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Técnico

Ficou provado que a culpa da crise no Ceará não era do Dimas Filgueiras. E a culpa dos problemas do Ceará jamais poderia ser debitada na conta do interino técnico França. Este foi a Itapipoca apenas tentar ajudar. Mas de quem é a culpa? Nesta altura do campeonato, não adianta procurar culpados. Adianta, sim, buscar soluções urgentes. O novo treinador do clube, Marcelo Villar, está aí. Nos seus ombros a responsabilidade de transformar em vencedor um time afeito a derrotas. Só mesmo com a qualidade dos novos reforços conseguirá. Com o grupo que está jogando, não há como mudar a produção do time, já por suas limitações. O Ceará de Juninho, Preto, Leanderson e Léo era um. O Ceará de hoje é outro completamente diferente. Por enquanto, só Adilson segue firme, fazendo a sua parte. Todos os demais, Maracanã, Aleluia, Vinícius, Clodoaldo e companhia estão devendo. E muito.

Versátil

Conversei com o Eudi Assunção, antes da justa vitória do Itapipoca. Ele fez referências especiais ao ala Neto, que atua com desenvoltura tanto na esquerda como na direita. Eudi chamava atenção para a produção do atleta. E foi sucinto: “Ele é bom e versátil”. É mesmo.

Tateando

Mazinho Lima não se encontrou ainda no time do Ceará. Nem de longe, o Mazinho das grandes exibições com a camisa do Fortaleza. Exceto belo lance na estréia, diante do Maranguape, Mazinho dá sinais de não estar à vontade. Ao Marcelo Villar cabe descobrir como melhor utilizar o jogador.

Apoio

O Itapipoca já marcou a primeira volta do turno com vitórias sobre o Fortaleza (2 a 1 em pleno PV) e Ceará (1 a 0 no Perilo Teixeira). Não está tomando conhecimento dos grandes e passou por cima. O Ferrão que se cuide. O jogo entre ambos será no dia 15 de fevereiro no PV.

Apoio II

A boa campanha do Itapipoca, segundo Eudi Assunção, deve-se também ao apoio que o time vem recebendo do prefeito João Barroso. Desta vez, todos estão engajados e os resultados estão aí. Que bom!

Ao vivo

Sábado, às 16 horas, Itapipoca x Uniclinic, em Itapipoca, será mostrado ao vivo pela TV Diário. Peço que as equipes usem também números na parte da frente do calção para facilitar a identificação. Sei que dirigentes compreenderão o pedido.

Constrangimento

Mais uma vez o atacante Vavá padece o transtorno provocado pela própria situação de incerteza em que se envolveu. Daqui para lá, de lá para cá. Opinião de um, opinião de outro. Vavá sob o fogo cruzado das pressões. O tempo passa. O rapaz sem jogar, num terrível prejuízo profissional.

Arroubos

Alguém poderia imaginar que, com a extinção do passe, os jogadores ficariam mais sujeito ainda aos arroubos alheios? Pois é o que vem acontecendo. No futebol cearense, não é o primeiro atleta que padece constrangimento assim.

Problema

Há algum tempo, Guedinho, jogador revelado pelo Ferroviário, também se viu envolvido numa situação desconfortável, em virtude de duplo compromisso assumido. Por isso, Guedinhoviveu horrores. Lição.

Clássico

Domingo, situações diferentes. Ferrão reabilitado com a vitória (3 a 1) sobre o Guarani. Ceará na crise, após quatro derrotas seguidas. Ao Vozão só a esperança de mudança com a estréia do técnico Marcelo Villar.

Batedor

Na retomada coral, concretizada com a vitória sobre o Guarani, mais uma vez Glaydstone fez bem a parte que lhe coube. E com um detalhe: mostrou que está cada vez mais tranqüilo quando chamado a bater pênalti. Não digo que, neste mister, seja tão perfeito quanto Célio o foi na década de 60, mas está no rumo certo.

Recordando

Mandaram-me uma foto interessante, mas que, pela qualidade, não foi possível publicar. Nela aparecem dois jogadores que brilharam na década de 60: Célio e Charuto. Na verdade, Célio foi um dos mais clássicos volantes que vi em ação e um dos maiores batedores de pênalti que conheci. Não perdia um: era goleiro para um lado e, no outro, bola na rede. Charuto brilhou no Fortaleza (vice-campeão da Taça Brasil em 1960), no Ceará e na Seleção Cearense, terceira colocada no Campeonato Brasileiro de 1963. Célio e Charuto marcaram época no futebol cearense.

"A arbitragem de Manoel Sidney em Itapipoca foi na medida certa".
Dacildo Mourão - crítico de arbitragem