamento físico ainda esteja sendo trabalhado. Não sei, porém, até quando será possível esperar.

Recado

Por total falta de qualidade, não publico algumas fotos que me mandam para o Recordando, embora tente restaurá-las. Peço a compreensão dos colaboradores.

Desabafo

Entrevista exclusiva de Vavá ao Debate Bola de domingo. Ele mostrou sua vontade de jogar no Ceará. Lamentou muito a situação ora vivida, mormente por ter perdido a chance de ganhar bom dinheiro no futebol holandês. Disse que prejudicada foi sua família, que é humilde e precisa. Que desumanidade, gente!

Recordando

De Jurandir Pinto (Guará 01 - Distrito Federal): “Vibrei bastante com os ídolos Alexandre (que classe!) e Gildo (esse era demais). Ah a decisão de 1963, contra o Ferroviário, quando o Ceará ganhou o tri! Como é possível ter acesso à foto do Ceará de 1959? ´. Outro leitor, Roberto Teodoro de A Filho, pergunta: por que Gentilândia e Maguari não existem mais, se eram tão bons? Não aceito a desculpa de que não tinham receitas. Veja que o Ferroviário se mantém vivo até hoje. E olha que o Maguari foi um dos maiores clubes sociais de nossa querida Fortaleza”.

"Se bandeirinha fosse bom, seria juiz, não seria bandeirinha".
Arnaldo Cezar Coelho, citado pela Veja
Ex-árbitro e atual comentarista de televisão