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Sob pressão

Fortaleza cobrado. Quando time grande perde o primeiro jogo, vem a obrigação de ganhar o segundo. Mais que nunca Daniel Frasson chamado a não deixar que os jovens sintam a pressão externa. O Uniclinic tem cobra criada: Marcelo Silva, Robertinho, Júnior Ferreira, Alcimar, Danilo Pitbull. E já começou batendo no Itapajé. Mostrei ontem como os times médios ganharam consistência nos últimos anos. Com altivez encaram os grandes. Na rodada inicial Itapipoca, Maranguape e Quixadá confirmaram isso. Os dois últimos perderam seus jogos, mas prejudicados pela arbitragem em situações que poderiam ter mudando a história das partidas. Hora de o grupo mais experiente do Leão assumir o controle da situação em campo. Dude pode exercer papel fundamental. Tem bagagem. E, como disse o Daniel Frasson, enquanto não for possível usar os novos reforços, o Leão terá de ir mesmo com o que está disponível.

Veloz

Em Maranguape, jogo difícil para o Ferroviário. O time de Josué Mendonça apresentou boa produção diante do Ceará. Gilvan e Nozinho foram destaques. Nozinho é veloz e cria situações pelas extremas. Se Marcos Pimentel subir sem cobertura, Nozinho armará o bote.

Esteio

O Ferroviário enfrentou momentos muito difíceis na vitória por 3 a 1 sobre o Quixadá. O placar não reflete o equilíbrio do jogo. Aliás, quem garantiu mesmo o triunfo coral, mormente quando o Quixinha apertou o cerco, foi o veterano goleiro Jeffferson, que experimenta fase excepcional.

Desabafo

Está certo ou errado o técnico Dimas Filgueiras quando, no seu desabafo, revela inquietações internas do clube? No meu modo de interpretar, ele está certo. Afinal, se os resultados bons não vierem, quem estará com a cabeça a prêmio é ele.

Alerta

O aviso dado pelo treinador do Ceará não deve ser analisado pela diretoria do clube como rebeldia (Dimas não é de arroubos) senão como “SOS” oportuno. Dimas viu as limitações do time na estréia diante do Maranguape. E quer soluções.

Experiência

A parte financeira também tem tudo a ver. O exemplo tirado da Série B foi claro: sem dinheiro, o time ficou na zona de rebaixamento. E de lá só saiu quando a grana apareceu. Na ocasião, foi Dimas quem comandou a reação do Ceará. Logo...

Advertência

Toda segunda-feira, o presidente da Ceaf, Afrânio Lima, reúne os árbitros para avaliação dos trabalhos. Vistas as imagens dos lances, há naturalmente uma análise técnica sobre os mesmos. Nesta parte, Manoel Sidney e Manoel Moita foram advertidos porque não marcaram os pênaltis a favor do Quixadá e do Maranguape. Houve elogios a Marco Antonio Sampaio e a Paulo Sívio. Este pela perfeita arbitragem em Itapajé.

Helicóptero

De David Rios (Bairro São Gerardo): “Quem desceu de helicóptero no PV foi Sérgio Alves e não Victor Hugo como o amigo mencionou na sua coluna.” Tudo bem, David, mas o Victor Hugo também desceu de helicóptero no PV, pois, na época, eu fiz a cobertura direto da aeronave.

Contratações

De José Amilton Pereira: “Ótima a idéia da Federação Goiana ao contratar um atleta diferenciado para cada equipe que disputa o Campeonato Goiano. Aqui, a FCF poderia seguir o exemplo.” Na verdade, Amilton, a idéia não é nova. A Federação Paulista já fez trabalho semelhante. Aqui, acho difícil vingar.

O narrador

Ivan Bezerra feliz da vida ao retomar seu trabalho de narrador de futebol na televisão. No compacto do jogo Fortaleza 1 x 2 Quixadá, que ele gravou e a TV Diário mostrou domingo à noite, Ivan mostrou elevado padrão. Ele está perfeito nos lances e identificação dos jogadores, além da voz e dicção impecáveis.

Recordando

O primeiro jogo de Pelé em Fortaleza foi no dia 18 de julho de 1959, um ano do título mundial na Suécia. Jogo Fortaleza 2 x 2 Santos. Goleadores: Zé Raimundo, Pele (2) Bececê. O Fortaleza jogou “enxertado” (termo usado na época) de vários jogadores: Alexandre, Bira, Damasceno e Claudinho, do Ceará; Fernandinho, do Calouros (depois ídolo no futsal e no América ); e Aldo, do Ferroviário. Na verdade uma seleção cearense, com as camisas do Fortaleza. Amanhã, publicarei a súmula. (Colaboração de Wagner das Graças Lima Monteiro, engenheiro-agrônomo do Idace).

"Não adianta ter patrocinador forte, se o clube não soube aplicar bem os recursos."
Alexandre Cândido
auditor e consultor de empresas