TapetãoJulgamento dos julgamentos. Coisas do tapetão nacional. Preto/Paulinho/Ceará. Dou-lhe uma, dou-lhe duas, dou-lhe três. Parece leilão. Não é. Advogados Irazer e Clarke atentos. Artimanhas à vista. Os labirintos jurídicos são complicadores. Mas não deveria ser assim. Gostaria de vê-los simplifcadores. Foco no Preto; foco no Paulinho. Apenas equívoco de digitação. Tudo já foi apurado e julgado. Uma vez. Duas vezes. Apenas equívoco de digitação. O jogador punido, Preto, não jogou. O que for além disso é obra de quem quer enxergar além da visão. Ver o invisível. Ver Preto em campo, quando Paulinho estava lá. Levam então para o lado da súmula. Parece que a busca não é para esclarecer, mas para punir. O procedimento coerente seria observar se houve ou não má-fé. Comprovado apenas o engano de digitação como tantos que o STJD deu nos seus comunicados, fim de papo. Dirão talvez: mas o nome na súmula não era o do homem que estava em campo. O nome era. O lapso, sem maldade, foi ao digitar o sobrenome. Tudo o que for além dessa constatação desvirtuará o resultado. E não fará justiça.
O melhor?
Conheci Fábio Cannavaro na Copa da Alemanha. Zagueiro excepcional. Capitão da Itália campeã. Ganhou tudo. O tetra da Azzurra. O prêmio da Fifa, a Bola de Ouro da revista France Football. Tudo bem. Respeito os julgadores. Mas na minha opinião o melhor do mundo este ano foi novamente Zidane. O francês desfilou arte, requinte, um futebol de elevada qualificação, bem acima de todos os demais. Cannavaro tem valor, sim, mas sou mais o Zidane.
Na vistaVejam bem. Se você perguntar a alguém quem é o melhor no futsal, todos responderão de pronto: Falcão. Dá na vista. Assim como deu na vista que a arte de Zidane foi bem superior à eficiência de Cannavaro.
OrganizaçãoPor falar em futsal, meus cumprimentos ao Sílvio Carlos Vieira Lima, presidente da Federação Cearense de Futsal, e ao Aécio de Borba (CBFS) pelo primor de organização nos jogos da Superliga 2006. Igualmente merecem elogios Sacha Jucá e Branquinho que sempre chegaram com o devido apoio.
ComumCom a globalização do futebol, a mudança de camisa de jogadores que saem de um clube para o maior rival virou coisa comum. Taí Clodoaldo, Mazinho Lima e Vinícius, que já foram do Leão e hoje estão no Ceará. Há alguns anos, isso era um transtorno. Diziam até que jogador do Ceará não daria certo no Fortaleza e o do Fortaleza também não daria certo no Ceará. Bobagem. O tempo cuidou de mostrar que isso não passava de mero tabu. Perdi as contas dos que deram certo tanto no Ceará quanto no Fortaleza.
ListaNão preciso recuar muito o tempo para mostrar jogadores que deram certo no Pici e em Porangabuçu. A conferir: William Pontes, Artur, Pedro Basílio, Erandir, Zé Eduardo, Amilton Melo, Osmar, Ronaldo Angelim, Alan, Mazinho Loyola... A lista é interminável.
TécnicosAlguns treinadores se deram bem, igualmente, nas duas equipes. Mas o fato mais marcante foi a conquista do primeiro tetra do Ceará, que teve à frente nada menos que Moésio Gomes, um dos maiores nomes da história do Fortaleza, tanto em campo como fora de campo, haja vista ser filho de tradicional família tricolor.
EventosHoje, às 18 horas, na AABB, a Apcdec promove a confraternização de Natal dos cronistas esportivos. Já em Jaguaribe, sábado próximo, decisão na Liga (Corinthians x Tuboarte). Aurino Bento narrará pela Cultura.
Equilíbrio
Eugênio Rabelo não abre mão da austera política financeira que direcionará o clube em 2007. Nada de salários astronômicos. Nem tanto ao mar nem tanto à terra. Tudo proporcional, de acordo com a situação do atleta.
No PiciEngana-se quem pensa que Lúcio já resolveu tudo com o futebol turco. Até agora, nada assinado, nada feito. Também Rinaldo, que pertence ao Fortaleza, não definiu nada com outros clubes. Não se surpreendam se os dois estiverem na campanha 2007 pelo Leão. Claro, os valores são elevados, mas nada impede um acordo.
"Conheço bem as bases do Fortaleza e, no momento certo, saberei promover os jovens."
Daniel Frasson
Técnico do Fortaleza