Bancada Nordestina
Na final do Mundial de Clubes, uma coisa ficou clara: a bancada nordestina segurou a barra nos momentos mais difíceis e de definição. Qualquer dúvida, é só rememorar os lances capitais. Quando o Barcelona chegou bem no primeiro tempo, quem fez a principal defesa? O nordestino Clemer. Na fase final, o lance do gol nasceu da genialidade do nordestino Iarley. E quem fez o gol foi o também nordestino Adriano. E não fica só nisso. Quem marcou o astro Ronaldinho Gaúcho? O nordestino Ceará. Conterrâneo, cabra da peste, que não se intimidou com a fama do gaúcho. Marcou limpo, com decência. Tem mais: nos três minutos finais, quando foi preciso segurar o jogo, lá estava o nordestino Iarley prendendo todo mundo na esquina do campo. E não teve mais jogo. “Acabou!”, berrou o Galvão da TV. Começou, gritei eu. Começou a nova história do Internacional. História que, quando contada, necessariamente deverá ter capítulo especial dedicado aos nordestinos da vitória em Tóquio: os daqui da terrinha, Iarley e Ceará; Clemer, do Maranhão; e Adriano, de Alagoas.
Julgamento
Convidei Dimas Filgueiras para o programa especial de Natal. Bem que ele quis comparecer, mas o julgamento do caso Ceará/Preto/Paulinho não permitiu. É que, no dia da gravação, amanhã, ele estará no Rio. Será o julgamento do julgamento. Ou o julgamento dos julgamentos. Ainda bem que já está no fim do ano, pois, caso contrário, ainda arranjariam uma forma de promover o julgamento do julgamento do julgamento. Brincadeira...
Bastidores
Interessante como se especula sobre votos. Um senhor ligou de Belém, dizendo que o Paysandu já contava com três votos. Por aqui dizem que o Ceará já conta também com três votos. Maledicência pura.
Integridade
Se eu tivesse dado ouvido a tudo o que me disseram sobre o julgamento anterior, teria deixado louco o leitor. Na decisão, não deu nada do que se especulou. Prova de que os juízes do STJD são íntegros, sérios. Não passará de bobinho quem for nesta onda de especulações sobre votos de “a“, “b” e “c”.
Herança
Taí o José Dutra, novo técnico do Ferroviário. Tem como herança a bela campanha de Arnaldo Lira, que quase levou o Ferrão à Série B. É sabido que o Ferroviário tem limitações. Lira soube conviver com isso.
Bronca
Só em um momento Lira estourou. Foi quando notou que queriam interferir no trabalho dele. Aí o Lira soube se impor. Caberá ao Dutra examinar as reais condições que terá para as disputas o certame cearense.
Pontos
O jornalista Fernando Maia não perdeu tempo. Assim que a CBF divulgou as tabelas das Séries “A” e “B”, logo cuidou de fazer os cálculos para saber o número de pontos que poderão evitar a queda ou promover a subida dos times cearenses em 2008.
Computador
Calma, Fernando. É cedo ainda. O ano nem acabou. Até lá, computadores de última geração talvez passem a você estudos precisos. Melhor, porém, é examinar como será a política de contratações e o aproveitamento da prata de casa. Os pontos conquistados em campo serão apenas a conseqüência do planejamento 2007. Fora isso, não adianta calcular nada.
Presidente
Marcelo Desidério, agora na presidência do Fortaleza, tem missão árdua: recuperar e hegemonia estadual, encarar a Copa do Brasil e voltar para a Série A. Exatamente o que quer a torcida do Leão.
Verborragia
A manutenção de Daniel Frasson foi medida coerente. Num exame rápido, é possível mostrar que os técnicos de fora não conseguiram nada. Pelo contrário: comprometeram a folha e os resultados em campo foram pífios. Só verborragia.
Produção
Nos jogos em que comandou o Fortaleza, Frasson conseguiu mais que seus antecessores. Dirão que ali, com a equipe já desclassificada, não mais havia pressão. Sim, mas a produção cresceu com Frasson diante do Juventude em Caxias, quando os gaúchos ainda brigavam pela Sul-Americana. Lá, houve pressão, sim.
Recordando
Central de Caruaru Futebol Clube nos anos 40/50. Tempo em que os atletas costumavam usar boina. O penúltimo, a partir da esquerda, é George, ex-chefe e instrutor do Tiro de Guerra de Limoeiro do Norte. Na época, também fizeram sucesso Moacir, Lírio e Alfredinho. Este jogou ao lado de Pelé, no Santos. (Colaboração de Meton Maia e Silva).
"O técnico da Seleção Brasileira, Dunga, precisa olhar para o craque cearense."
Airton Fontenele, sobre Iarley
Historiador