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Horas e minutos

O Fortaleza jogará às 10 horas da noite de quinta-feira diante do Luverdenses pela Copa do Brasil. Depois, jogará às 10 horas da manhã (tome calor), domingo, em Taguatinga, diante do Brasiliense pela Série C. Na Copa das Confederações, Uruguai e Itália atuaram sob o calor de 13 horas em Salvador, no Estádio Fonte Nova. Não me acostumo com isso. Lembrei a frase do Sílvio Carlos inserida no lado direito da coluna. Futebol aos domingos, na tradição de 16 ou 17 horas. Agora, nem nos domingos há futebol de elite aqui. Passou. Hoje, com a insegurança e a violência reinantes no Brasil, terminar jogo de futebol às 23h50 é um absurdo. É expor aos perigos os torcedores.

Recordando. 1982. ASA de Arapiraca com a presença do cearense Carlão Maradona. A partir da esquerda (em pé): Pavão, Toninho, Luís Carlos, Cabral, Heriberto e Paulo Silva. Na mesma ordem (agachados): Dema, Zé Carlos Baiano, Gilmar, Carlão Maradona e Marcos. Detalhe: Carlão, que hoje mora no Conjunto Ceará, jogou no Tiradentes, Seleção Cearense, Asa e CSA.

Contrassenso

Não aproveitamos nossos profissionais competentes e preferimos "importar" gente nem sempre superior. O técnico cearense Flávio Araújo está no Sampaio Correa e já lidera seu grupo na Série C. Raul e Xuxa foram embora para o Santa e vocês viram o resultado do Fortaleza em Recife. Daria muitos outros exemplos, mas não creio necessário. O público sabe. Já contei mil vezes a passagem bíblica em que o profeta só não é aceito na sua própria terra.

Público

O Castelão terá mesmo de ser palco de muitas atrações nacionais e internacionais se não quiser num futuro bem próximo ter problemas financeiros. O público pagante de pouco mais de cinco mil torcedores no sábado à noite gerou preocupações. Haja mágica para arcar com as despesas de manutenção. Então, depois da apresentação da Beyoncé, podem preparar a vinda de Andre Rieu, Ringo Star, Madona... O futebol sozinho não segurará.

Mudanças

De certa época para cá o futebol conheceu novo tipo de gerenciamento. Interesses diversos passaram a predominar. A bilheteria não produzia mais a receita de sustentação. Esse esporte teve de buscar socorro em outras fontes. Passou a ser submisso, genuflexo, diante dos novos mandantes. Questão de sobrevivência. Como consequência, o torcedor também ficou à mercê de vontades variadas. Sendo assim, contempla as decisões que vêm de cima. E vai como gado, seguindo as veredas indicadas pelos condutores.

Cobrança

O atacante Macena não pode reclamar da falta de chance. Ele tem sido escalado no ataque, mas ainda não convenceu. Para ser justo, até noto algum progresso, mas aquém do esperado. A cobrança da torcida aumenta. Macena precisa produzir mais e apurar as conclusões, visto que, a continuar como está, certamente enfrentará a resistência da própria galera alvinegra. Pelo que conheço de Macena, ele tem condições de produzir mais e melhor.

Notas e notas

A partir de 19 de agosto a Agap/CE (Associação de Garantia ao Atleta Profissional do Ceará) promoverá Curso de Capacitação Profissional para Técnicos de Futebol. Local: PV. Informações:(85)3214.6400. /// DVD "Aerodinâmicos", produzido por Carlos Normando, está um primor. Tema: a obstinação do caminhoneiro cearense José Ribamar que em Limoeiro do Norte construiu, com peças de fusca e motos, o seu próprio avião.

"Faz parte da tradição: domingo é dia de missa, praia e futebol".
Sílvio Carlos Vieira Lima
Jornalista, falando sobre o que comummente, nas décadas de 1950 e 1960, as famílias fortalezenses faziam no primeiro dia da semana