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Pacotes no futebol

Experiências passadas, mal sucedidas, geraram resistência aos pacotes, ou seja, a contratação de jogadores em bloco e, geralmente, de um mesmo time. Mas houve pacotes que deram certo. Há alguns anos, o Ceará importou quase um time todo do Rio Branco e terminou campeão cearense. Houve críticas. O time foi chamado de “barriga de aluguel”, mas ganhou nova estrela. Cada um tem sua maneira de interpretar. Na década de 60, o Ferroviário trouxe um pacote do Maranhão. No bojo, bons jogadores, mas outros sem condição. De lembrança desse pacote, apenas um episódio do jogador chamado Sabará, que deixou desagradável encomenda fecal na geladeira do clube. Passou. Merece reflexão a opinião que certa feita ouvi de Franzé Morais, ex-dirigente alvinegro pelo qual tenho muito respeito. Ele disse que, num pacote, geralmente é possível salvar um ou dois valores. A questão é verificar se compensa o preço do pacote. Faz sentido a colocação do Franzé. Não tenho simpatias por pacotes. Mas respeito e admito quem opta por esse expediente. E torço para que dê certo.

Solidariedade

A matéria veiculada pela TV Diário mostrou como os jogadores de férias entendem bem o sentido da solidariedade no jogo que Bechara realiza todos os anos em Maranguape. Uma confraternização que gera atendimentos aos carentes da região. Boas as mensagens enviadas por Maurílio, Bechara, Erandir, Clodoaldo, dentre outros. No campo, Raul deu um passe de calcanhar que só mesmo os craques sabem como fazê-lo.

Mais um ano

A propósito de Clodoaldo, achei o Baixinho muito bem. Irá mesmo dar seu recado em 2007? Não custa nada lembrar ao Clodô que mais um ano está passando. Que ele abra os olhos, pois.

Raça pura

Cícero César de volta ao Ferroviário, de onde, aliás, jamais deveria ter saído. Cícero é um dos jogadores mais aplicados que conheço. Futebol eficiente, voluntarioso. Aliás, na Série C, faltou ao Ferroviário um jogador como Cícero César, capaz de assumir a liderança em campo nas horas mais difíceis.

Comemoração

Wilson Machado, ícone do rádio cearense. Completou 79 anos de idade e 60 anos de rádio. Ouvi na Ceará Rádio Clube a festa para ele. O telefone congestionado não me permitiu participar. Que belos depoimentos de Narcélio Limaverde, Cid Carvalho, Roberto Ribeiro e Vicente Alencar. Wilson, da Pimentinha de Cheiro, da Parada dos Maiorais, do Disque M para Música. Narrador esportivo brilhante. Um dos mais bonitos gritos de gol de todos os tempos. O parlamentar. O amigo. Exemplo de vida. Parabéns.

Parcerias

Tudo bem, compreendo as parcerias que clubes cearenses tão fazendo com times do Sul/Sudeste. Jovens promessas são enviadas para cá. Terão oportunidade de mostrar serviço. Se emplacarem, voltarão posteriormente ao clube de origem. Mas aí já terão prestado serviço ao clube daqui. Só haverá grave equívoco se tal expediente resultar na diminuição do apoio aos jovens aqui da terrinha.

Fora

Mais um ano vai terminando sem que América e Calouros do Ar, que um dia já foram brilhantes campeões cearenses da primeira divisão, retomem seus caminhos rumo à divisão especial. E tudo fica cada vez mais distante.

No ar

Do fisioterapeuta do Ceará, Cláudio Taumaturgo, à Verdinha: “O Vavá me ligou, dizendo que tinha acertado seu novo contrato com o Ceará e que começaria os trabalhos comigo na terça, dia 26.” Hoje, portanto.

Índio

Conversei com o cearense Índio, que defendeu o Vitória da Bahia na série C. Foi importante a participação dele na subida do time baiano, que estará na Série B em 2007. Índio não escondeu seu desejo de defender um dos times grande daqui no Campeonato Cearense, mas admitiu que, pelas circunstância atuais, isso é bem difícil.

Desejo

Gostaria muito de ver na primeira divisão cearense o município de Crateús, terra do meu saudoso pai, Victor. Mas há necessidade de melhor empenho nesta parte. Vi na internet imagens do distrito de Ibiapaba. Adorei.

"Não adianta um time ter patrocinador forte, se não souber aplicar bem os recursos."
Alexandre Cândido - colaborador