Show do Guarani
Surpresa. Que surpresa! O Guarani, que chegou na humilhante posição de vice-lanterna, saiu altivo do PV. Conquistou justa vitória por 2 a 0. E poderia ter aplicado uma goleada. Logo aos quatro minutos, Dodó já passou aviso e assustou o Leão. Depois, Janailton fez fila entre os tricolores. Aos 13, Marcelo marcou Guarani 1 a 0. Getúlio Vargas salvou outros tantos. Esperança do Fortaleza veio com um pênalti. Rinaldo bateu. Valdo pegou. Frasson sentiu o golpe e arriscou tudo: meteu Simão e Rodrigo. Nada feito. Piorou com a expulsão de Simão. Fase final: Guarani armou o bote do contra-ataque. Fortaleza, com um homem a menos, ficou exposto. Tiago do Guarani mandou bola na trave. Janailton quase ampliou. Getúlio Vargas pegou uma, duas, três bolas perigosas. Mas não deu para pegar a de Cantarele (2 a 0. Se o Guarani quisesse, teria até aplicado olé. Não aplicou. Mas, com todos os méritos, garantiu a vitória.
Subida
Justiça seja feita: desde que o técnico Oliveira Canindé assumiu, o Guarani tem crescido de produção. E, vejam bem: nem escalou Tamboril que vi dar show de bola na partida diante do Itapipoca, mostrada ao vivo pela TV Diário. Fez do Guarani um time muito consciente.
Vergonha
O desabafo de Daniel Frasson, logo após o jogo, a todos espantou pelas palavras usadas: “Faltou vergonha na cara”, disse o treinador. Cabeça quente, é verdade. Mas foi uma colocação pesada. Quero crer que, em outras circunstâncias, não teria falado assim.
Conjunto
O melhor do jogo? Poderia ser Janailton. Poderia ser Tiago. Bom, ficam os dois, já pelo que representaram para o Guarani. Aliás, o próprio conjunto de Juazeiro merece referência, pois soube ser frio, paciente, fato que chegou a irritar o adversário. Personalidade e confiança que garantiram a bela vitória do Leão do Mercado.
Salvou-se
Do time tricolor, só mesmo se salvou o goleiro Getúlio Vargas, que fez uma série de defesas excepcionais. Evitou que o Guarani chegasse a um placar bem maior. Pela segunda vez consecutiva, Getúlio ganha a torcida.
Vitória
O Ceará mereceu ganhar pelo primeiro tempo, quando construiu o placar com Mazinho e Aleluia. Na fase final, o Maranguape foi melhor. Gilvan obrigou Adilson a fazer um das mais belas defesas do campeonato. O Maranguape apertou, mas esbarrou nos erros de finalização. A fraca produção do Ceará na fase final gerou inquietação.
Liderança
O Verdão do Cariri passou por dificuldades, mas soube se impor no momento final (3 a 2). Aliás, o Itapajé já dera trabalho no jogo de ida (3 a 3). A liderança alcançada pelo Icasa o confirma como melhor time do certame até agora.
Tropeço
Itapipoca vê interrompida a fase de belas vitórias e perde a chance de liderar o certame ao lado do Icasa. Para mim, a vitória do Uniclinic (2 a 1) foi surpresa, pois sua produção vinha muito ruim.
Injusta
Narrei para TV Diário Ferroviário 3 x 2 Quixadá. A vitória coral não correspondeu à realidade do jogo. Placar injusto. Pela produção das duas equipes, o empate refletiria melhor o que houve em campo. No primeiro tempo, o Quixadá foi o dono das ações. E, somente quando teve Da Silva expulso, o Quixinha cedeu um pouco. O erro da arbitragem (pênalti inexistente) favoreceu os corais.
Protestos
A torcida do Ferroviário foi dura nos protestos, quando o time estava quebrando a bola. Palavrões escaparam soltos nos pelos microfones abertos. José Dutra sofreu muita pressão. Mas o técnico acabou acertando nas substituições, mormente quando fez entrar Diego e Eli, que produziram bem.
Desabafo
A frase do rodapé foi apenas um trecho do desabafo do técnico Argeu. Ele não reclamou apenas do pênalti ilegítimo, mas também da quantidade de cartões aplicados nos cinco primeiros minutos contra jogadores do Quixadá. Aqui cabe uma observação: Paulinho poderia ter sido expulso, mas o árbitro nesta parte contemporizou.
Recordando
1977. Ferroviário. A partir da esquerda (em pé): Jordano, Jorge Henrique, Jodecy, Júlio, Félix e Aiala. Na mesma ordem (agachados): Haroldo, Paulinho Bombom, Cláudio Silva, Aucélio e Ricardo. Faz tempo não vejo Jordano. Cláudio Silva trabalhou comigo no Canal 10. Não raro, encontro Aucélio. (Colaboração de Franzé Matias).
Lamentavelmente a arbitragem cearense continua favorável aos times grandes.
Argeu dos Santos - Técnico do Quixadá