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Gol milagroso
Na Copa do Brasil, o significado do gol fora de casa tem importância tão grande que muda a forma de jogar, altera os esquemas e exige rapidez na leitura do jogo. Exemplo: se o Fortaleza fizer o primeiro gol hoje em Mato Grosso, o Luverdense terá de escancarar a guarda e subir para marcar dois. E assim, para gol do Leão, o time de lá mais terá de se jogar ao ataque. Em cima disso é que o tricolor deverá trabalhar. Aqui, o jovem atacante Ruan perdeu três chances incríveis. Até foi vaiado. A rigor, numa competição de regulamento assim, a margem de erro nas finalizações é bastante reduzida. Responsabilidade ampliada para Assisinho e companhia. Mas o Fortaleza tem condições de vencer.

Resposta - Diante do Luverdense no PV, Ruan experimentou seu primeiro momento difícil no Fortaleza. Teve as graças da torcida com a vitória no Acre (0 x 2), gols dele. Mas o apoio sumiu nas seguidas chances de gols que perdeu no PV. Aí conheceu o lado amargo: vaias em vez dos aplausos. Apupos no lugar do apoio.

Diferente
Aqui no PV, o Luverdense jogou fechado, apostando nos contra-ataques, principalmente com o veloz Misael. Em momentos, até criou embaraços para a defesa do Leão, como nas vezes em que Tozin, Ney Mineiro e Tatu tiveram chances de finalização. Hoje, creio, a postura tática do Luverdense não será atrás como fez no PV. Em casa, é de praxe, irá mais ao ataque e oferecerá ao Leão os espaços que no PV não concedeu. Nesta parte vejo melhores possibilidades para o Fortaleza tirar proveito, desde que não erre tanto nas conclusões como aqui errou.

"Descobri Lucas do Rio Verde e aqui resolvi morar. A qualidade de vida me trouxe paz. É tudo tão perto. Não preciso nem de carro para ir trabalhar".
Sérgio Papelin
Gerente do Luverdense

No ponto
Magno Alves, com os dois gols que fez no Asa, provou que, quando o colocam em boas condições, no ponto para concluir a última bola, dificilmente ele perde. Mas é preciso alguém no ataque com ele para diversificar. Isso muda a atenção da zaga adversária que terá dupla preocupação. Ao concentrar o poder de fogo apenas em Magno, o Ceará facilita a marcação contrária e amplia a dificuldade do atacante. Daí a necessidade de urgente parceria.

Parceria
A contusão de Mota interrompeu a parceria Magno/Mota que vinha dando certo. E até agora ninguém se encaixou na condição de parceiro ideal para retomar a inteligente troca de passes e de posições que confundia os adversários e abria espaços para a construção de belos gols alvinegros. Ora, um corta-luz, ora um passe de calcanhar, ora uma deixada imprevisível. Tudo isso fez parte do repertório que sumiu desde que Mota sofreu contusão.