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Motivação

Se o Ceará não tivesse dado a arrancada, ganhando os dois clássicos, seu jogo de hoje diante do Itapajé nada mais seria senão uma partida desqualificada pela insignificante posição de ambos na classificação geral. Mas o alvinegro fez dos clássicos a alavanca de sua recuperação. De desacreditado e humilhado, passou a vislumbrar objetivos nobres. E, dos 12 pontos perdidos nos jogos com Uniclinic, Icasa, Quixadá e Itapipoca, conseguiu recuperar seis (a metade), exatamente em cima dos tricolores, numa situação que nem a torcida alvinegra acreditava, tal o péssimo desempenho da equipe até então. Mas nada de pensar que o time está perfeito, pronto para passar por cima dos demais. O próprio Itapajé, adversário de hoje, embora lanterna, deve ser encarado como se líder fosse. O Ceará ainda precisa de mais seis pontos para neutralizar os 12 que perdeu no seu período de desarranjo. Tarefa que requer muita atenção ainda.

Copa do Brasil

Observação a ser feita hoje em São Luís: verificar até que ponto a derrota para o Ceará abalou o Leão. Não pela derrota em si, mas sim pela forma como aconteceu, ou seja, diante de um Ceará que ainda não havia conquistado sequer a confiança de sua própria torcida.

Questionamento

Daniel Frasson sofre as primeiras análises desfavoráveis, o que é normal em situação assim. Importante que experimente isso porque serve também para seu amadurecimento profissional na função de treinador. O ônus do cargo é grande e o técnico precisa ter personalidade e calma na hora dos revezes. Acho que Frasson está bem e saberá dar a volta por cima no momento certo.

Esclarecimento

No mundo do futebol, corria a equivocada impressão de que Raimundo Delfino, da Santana Têxtil, não gostava de Sílvio Carlos, razão da impossível convivência dos dois no Pici. Sábado, Delfino desfez o engano.

Convite

Numa festa de casamento, Raimundo Delfino procurou Sílvio Carlos e disse que tinha por ele grande admiração e respeito. E mais: convidou Sílvio para, no avião do empresário, ir a São Luís ver o jogo do Fortaleza. Sílvio ficou muito emocionado ao ver desfeito o equívoco.

Dignidade

Conheço Sílvio e sei o quanto ele preza as amizades. A atitude do Delfino, digna, sincera, própria dos homens de bem, cativou o papa, que se revelou feliz com o fato.

Muito bom

Que bom ver Marco Antonio Sampaio cada vez melhor. Segundo o crítico Dacildo Mourão, Sampaio evoluiu na parte disciplinar onde, até 2005, deixava a desejar. Agora, ele se mostra firme e tem tudo para terminar como melhor de 2007. Foi muito bem no clássico.

Prejuízo

O tempo passa, o Campeonato Cearense já caminha para o término da primeira volta, e nada de o atacante Vavá poder desfilar seu talento. Ele, que precisa melhorar o padrão de vida de sua família, tornou-se presa fácil da insensibilidade humana, que só enxerga lucro, lucro e lucro.

Permanência

Ótima a permanência de Glaydstone no Ferrão, mas Dutra precisa dar um pito no atleta que não foi bem nos últimos jogos, onde inclusive armou contra-ataque do adversário.

Liderança

Hoje, de olho na liderança, o Icasa pega o Quixadá no Romeirão. O Verdão é o favorito. Jogou bem diante do Ferroviário. Daniel Sobralense, que atravessa ótima fase, precisa apenas trabalhar melhor a finalização.

Cuidado

Toda a badalação em torno de Lelê foi justa. O golaço, a boa atuação, enfim, mais que todos ele brilhou no clássico. Mas é preciso cuidado, pois nem todo jovens está preparado para a fama imediata. Acompanhamento psicológico nessa hora é fundamental. Luzes da ribalta sim, mas sem fugir da realidade.

Recordando

Há quem surja para a fama nos grandes clássicos. Na década de 60, o jovem Irajá jogava futebol no campo da Igreja dos Remédios. Lá havia também o jovem Paulinho, que dava bicicleta igual ao Leônidas da Silva. A propósito, faz tempo não vejo Paulinho. Bem, sobre a história de Irajá, ele passou a treinar no Fortaleza. E, no primeiro clássico diante do Ceará, ei-lo, com seus 16 ou 17 anos de idade, estreando como titular do Leão. Resultado: marcou os dois gols da vitória tricolor (2 a 0) e saiu consagrado do PV. Hoje, Irajá, não raro, está na “Calçada da Fama”, na Gentilândia.

"Ronaldo foi um fenômeno requentado no time do Milan".
Gazzetta dello Sport
Jornal italiano